Alta no consumo de drogas sintéticas é sem precendentes, diz ONU

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Drogas sintéticas (Divulgação: DEA)
Autoridades estão tendo dificuldades em lidar com os efeitos das novas drogas
Drogas sintéticas, como as metanfetaminas, estão passando por uma "expansão global sem precedentes", alertou a ONU.
Cerca de 350 novas substâncias psicoactivas foram identificadas, informou o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).
Novas rotas de distribuição de metanfetaminas e centros de produção no oeste da África e no Irã também foram localizadas e, segundo o Clique Relatório Mundial de Drogas, os serviços de emergência estão tendo dificuldades em tratar usuários de drogas.
A ONU alertou que as novas substâncias ganharam popularidade e já não estão restritas a nichos de mercado. Essas drogas não estão sob qualquer forma de controle internacional e muitas vezes são compradas e vendidas online, podendo ser tão perigosas quanto as drogas mais comuns.

Novas substâncias psicoativas

  • Substâncias sintéticas que imitam os efeitos das drogas tradicionais, como cannabis ou cocaína
  • Número de novas substâncias conhecidas subiu de 166 em 2009 para 348 em 2013
  • As principais incluem a mefedrona ("M-CAT" ou "miau miau"), a BZP, Spice, ketamina ("kit kat")
  • Muitas são vendidas abertamente, inclusive pela Internet
  • Elas podem ser "muito mais perigosas do que as drogas tradicionais", diz a ONU
Muitas delas são projetadas para imitar os efeitos de outras drogas, como maconha e ecstasy.

Mais usadas

O relatório diz que maconha e cocaína seguem sendo as drogas mais usadas na América do Sul, mas apontou para a "emergência de um mercado de ecstasy" na região, sendo que o Brasil foi o país com a maior quantidade de apreensão da droga.
O número de tipos de canabinóides sintéticos aumentou de cerca de 60 em meados de 2012 para 110 no ano passado.
Apesar do aumento no número de diferentes drogas sintéticas e advertências sobre seus perigos, nenhuma substância psicoativa foi adicionada a uma lista de substâncias controladas internacionalmente desde 2009.
O relatório destacou que é muito cedo para dizer se os esforços individuais de países para proibir algumas substâncias levou a um declínio no uso a longo prazo das drogas.
O texto também alertou que muitos usuários compram novas drogas psicoativas acreditando que elas são substâncias mais comuns, como o ecstasy.
Os usuários também estão misturando diferentes tipos de drogas, tornando mais difícil a adoção de um tratamento correto para conter o vício.

BBC

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