OS INVISÍVEIS....Sociedade hipócrita!

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Assustada e ofegante uma mulher de aproximadamente 30 anos percorre o interior de uma casa escura feita às trevas. Suja, fétida e com lesões em seus pés, provam o quanto a vida programada pelo sistema é injusta com o invólucro da experiência corpórea resultando no aniquilamento das vaidades ou anulando a felicidade das pessoas que o sistema não deu oportunidade e nem dará, pois este último possuem ausência do verdadeiro amor, sistema selvagem personificando a própria maldade.
Gritando, ela pede ajuda, observo-a mentalmente e vejo todas as pessoas naquele interior olhando para ela como se a mesma fosse algo invisível tão quanto a cadeira que você leitor está sentado no presente momento.
Olhos se encontram buscando uma esperança, um aparente caos a vida dela se encontra, mas a ordem só existirá a partir do caos da aparente esperança de uma vida assustada e ofegante da menina de 30 anos suja, fétida e com lesões que a vida injusta lhe proporcionou, anulando sua vaidade e a sua vida em uma sociedade dita normal, mas tão mal quanto aquele que nasceu há dez mil anos atrás.
A mulher anônima é um exemplo de muitos outros anônimos que lutam para viver, momento esse visto em minha mente fez com que o encontro ali consumado mostrasse o caminho de morte espiritual que vive a sociedade atual.
Sociedade hipócrita! Anônimos passam aos nossos lados todos os dias e nos fazemos de cegos, pois enxergarmos apenas o que nos agradam e nos deixam confortáveis em não precisar ajudar.
Amor ao próximo, utopia iminente, anônimos vagam pelas ruas de um país sem grandes mentes e as poucas mentes existentes possam ter o amor suficiente para transformar uma utopia em algo real tão quanto as diversas dimensões que existem fora do sistema que te fizeram venerar e acreditar.
Imagens da minha mente em uma madrugada de um dia qualquer do décimo segundo mês se dissipa no tocar do despertador para acordar em mundo não real como esse. Acordando, não pude ajudar a mulher assustada e ofegante, pois precisava de mais alguns minutos na experiência astral que vivia na madrugada como aquela. Tentei ajudar, mas ao acordar, infelizmente as imagens da minha ajuda se foram deixando a lembrança do astral no mundo real.
Sonho ou não, a verdade é que a realidade é essa em um país que muitos anônimos passam ao nosso lado apenas precisando das atitudes do amor que existe dentro de cada um se torne algo tangível e não fique apenas em palavras intangíveis e soltas como vemos aqui e acolá.
Acordei querendo ajudar mais alguém. Ao tomar meu suco de laranja na padaria desta manhã enfadada pelo grande astro, um anônimo sujo, fétido e com lesões em seus pés descalços no asfalto pede apenas um alimento para o seu invólucro, atendo-o sem hesitar, pensando quantos invisíveis como ele existe nesta manhã em todo o nosso país que precisa apenas se alimentar e não conseguem, eles, anônimos e invisíveis caminham pelas estradas da vida do presente dia sendo enfadado pelo grande astro e suas próximas horas estarão regadas de incertezas, pois o sistema é cruel e jamais dará a liberdade para que alcance a verdadeira felicidade de uma vida sem oportunidade causando a imagem da pessoa da postagem, lembrando que ela não quis ser assim, não nasceu desejando estar invisível para todos, pois a pessoa da imagem é tão humano quanto os mais poderosos desta terra, ambos retornarão ao pó, pois do pó todos viemos, diante disso não torne essas pessoas invisíveis, ame-as, cuide-as, doe, ajude-as, elas representam a humanidade, sejamos filantropos, essa é a nossa essência e com ela faremos os mais milagrosos e lindos dias para os anônimos e invisíveis de um mundo tão injusto e sem amor já visto em toda a história já registrada da experiência humana.
 
http://fernandogmaciel.blogspot.com.br
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