Voar está mais perigoso? Diante de um número aparentemente impactante de acidentes aéreos nos noticiários surgem temores de que viajar de avião se transformou em algo inseguro. Estatísticas desmentem
Atingindo um viaduto e um carro e depois caindo no rio ao lado,
circularam o mundo nesta quarta-feira e mais uma vez trouxeram à tona
temores de que acidentes de avião estariam se tornando cada vez mais
frequentes.
Pelo menos dois veículos que passavam pela ponte em Taipé, capital de
Taiwan, registraram o evento – a queda de um avião da TransAsia com 58
pessoas – no qual morreram ao menos 23 pessoas.
O acidente do voo GE235 da TransAsia se junta a uma lista notória, de
tragédias como a do voo MH-370 da Malaysia Airlines, que desapareceu no
mar em 2014, a de um segundo jato da mesma companhia, que caiu na
Ucrânia, possivelmente derrubado por um míssil, e a do avião da AirAsia
que caiu no Mar de Java.
Mas, afinal, as viagens aéreas estão ficando mais perigosas?
O ano passado certamente foi pior do que a média em termos de mortes:
986 pessoas morreram em acidentes envolvendo aeronaves comerciais em
2014. Deste total, 537 morreram apenas nos dois voos da Malaysia
Airlines.
Mas, as companhias aéreas do mundo todo registraram um número recorde
de passageiros em 2014 – 3,3 bilhões de pessoas em 27 milhões de voos,
segundo um relatório do site especializado AirlineRatings.com.
O relatório afirma que, apesar de terem ocorrido 21 acidentes fatais no ano passado, este número é o mais baixo, um recorde.
Há 50 anos o mundo tinha apenas 5% do número de voos que tem hoje, mas quatro vezes mais acidentes.
Então, apesar dos acidentes registrados, as viagens aéreas, estatisticamente, são mais seguras do que nunca.
BBC