Sim, o título deste texto foi escrito
para chocar mesmo, principalmente aqueles que aplaudiram a ridícula
iniciativa de alguns de nossos parlamentares, que já conseguiram
solucionar todos os problemas do Brasil e agora, na falta do que fazer,
resolveram – mais uma vez! – “jogar para a galera” e elaborar uma tal
“Lei da Palmada”.
Não poderia ser diferente, né? Afinal de contas, estamos em ano de eleição e sempre pega bem estas exibições de correção política, mostrar que os deputados estão realmente preocupados com a “segurança de nossas crianças”. Isto rende muitos votos, certo?
Com tantas coisas para se resolver neste País abandonado pela razão e pelo bom senso, as “excelências” apelam novamente para propostas popularescas e absurdamente inúteis, como esta “lei da Palmada”, que agora passou a ser conhecida como “Lei Menino Bernardo”, em uma duvidosa ‘homenagem’ ao garoto que foi barbaramente assassinado no Rio Grande do Sul recentemente, supostamente pela madrasta e pelo pai.
Mais do que uma ‘homenagem’ ao menino morto, trata-se de um evidente e rasteiro golpe demarketing eleitoreiro para atingir em cheio o coração da comoção pública que tal crime causou. O que você queria? Que os políticos brasileiros tivessem um mínimo de escrúpulo? Claro que não, né? Isto é impossível.
Antes que você comece a bufar de raiva com o que escrevo, um alerta: sou absolutamente contra qualquer tipo de castigo físico contra crianças, adultos, velhos, marcianos, golfinhos e qualquer ser vivo. Ah, agora você está confuso, tentando entender a minha posição? Eu explico: castigo físico e agressão é uma coisa, uma palmada corretiva que uma mãe ou um pai dá em seu filho mal educado e birrento é outra. Completamente diferente. E posso explicar isto justamente porque não sou pai e nem pretendo ser…
Primeiro, é preciso que você entenda que a tal lei nada tem a ver com aquela barbaridade hedionda. Depois, é preciso separar uma coisa da outra. Dar uma palmada corretiva em uma criança que ainda está em fase de formação e, por não entender muito bem o que acontece à sua volta, testa constantemente os limites impostos pelos pais, é diametralmente oposto a uma surra que venha a causar traumas futuros da meninada. Nada a ver.
Pergunte a qualquer pai e mãe quantas vezes eles são ou forma obrigados a agir de maneira mais ríspida quando as crianças – assim com fazem filhotes de milhares de espécies animais – testam os limites da disciplina imposta pelos pais para que não se transformem em mini vikings ou “periguetes de tenra idade”.
Muitas vezes, palavras e broncas não resolvem certas situações. Sei disto porque vejo meus amigos e amigas passando por apuros tremendos com seus respectivos pimpolhos justamente porque não souberam ensinar noções definitivas do que é certo e errado. É desesperador em certos momentos. Eu mesmo tomei várias palmadas de meus pais em minha infância até aprender que certas atitudes não devem fazer parte de minha vida e de meu convívio com outras pessoas. Não me tornei nenhumserial killer por conta disto…
A questão toda é muito simples: não é necessário o Estado dizer aos pais como eles devem criar seus filhos. Se uma criança foi surrada ou agredida pelos pais ou por quem quer que seja, cadeia nos agressores. Simples. Tanto isto é verdade que a madrasta e o pai do tal garoto Bernardo estão em cana, aguardando a denúncia jurídica formal por parte dos promotores de Justiça e o posterior julgamento. Outra coisa: o excesso de demagogia faz com que as pessoas esqueçam que já existem leis específicas contra o abuso de violência em relação a todo mundo, criança, jovem, adulto ou velho.
Absurdamente inconcebível é que, a partir de agora, um pirralho execrável possa ter a total liberdade de transformar a vida dos pais, do restante da família e da comunidade em que vive em um inferno dantesco. Garotos e garotas cruéis, que mais se assemelham a pequenos bandidos, não vão mais precisar testar os limites da educação dada pelos pais. Pessoas vão começar a chamar a polícia no instante em que virem os pais dando um puxão de orelhas ou uma palmada na bunda de seus filhos. É o fim da picada!
É óbvio que o Congresso e o Senado vão aprovar esta lei estapafúrdia. Incapazes de fazer algo que realmente melhore a vida do cidadão em termos de saúde, educação e situação econômica, política e social, políticos demagogos tratam de ludibriar a população incauta com regulamentações inúteis.
Que merda de país o Brasil se tornou, hein?
Regis Tadeu
http://livrepensar.wordpress.com/
Não poderia ser diferente, né? Afinal de contas, estamos em ano de eleição e sempre pega bem estas exibições de correção política, mostrar que os deputados estão realmente preocupados com a “segurança de nossas crianças”. Isto rende muitos votos, certo?
Com tantas coisas para se resolver neste País abandonado pela razão e pelo bom senso, as “excelências” apelam novamente para propostas popularescas e absurdamente inúteis, como esta “lei da Palmada”, que agora passou a ser conhecida como “Lei Menino Bernardo”, em uma duvidosa ‘homenagem’ ao garoto que foi barbaramente assassinado no Rio Grande do Sul recentemente, supostamente pela madrasta e pelo pai.
Mais do que uma ‘homenagem’ ao menino morto, trata-se de um evidente e rasteiro golpe demarketing eleitoreiro para atingir em cheio o coração da comoção pública que tal crime causou. O que você queria? Que os políticos brasileiros tivessem um mínimo de escrúpulo? Claro que não, né? Isto é impossível.
Antes que você comece a bufar de raiva com o que escrevo, um alerta: sou absolutamente contra qualquer tipo de castigo físico contra crianças, adultos, velhos, marcianos, golfinhos e qualquer ser vivo. Ah, agora você está confuso, tentando entender a minha posição? Eu explico: castigo físico e agressão é uma coisa, uma palmada corretiva que uma mãe ou um pai dá em seu filho mal educado e birrento é outra. Completamente diferente. E posso explicar isto justamente porque não sou pai e nem pretendo ser…
Primeiro, é preciso que você entenda que a tal lei nada tem a ver com aquela barbaridade hedionda. Depois, é preciso separar uma coisa da outra. Dar uma palmada corretiva em uma criança que ainda está em fase de formação e, por não entender muito bem o que acontece à sua volta, testa constantemente os limites impostos pelos pais, é diametralmente oposto a uma surra que venha a causar traumas futuros da meninada. Nada a ver.
Pergunte a qualquer pai e mãe quantas vezes eles são ou forma obrigados a agir de maneira mais ríspida quando as crianças – assim com fazem filhotes de milhares de espécies animais – testam os limites da disciplina imposta pelos pais para que não se transformem em mini vikings ou “periguetes de tenra idade”.
Muitas vezes, palavras e broncas não resolvem certas situações. Sei disto porque vejo meus amigos e amigas passando por apuros tremendos com seus respectivos pimpolhos justamente porque não souberam ensinar noções definitivas do que é certo e errado. É desesperador em certos momentos. Eu mesmo tomei várias palmadas de meus pais em minha infância até aprender que certas atitudes não devem fazer parte de minha vida e de meu convívio com outras pessoas. Não me tornei nenhumserial killer por conta disto…
A questão toda é muito simples: não é necessário o Estado dizer aos pais como eles devem criar seus filhos. Se uma criança foi surrada ou agredida pelos pais ou por quem quer que seja, cadeia nos agressores. Simples. Tanto isto é verdade que a madrasta e o pai do tal garoto Bernardo estão em cana, aguardando a denúncia jurídica formal por parte dos promotores de Justiça e o posterior julgamento. Outra coisa: o excesso de demagogia faz com que as pessoas esqueçam que já existem leis específicas contra o abuso de violência em relação a todo mundo, criança, jovem, adulto ou velho.
Absurdamente inconcebível é que, a partir de agora, um pirralho execrável possa ter a total liberdade de transformar a vida dos pais, do restante da família e da comunidade em que vive em um inferno dantesco. Garotos e garotas cruéis, que mais se assemelham a pequenos bandidos, não vão mais precisar testar os limites da educação dada pelos pais. Pessoas vão começar a chamar a polícia no instante em que virem os pais dando um puxão de orelhas ou uma palmada na bunda de seus filhos. É o fim da picada!
É óbvio que o Congresso e o Senado vão aprovar esta lei estapafúrdia. Incapazes de fazer algo que realmente melhore a vida do cidadão em termos de saúde, educação e situação econômica, política e social, políticos demagogos tratam de ludibriar a população incauta com regulamentações inúteis.
Que merda de país o Brasil se tornou, hein?
Regis Tadeu
http://livrepensar.wordpress.com/