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Portador de um
ingresso de R$ 180 na Arena da Baixada, em Curitiba, o torcedor Adamor
Otto, 38, se frustrou ao chegar ao estádio na última segunda-feira (23).
Seu assento estava num "ponto cego", logo atrás do gol.
"Eu paguei R$ 180 para ver cobrança de escanteio", ironiza. "A visão era muito ruim. Eu não conseguia ver nem a risca da área."
Sentado na
poltrona 5 da fileira X, Otto ficou no canto do corredor, ao lado de uma
parede que bloqueava boa parte da visão do jogo entre Austrália e
Espanha.
Segundo a Fifa,
o problema tem acontecido principalmente em estádios que foram
concluídos em cima da hora, como a Arena da Baixada, a Arena Corinthians
e o Beira-Rio, em Porto Alegre.
O plano de
posicionamento dos assentos, de acordo com a entidade, não correspondeu
ao que foi entregue. A Fifa, porém, diz ter uma cota de "ingressos de
contingência", de cerca de 300 por estádio, para reposicionar os
torcedores que relatem o problema.
POLTRONA VAGA
No jogo em Curitiba, outros torcedores daquele setor tinham a mesma dificuldade, segundo Otto, e assistiam ao jogo em pé.
Ele se mudou, por conta própria, para uma poltrona vaga na fileira da frente. Conseguiu assistir ao jogo sem problemas.
"Eu poderia ter
feito uma bronca maior, mas na hora ficou por isso mesmo. Agora, é um
absurdo o que fizeram", diz Otto. "Lá no Beira-Rio, tinha ponto cego,
mas bloquearam as cadeiras, não venderam. Era só ter feito isso."
A Fifa afirma
que não houve tempo hábil para fazer essa checagem em alguns estádios,
como o de Curitiba. A entidade, porém, garante que todos os torcedores
que relatam o problema são removidos para assentos melhores.
O Ministério
Público do Paraná, presente no Juizado do Torcedor instalado na Arena da
Baixada, diz não ter recebido reclamação formal a respeito dos
assentos.
A Fifa também informou não ter o número de ocorrências como essa nos estádios da Copa.
Estelita Hass Carazzai
Folha de S. Paulo
Editado por Folha Política