Ovo de parasita, que foi retirado de sepultura antiga, pode ser a origem de doenças mortais há mais de 6 mil anos

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Atualmente, temos todos os tipos de medicamentos e equipamentos para evitar a propagação de doenças potencialmente fatais.

Entretanto, ovos de um antigo parasita de 6.200anos de idade, descobertos recentemente, pode ter sido a causa de muitas doenças fatais comuns no meio agrícola.

O ovo do parasita da esquistossomose foi descoberto juntamente com um esqueleto em uma cidade pré-histórica junto ao rio Eufrates, na Síria. O estudo sugere que os seres humanos, acidentalmente, espalharam a doença usando sistemas de irrigação primários.

A esquistossomose é um mal causado por vermes parasitas, que podem infectar o sistema urinário ou os intestinos. Ela é transmitida pelo contato com a água contaminada, onde os ovos do parasita ficam.

Atualmente, a doença é muito comum em países subdesenvolvidos e ataca principalmente crianças, que possuem mais acesso a poças de água. Além disso, essa condição afeta cerca de 210 milhões de pessoas no mundo, sendo que dessas, de 12 a 200 mil morrem todos os anos.

Essa doença pode se espalhar rapidamente e causar condições graves, como insuficiência renal e anemia, e potencialmente fatais, como câncer na bexiga. Acredita-se, então, que o ovo encontrado pode ser a primeira evidência de que os sistemas de irrigação agrícolas no Oriente Médio ajudaram a espalhar doenças causadas por esses parasitas.

O parasita teria se expandido devido à irrigação de culturas pela antiga Mesopotâmia, na região ao longo do rio Trigre-Eufrates, onde atualmente se localiza Irã, Iraque, Kuwait, Síria e Turquia.

A descoberta foi feita por arqueólogos de Cambridge, Chipre e Chicago, e este novo ovo encontrado é mais antigo do que o que foi documentado em uma pesquisa anterior, que o encontrou em múmias egípcias com 5.200 anos de idade.
Fonte: DailyMail Foto: Reprodução / DailyMail

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