Novidades em Fukushima.
E não são boas.
A Tepco finalmente admitiu ter fornecido dados falsos sobre a radiação saída da usina nuclear. "Quantos" falsos? Quase vinte vezes menores do que os dados reais.
De acordo com um comunicado de imprensa retomado pela Bloomberg Japan:
É água altamente radioativa que sai a partir dos "tanques de
armazenamento", tanques que, em primeiro lugar, nunca foram projectados
para servir como armazenamento de longo prazo; mas o que interessa aqui é
realçar como a Tepco tinha declarado no passado que estes tanques
apresentavam uma radiação de apenas 100 mSv, escondendo praticamente 95 %
do nível actual de radiação.
Sobre o nível de radiação de 1800 mSv, o professor Tetsuo Ito, da Universidade Kinki (Radiation Biology) disse:
Também a BBC está a seguir a história:
E "consequências directas" significa que aqueles técnicos já estão mortos, mesmo sem sabe-lo.
Mas fica a dúvida: como foi possível passar dum valor de 100 mSv para 1.800 mSv?
A explicação parece incrível: a Tepco utilizou detectores calibrados para um máximo de 100 mSv.
É como ter uma balança calibrada para pesar no máximo 50 kg. Não importa quanto o Leitor pesar, a balança marcará no máximo sempre 50 kg. O sonho de qualquer dieta. Só que em Fukushima fala-se da diferença entre a vida e a morte das pessoas.
Em outras palavras, a Tepco utilizou medidores incapazes de detectar o real valor das radiações: os níveis detectados correspondem apenas ao valor máximo que pode ser registado pela instrumentação, não ao valor real.
Obviamente, tudo isso tem tido reflexos sobre o tempo máximo de exposição dos técnicos de bonificação: fala-se aqui de funcionários que trabalharam nessa área nos últimos dias (semanas? Meses?) e que foram expostos à radiação 1.800 % maior do previsto.
Não é a primeira vez que a Tepco mente de forma propositada.
É a mesma empresa que estava por trás da ideia de que, para tornar-se imune à radiação, era suficiente beber muita de cerveja.
É a mesma empresa que muitas vezes tem desligado o sistema de detecção de radiação de modo a não provocar os alarmes anti-radiação.
E agora sabemos também que a empresa usou deliberadamente detectores calibrados para um máximo de 100 mSv.
Um legítima dúvida: quais outras mentiras da Tepco ainda não foram detectadas?
A usina sofreu ou não uma fusão do núcleo?
A usina está prestes a colapsar? E se sim, quais as consequências? Há estudo que falam duma possível nuvem radioactiva, capaz de atingir o continente americano
Entretanto, nas última horas há mais novidades: a Nuclear Regulation Authority revela que nos últimos dias as radiações aumentaram 20%, atingindo o nível mais elevado: 2.200 mSv, uma dose suficiente para que um ser humano seja morto no prazo de poucas horas.
Ipse dixit.
Fontes: Bloomberg Japan, BBC News Asia, Natural News, Teleborsa
E não são boas.
A Tepco finalmente admitiu ter fornecido dados falsos sobre a radiação saída da usina nuclear. "Quantos" falsos? Quase vinte vezes menores do que os dados reais.
De acordo com um comunicado de imprensa retomado pela Bloomberg Japan:
a Tepco disse que ter detectado uma concentração radioactiva muito elevada de 1.800 mSy na zona periférica do tanque.
Sobre o nível de radiação de 1800 mSv, o professor Tetsuo Ito, da Universidade Kinki (Radiation Biology) disse:
Se uma pessoa estiver exposta a níveis semelhantes ao longo de horas, podemos falar de uma coisa: morte. 100% das pessoas expostas a estes níveis geralmente morrem dentro de 30 dias.
As autoridades japonesas advertiram que os níveis de radiação ao redor da usina nuclear de Fukushima é 18 vezes maior do que se pensava anteriormente. Aprendemos agora que os níveis de radiação registados no último Sábado nas proximidades do tanque de armazenamento em questão eram susceptíveis de ser letais depois de apenas quatro horas de exposição.
Os novos dados terá consequências directas sobre a dose de radiação a que foram expostos os trabalhadores que na semana passada estiveram lá, tentando conter o derrame.
Mas fica a dúvida: como foi possível passar dum valor de 100 mSv para 1.800 mSv?
A explicação parece incrível: a Tepco utilizou detectores calibrados para um máximo de 100 mSv.
É como ter uma balança calibrada para pesar no máximo 50 kg. Não importa quanto o Leitor pesar, a balança marcará no máximo sempre 50 kg. O sonho de qualquer dieta. Só que em Fukushima fala-se da diferença entre a vida e a morte das pessoas.
Em outras palavras, a Tepco utilizou medidores incapazes de detectar o real valor das radiações: os níveis detectados correspondem apenas ao valor máximo que pode ser registado pela instrumentação, não ao valor real.
Obviamente, tudo isso tem tido reflexos sobre o tempo máximo de exposição dos técnicos de bonificação: fala-se aqui de funcionários que trabalharam nessa área nos últimos dias (semanas? Meses?) e que foram expostos à radiação 1.800 % maior do previsto.
Não é a primeira vez que a Tepco mente de forma propositada.
É a mesma empresa que estava por trás da ideia de que, para tornar-se imune à radiação, era suficiente beber muita de cerveja.
É a mesma empresa que muitas vezes tem desligado o sistema de detecção de radiação de modo a não provocar os alarmes anti-radiação.
E agora sabemos também que a empresa usou deliberadamente detectores calibrados para um máximo de 100 mSv.
Um legítima dúvida: quais outras mentiras da Tepco ainda não foram detectadas?
A usina sofreu ou não uma fusão do núcleo?
A usina está prestes a colapsar? E se sim, quais as consequências? Há estudo que falam duma possível nuvem radioactiva, capaz de atingir o continente americano
Entretanto, nas última horas há mais novidades: a Nuclear Regulation Authority revela que nos últimos dias as radiações aumentaram 20%, atingindo o nível mais elevado: 2.200 mSv, uma dose suficiente para que um ser humano seja morto no prazo de poucas horas.
Ipse dixit.
Fontes: Bloomberg Japan, BBC News Asia, Natural News, Teleborsa