E
is uma história extraordinária que não ouvimos todos os dias: uma
bebezinha de apenas três semanas teve que passar por uma cirurgia para
remover dois pequenos fetos que se encontravam em seu ventre. Isso
mesmo, caro leitor, de acordo com Amy Graff, do portal SFGate, uma bebê nasceu “grávida” de gêmeos em um hospital de Hong Kong, e o caso surpreendeu médicos de todo o mundo.
Segundo Amy, a menina nasceu com uma condição extremamente rara conhecida como fetus in fetu que
ocorre em 1 a cada 500 mil nascimentos — e dos quais existem apenas 200
casos registrados na literatura médica. No caso desta bebezinha, os
médicos acreditavam que ela havia nascido com tumores, mas, durante os
exames, descobriram que se tratava de dois fetos alojados em seu abdome.
Gêmeos
Os “gêmeos” contavam com períodos gestacionais entre 8 e 10 semanas,
mediam 35 e 37 milímetros e pesavam 14,2 gramas e 9,3 gramas cada um.
Além disso, os dois tinham cordões umbilicais, perninhas, braços,
costelas, espinha e
intestinos. Conforme explicaram os médicos que atenderam a garotinha, é
praticamente impossível detectar essa condição durante o pré-natal, e
quase sempre o problema só é identificado logo após a criança vir ao
mundo.
Em 2006, por exemplo, ocorreu um caso semelhante no Paquistão, no qual
uma equipe de cirurgiões removeu gêmeos do abdome de uma menina de 2
meses. Algum tempo depois, em 2009, uma garotinha chinesa de um ano
idade também passou por uma cirurgia — que neste caso durou 10 horas —
para a retirada de um feto.
Contudo, também pode acontecer de a condição ser descoberta muito tempo
depois, como foi o caso de um paciente egípcio que, aos 18 anos de
idade, teve um feto removido de seu abdome ou, ainda, o de outro na
Indonésia que aos 41 anos descobriu que havia nascido com a condição.
Bebês “grávidos”
Embora quem nasça com essa condição apresente fetos alojados no abdome,
essas pessoas evidentemente não “engravidaram” enquanto estavam no
ventre de suas mães. Na verdade, se trata de um caso de gêmeos
parasitas, ou seja, de fetos inviáveis que são absorvidos pelo corpo do
bebê cujo desenvolvimento prosseguiu normalmente durante a gestação.
Portanto, basicamente, o que provavelmente aconteceu é que a mãe da
garotinha chinesa estava grávida de trigêmeos, mas dois dos fetos não
evoluíram e acabaram sendo englobados pelo corpo da bebezinha.
FONTE(S)
- SFGate/Amy Graff
- Daily Mail/Madlen Davies
- New York Daily News/Meredith Engel
- Medical Daily/Lizette Borreli
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