Por Hiroito Tabajara.*
A Política do Pão e Circo (panem
et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo
com o qual os líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la
fiel à seus governantes e conquistar o seu apoio através de diversão e
alimentos.
Com a sua gradual expansão, o
Império Romano tornou-se um estado rico, cosmopolita, e sua capital, Roma,
tornou-se o centro de praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e
culturais na época de seu auge. Com o crescimento urbano vieram também os
problemas sociais para Roma.
A escravidão gerou muito
desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos e esta
massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e
melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de
desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo.
A Politica do Pão e Circo
consistia em oferecer aos Romanos alimentação e diversão, sendo que quase todos
os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu
de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente
acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.
Esta frase, Pão e circo (panem
et circenses, no original em Latim), tem origem na Sátira X do
humorista e poeta romano Juvenal (vivo por volta do ano 100 d.C.) e no seu
contexto original, criticava a falta de informação do povo romano, que não
tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o
alimento e o divertimento o que depois levou a derrocada do Império Romano.
Hoje infelizmente esta prática é
utilizada por políticos demagogos e enganadores do povo, que se elegem através
de promessas mil e todo tipo de mutreta possível e depois ficam enganando o
povo com festas e mimos para mantê-los alienados do que realmente interessa.