As
abelhas estão sumindo. O fenômeno começou na Europa, mas afeta hoje
principalmente os Estados Unidos. Desde o fim do ano passado, mais da
metade dos estados americanos perderam entre 50% e 90% das abelhas (de
um total de 2,4 milhões de colônias comerciais, cada uma com cerca de 30
mil apídeos).
O
grande mistério é que não há corpos. Elas simplesmente desaparecem, diz
a agência AFP. O culpado pode ser o vírus da paralisia aguda (IAPV, na
sigla em inglês), de origem israelense. É o que diz um estudo da
Universidade Estadual da Pensilvânia publicado na revista científica
americana Science.
Os
cientistas compararam amostras das colméias afetadas com as das
saudáveis. A infecção pode ter alterado o senso de direção das abelhas.
Por isso elas não conseguiriam voltar para as colméias.
Por
que as abelhas são vitais para o ser humano? Essenciais para a
agricultura, elas polinizam cerca de 90 tipos de frutas, vegetais e a
soja. Assim, os vegetais crescem fortes e ricos em vitaminas. "Sem as
abelhas, o homem pode desaparecer em quatro anos", disse Albert
Einstein, numa previsão catastrofista, na primeira metade do século 20.(Fonte).
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"O desaparecimento das abelhas é um fenómeno global. Nos Estados Unidos a situação é bastante preocupante, pelas repercussões ambientais, humanas e até económicas. Espanha, França e Alemanha também dão conta de uma anormal diminuição de abelhas. Em Portugal, as associações do sector garantem que, por enquanto, não há razões para alarme.A Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), que representa cerca de 30 associações do sector, já aderiu a um grupo mundial que está a analisar o caso. Manuel Gonçalves, presidente da FNAP, considera que, neste momento, a situação não é preocupante, mas que poderá sê-lo “a curto prazo” se as abelhas continuarem a desaparecer. “São diversos os factores que são apresentados para tentar explicar essa situação e se se comprovar que é um factor ambiental, isso pode ser preocupante”, refere. O responsável garante que há cerca de dois anos que os associados da FNAP falam do assunto. “Todos os anos, há sempre uma falha efectiva de cerca de 20 por cento de colmeias que não se consegue repor, mas a situação poderá vir a ser preocupante se verificarmos que a mortandade é excessiva.” “Há um equilíbrio que deixou de existir”, acrescenta. A FNAP está, por isso, atenta a todos os passos dados nesta matéria. O recenseamento oficial é feito a meio do ano e o último, segundo o responsável, até aponta para um acréscimo de cerca de cinco por cento do número de colmeias no país – neste momento, existirão à volta de 400 mil colónias, numa média de 50 por cada apicultor."
http://averdadeestampada.blogspot.com.br/2010/09/as-abelhas-estao-desaparecendo.html