Por Renato Vargens
O adultério é um câncer destruidor. A quantidade de famílias destruídas por esse pecado é absurdamente impressionante.
Pois é, para nossa tristeza, uma
pesquisa encomendada pelo Datafolha revelou que 71% dos brasileiros se
dizem favoráveis à dissolução do casamento. Dentre os católicos, o
índice sobre para 74%. Até mesmo os evangélicos formam maioria quanto à
aprovação do divórcio: são 59% entre tradicionais e pentecostais.
Infelizmente os casos de divórcio e
adultério entre os evangélicos se multiplica a olhos vistos. A cada novo
dia ouvimos relatos de pessoas que afirmam terem traído seus cônjuges.
Ora, como afirmei no Facebook o que me assusta não é o fato de muitos
cristãos cometerem este tipo de pecado. O que me assusta é triste
realidade de que muitos “cristãos” em nome de uma graça barata,
permanecem na prática deste pecado. A quantidade de gente que diz que
pecou, sem contudo abandonar a vida adulterina é impressionante. Sei de
casos de pastores que traíram suas esposas, abandonaram seus lares
passando a viverem junta da adultera e acham que não estão errados,
mesmo porque, Deus os perdoou do adultério cometido.
Caro leitor, um principio claro das
Escrituras é o seguinte: Pecou? Confesse sua transgressão e abandone
seus pecados e o Sangue de Jesus o purificará de todas as suas
iniquidades. Agora, o que não dá para aceitar é você dizer que se
arrependeu do seu adultério e continuar vivendo e se relacionando com a
pessoa com que pecou.
Outro dia soube de uma moça, casada que
se apaixonou por um músico de sua igreja. Pois bem, em nome do “amor”, a
mulher abandonou os filhos, o marido e passou a se relacionar com o
amante. Ao ser confrontada pela Igreja, respondeu: “Eu sei que eu errei,
mas , pedi perdão a Deus e Ele me perdoou.” Diante da sua resposta o
pastor lhe disse: “Se reconhece o seu erro, abandone seu amante e
reconcilie-se com seu marido.” Ela respondeu dizendo: “Isso não. Deus já
me perdoou e agora eu vou viver em novidade de vida com o meu novo
amor.”
Prezado amigo, lamentavelmente parte da
igreja relativizou as Escrituras. Sei de casos de pastores que traíram
suas esposas, saíram de casa, divorciaram-se, casando com as adulteras e
continuam no ministério. Há pouco fiquei sabendo de um líder
eclesiástico que trocou a esposa pela nora e continua a frente da
igreja.
Ora, isso é uma vergonha não é verdade?
Ouso afirmar que pessoas que pecam e em nome de uma espiritualidade
barata continuam na prática do pecado não nasceram de novo.
“Todo aquele que é nascido de Deus não
vive na prática de pecado… todo aquele que é nascido de Deus não vive em
pecado” (1 Jo 3.9; 5.18).
O Bispo J.C. Ryle certa feita disse:
“Uma pessoa nascida de novo, ou seja,
regenerada, não comete o pecado como um hábito. Não peca mais com seu
coração, sua vontade e toda a sua inclinação natural, como o faz a
pessoa não-regenerada. Havia um tempo em que ela não se preocupava com o
fato de que suas atitudes eram pecaminosas ou não, um tempo em que não
se entristecia após fazer o mal. Não havia qualquer luta entre ela e o
pecado; eram amigos. Agora a pessoa nascida de novo odeia o pecado, foge
dele, combate-o, considera-o sua maior praga, geme sob o fardo da
presença dele em seu ser, lamenta quando cai diante da influência do
pecado e deseja intensamente ser completamente liberta dele. Em resumo, o
pecado não lhe causa mais satisfação, tampouco é algo para o que ela se
mostra indiferente. O pecado tornou-se para a pessoa nascida de novo
uma coisa abominável, que ela detesta. Ela não pode evitar a presença do
pecado. Se disser que não tem pecado, não haverá verdade em suas
palavras (1 Jo 1.8). Mas a pessoa regenerada pode afirmar com
sinceridade que odeia o pecado e que o grande desejo de sua alma é não
mais cometê-lo, de maneira alguma. O indivíduo regenerado sabe, conforme
o disse Tiago, que “todos tropeçamos em muitas coisas” (Tg 3.2).
Todavia, ele pode afirmar com sinceridade, diante de Deus, que tais
coisas lhe causam tristeza e aflição diariamente e que toda a sua
natureza não as aprova”
Isto posto, concluo dizendo:
O adultério sempre foi e sempre será
fonte de marcas, mágoas, dores e desgraças. A separação e falência
conjugal são hoje uma gravíssima epidemia que tem vitimado milhões de
pessoas em toda planeta. Isto posto, tenho plena convicção que como
crentes em Jesus não nos é possível tratarmos com naturalidade
comportamentos adulterinos. Antes pelo contrário, temos por dever
confrontar de forma clara e objetiva este comportamento imoral. Além
disso, cabe a nós chorarmos diante do Senhor, pedindo perdão pelos
pecados de uma nação que teima em desrespeitar os valores da decência e
moralidade.
Pense nisso!
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Fonte: Blog do Pastor Renato Vargens. Divulgação: Púlpito Cristão.