MARKETING CRISTÃO E O DESAFIO DE SER UM PEQUENO CRISTO
Propagandas
sobre religião às vezes me irritam. Sei que o marketing de Jesus é
legal, mas tentar sistematizar resultados dando exemplos aparentes do
antes e depois de nascer de novo pode se tornar confuso. Gera aquela
lógica: “veja como fulano era sem Jesus, veja como ele ficou agora com
Jesus”! Não vejo isso como fundamental.
Qualquer organização filantrópica ou projeto social pode mudar a vida
aparente de pessoas. De fato, elas podem ficar bem melhores
afetivamente, profissionalmente, esteticamente (mais gordinhas,
magrinhas) ou até se libertarem das drogas.
Tirinha utilizada por usuários do Facebook
A grande verdade é que a conversão pode nos livrar de certos vícios, mas
não garante essa vida linda vistas em algumas tirinhas populares de
algumas redes sociais. Aparência na vida cristã já diz tudo:
superficialidade. Mas a vida como um todo reflete o que Deus quer de
cada um.
Imagine se eu fosse fazer uma tirinha demonstrativa da vida de Paulo,
por exemplo, como ficaria antes da conversão e depois? Mais gordinho?
Mais conservado? Mais bem vestido? Só especulação… Ninguém curtiria ser e
sofrer como Paulo após converter-se a Cristo. (Marketing Zero não é?)
Mas já que estamos na era do Fast food, vejo que a ignorância passa a
ser um direito de todos, a informação disponível a todos, mas o
conhecimento um desafio. Portanto, conhecer é preciso. Ler é preciso.
Pensar é preciso.
As redes sócias comprovam a superficialidade de parte dessa geração. Um
simples quadrinho com conteúdo de clichê tipo “Quem ama Jesus
compartilha, quem só gosta curte”, ou algo do tipo “Esta pessoa aqui é
um Vencedor”, etc. faz com que diversas pessoas em suas mais agudas
diferenças por instantes ocupem o mesmo lugar ideal. Tudo isso por conta
de um efeito, de um clichê. Assim como verdades soltas são
compartilhadas, mentiras maquiadas são difundidas. Ao fim de tudo, o que
resta-nos é uma tremenda disparidade entre a marketagem e a realidade.
Sem descarta as vantagens dela, termino sugerindo que o grande perigo
das redes sociais é continuar a reproduzir pessoas superficiais,
cidadãos idiotizados e cristãos que não sabem ainda o real sentido de
ser um pequeno cristo
Fonte: Arte de Chocar.
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