Fumar narguilé e cigarros eletrônicos podem trazer riscos semelhantes ou mesmo maiores que outras formas de uso de tabaco
Arkady Chubykin/Foto Stock
Nesta sexta-feira (29) é comemorado o Dia Nacional de Combate ao Fumo e
especialistas aproveitam a data para alertar a população sobre os
perigos do narguilé, produto similar ao cigarro e que não é levado tão a
sério pelos usuários. De acordo com especialistas, o dispositivo é tão
prejudicial à saúde, talvez até mais, do que um cigarro comum.
Para Alberto José de Araújo, membro da Comissão de Controle do
Tabagismo do CFM (Conselho Federal de Medicina), há um acúmulo de
evidências que sugerem que fumar narguilé e cigarros eletrônicos podem
trazer riscos semelhantes ou mesmo maiores que outras formas de uso de
tabaco, comprometendo a saúde de seus usuários.
― A concentração de nicotina nesses produtos é extremamente alta. Uma
hora de uso do narguilé corresponde a cem cigarros comuns.
Narguilé pode ser pior que o cigarro, avisa especialista
Segundo o especialista, outro ponto de preocupação é que o narguilé,
que é considerado um produto artesanal e por isso não é proibido no
Brasil, funciona como porta de entrada para o consumo de cigarros.
― Há estudos demostrando o preocupante aumento de jovens consumindo-os.
A grande parte dos fumantes de hoje começaram o vício com menos de 18
anos.
De acordo com o CFM, apesar da queda do número de fumantes nos últimos
anos, 25 milhões de brasileiros ainda mantém o hábito. Todos os anos, o
tabagismo é corresponsável pela morte de aproximadamente 200 mil pessoas
no país.
Fonte R7