Imagem: Carlos André Nogueira / Arquivo pessoal |
O Ministério da
Justiça corre contra o tempo para repor 116 veículos da PRF (Polícia
Rodoviária Federal) e da Força Nacional, em serviço no Rio, que se
perderam com as chuvas que atingiram a cidade em 12 de dezembro passado.
Os carros e motos seriam usados no patrulhamento de estradas durante a
Copa do Mundo.
Todos estavam
no pátio da sede da PRF no Jardim América, bairro na zona norte da
cidade. O prejuízo é avaliado em cerca de R$ 20 milhões.
A chuva pegou
os policiais no local de surpresa. Em pouco mais de duas horas, viaturas
policiais e veículos particulares dos inspetores da PRF ficaram
submersos. A água chegou a 2,20m de altura.
A pouco mais de
30 dias do evento, as duas instituições ainda aguardam a reposição dos
veículos. A Folha apurou que a alternativa deverá ser a transferência
para o Rio de carros de outros Estados, onde não haverá jogos do
Mundial.
A Secretaria
Extraordinária de Grandes Eventos (Sesge) informou que "não é prevista
nenhuma nova aquisição de veículos para a Copa do Mundo". A PRF não se
pronunciou sobre o caso.
De acordo com
Maurício Panisset, comandante do grupamento da Força Nacional que ocupa o
morro Santo Amaro, na zona sul do Rio, a corporação perdeu 50 carros
modelo Nissan Frontier.
Já a PRF perdeu
66 veículos. Destes, 27 eram motos Harley Davidson; seis eram carros
descaracterizados e os 33 restantes, de patrulhamento nas estradas.
O prejuízo
poderia ter sido ainda maior. O piloto de um helicóptero da PRF precisou
nadar na água barrenta para salvar a aeronave.
Até esse
momento, 200 homens da Força Nacional que ocupam o Santo Amaro desde
maio de 2012 usavam as instalações da PRF, no Rio, como alojamento.
Depois da inundação, a tropa foi transferida para outro local, debaixo
de um viaduto em Laranjeiras, próximo ao Palácio Guanabara, sede do
governo do Rio.
Marco Antônio Martins
Folha de S. Paulo
Editado por Folha Política