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Nem mesmo uma ordem judicial fez com que a Fifa mudasse as regras criadas sobre o sistema de ingressos para a Copa do Mundo.
Na última
segunda-feira (23), a reportagem da Máquina do Esporte flagrou
torcedores que foram furtados nas imediações da Arena Corinthians
tentando, em vão, reimprimir seus ingressos e, assim, poder assistir à
vitória da Holanda sobre o Chile.
Cerca de 20
pessoas estavam no Centro de Ingressos da Fifa instalado ao lado da
Arena de São Paulo, com Boletim de Ocorrência relatando o furto e o
comprovante de que eram os donos dos ingressos. Os funcionários que
estavam cuidando do setor afirmavam que seria impossível reimprimir os
bilhetes.
“Por razões de
segurança operacional, a FIFA não substituirá ou reimprimirá ingressos
em nenhum dia, principalmente em dias de jogos”, diz o comunicado.
A
intransigência da Fifa em relação à reimpressão dos bilhetes foi causada
após o jogo de abertura, entre Brasil e Croácia. Na ocasião, cerca de
50 pessoas alegaram terem sido furtadas e pediram a reimpressão dos
bilhetes. A Fifa descobriu que boa parte deles era fraude, e as pessoas
tinham usado esse artifício para entrar com mais gente no estádio.
Os torcedores
furtados no último dia 23 afirmavam que o crime havia acontecido no
trajeto entre a estação de metrô Corinthians-Itaquera e a entrada no
estádio. Nessa área, a segurança no local é híbrida, sendo feita por
policiais militares e seguranças contratados pela Fifa. Dentro do
“perímetro Fifa”, que é onde só se pode entrar portando ingresso ou
credencial de trabalho, apenas os seguranças privados atuam.
Os torcedores
relataram que foram solicitados por algumas pessoas a mostrarem o
ingresso. Quando fizeram isso, outra pessoa passou correndo e levou o
bilhete. A Fifa afirma que “um bilhete é um item de alto valor e, como
tal, deve ser cuidado como se fosse dinheiro”.
Duda Lopes e Erich Beting
Máquina do Esporte
Editado por Folha Política