“No Brasil, nem a esquerda é direita”. (José
Simão)
Nelson Rodrigues, nosso grande cronista do
cotidiano, disse, entre as suas várias frases simples, mas
profundas, que: “O brasileiro é um feriado”; “Subdesenvolvimento não
se improvisa. É obra de séculos”. E “O brasileiro tem complexo de
vira-lata”. Por isso, costumo aduzir que o complexo é devido, pois, apesar de
poucos lampejos primeiro-mundistas, o país é vira-lata.
Para provar, vejamos: quando há um acidente
com caminhão na estrada, os moradores da localidade saqueiam as cargas; a
corrupção estrutural; o povo não acredita na Justiça e a faz com suas próprias
mãos, queimando ônibus e saqueando e destruindo lojas; as construções em
encostas, que vão morro abaixo com chuvas abundantes; 10% da população é
analfabeta, sem contar os funcionais; a lerdeza da Justiça, causada por
copiosos agravos e embargos e dias não trabalhados, próximos a feriados; senador
suplente, sem voto; prescrição da pena; progressão da pena; jovens mães
solteiras, com vários filhos, de diferentes pais, todos não assumidos e sumidos;
a proliferação de sindicatos.
Obras superfaturadas, que custam e demoram
muito mais do que o estimado; empréstimos a Cuba e países africanos sob segredo
e à revelia do Congresso; foro privilegiado; prisão especial para quem tem
curso superior; limite máximo de 30 anos de prisão; indulto de Natal;
universidade gratuita; indenização e pensão aos anistiados livre de imposto de
renda (bolsa-ditadura); auxílio-reclusão; prisão domiciliar; Justiça que
privilegia os ritos em detrimento dos fatos; extinção da punibilidade para quem
tem mais de 70 anos; palácios na Justiça; imunidade parlamentar, que devia ser
apenas para falar.
Juiz corrupto aposentado, em vez de
demitido e processado; equiparação salarial em cargos diferentes; réus que
podem ficar calados ou mentir para não se incriminar; cargos iguais com
salários desiguais entre os Poderes; zonas de exclusão, como reservas indígenas
contínuas; subsídio a fundo perdido; violência urbana; marajás no Serviço
Público; desrespeito às posturas públicas (desordem urbana); excesso de ONG,
muitas inidôneas, recebendo recursos públicos; favelização crescente nas
cidades; falta de presença do Estado nas fronteiras; progressão continuada nas
escolas.
Cargos de confiança, em detrimento de
concursos públicos; senador suplente sem voto; deputado com poucos votos eleito
por coeficiente eleitoral do partido; o Foro de São Paulo; deputados e
senadores que aprovam aumentos salariais para si mesmos; dez milhões de
analfabetos; falta de qualidade na educação fundamental; a cultura da mentira
por políticos e advogados de criminosos; notas frias; verbas indenizatórias e
verbas de gabinete dos congressistas; funcionários fantasmas; garçons do Senado
ganhando R$ 15 mil, nomeados por atos secretos; maioridade penal de menores
delinquentes só aos 18 anos.
Elevada carga e terrorismo tributário;
maquiagem das contas públicas; excesso de vereadores, deputados e senadores;
recursos não contabilizados; Constituição plena de direitos e parca de deveres;
proibição do uso de algemas nos bandidos; emenda dos parlamentares ao
orçamento; infidelidade partidária; voto secreto no Congresso; povos indígenas sob
controle de ONG estrangeiras; cão pitbull; milhões de
brasileiros dormindo nas ruas por não terem dinheiro da passagem para voltar
para casa; aumento da idade para recebimento da bolsa-família; trem da alegria;
passeatas e marchas em apoio às drogas; nações e terras indígenas e
quilombolas.
O desmonte da Petrobras e Eletrobras,
usadas para corrupção e objetivos eleitoreiros de manutenção do poder; índios
inimputáveis, que cobram pedágio em estrada; bandidos com celular nos
presídios; agressividade e impunidade no trânsito; dengue, gripe suína, febre
amarela, hepatite, meningite e hanseníase; péssimo atendimento à sociedade pelo
Estado; ingerência político-partidária na administração pública (partidarismo
de Estado); despesas sem fonte de receita; aposentadoria sem
contribuição anterior; o esvaziamento da Comissão de Ética Pública; dinheiro
nas meias, cuecas e quartos de hotel.
Balas perdidas; acidentes e mortes nas
péssimas estradas; deficit crescente na Previdência; gastos
“secretos” da Presidência da República; deficit habitacional; as
filas e sofrimentos dos que usam a saúde pública; cartões corporativos do
governo; rádios piratas; excesso de ministérios e secretarias; aparelhamento da
máquina pública com correligionários, em detrimento de técnicos de carreira;
plano de saúde vitalício para senadores, ex-senadores e seus familiares, mesmo
que tenham exercido o cargo por poucos dias; nomeação para cargos públicos de
políticos derrotados nas urnas; comunidades que vivem nos lixões; metade das
casas do País sem rede de esgoto e coleta de lixo; bueiros sem tampa, roubadas.
Fraudes generalizadas; financiamento
público das campanhas eleitorais; interferência da Igreja em assuntos como
células-tronco e aborto; asilo a bandidos internacionais e liberdade aos
bandidos nacionais; congressos de ministros, desembargadores e juízes
financiados por bancos privados; autoridades viajando em jatinhos de
empresários; traficantes fechando o comércio; falta de atitude do Congresso,
Assembléias e Câmaras contra os políticos corruptos; funcionários da Receita
Federal acessando dados de contribuintes, protegidos por sigilo, com fins
inidôneos;
Elevado spread bancário; invocação de
direitos humanos para aqueles que desrespeitam os direitos humanos; a prestação
de favores em troca de benefícios pessoais; desmatamento da Amazônia e da Mata
Atlântica; Códigos Penal, Ambiental e de Processo Penal desatualizados;
excessiva demora no licenciamento ambiental; pais, dias na fila para matricular
filhos em colégios públicos; sucessão de escândalos de corrupção; “laranjas”,
inclusive a babá; tentativas de aumento do número de vereadores, de municípios
e de estados; indulgência com os movimentos sociais, que invadem e depredam propriedades.
Caixa 2; Estatuto da Criança e do
Adolescente, que prevê limite máximo de três anos de reclusão para menores de
18 anos, mesmo que tenham praticado crimes hediondos; cooptação, à custa de
recursos financeiros, de sindicatos, movimentos sociais e de estudantes;
auxílio-moradia para quem tem imóvel e para o cônjuge, embora ambos morem na
mesma residência; consumo crescente de crack e cocaína nos últimos anos;
ausência de trabalho nas prisões superlotadas e desumanas; milícias nas
favelas; tráfico de influência; prevalência do pragmatismo político sobre o
principismo ético; falta de transparência nos contratos; 20 mil funcionários no
Congresso; tráfico de drogas.
Sete anos depois de ter sido escolhido o
pais da Copa de 2014, estádios, aeroportos e mobilidade urbana ainda não estão
prontos, a 60 dias do jogo inicial; crime organizado; contribuição sindical
compulsória; aumento e maquiagem dos gastos públicos; falta de compromisso com
a verdade; anúncios de planos e ações nunca executadas; as gastanças e os
passaportes diplomáticos dos filhos de Lula; os filhos e a neta de Sarney, sua
Fundação e seus contratados “secretos”; Roseana Sarney, seu mordomo e as suas
muitas cirurgias às custas de dinheiro público; Juiz Lalau, do TRT.
Dilma e suas mentiras sobre projetos nunca
executados; políticos filmados recebendo propina, que teimam em voltar; as
cotas raciais no Instituto Rio Branco; excesso de feriados; arrastão; o
presidente da FIESP, meca do capitalismo, membro de Partido Socialista, o
Brasileiro; fundos de pensão privados fabricando dossiês contra adversários
políticos do governo; livros escolares nas escolas públicas exaltando o
socialismo e criticando o capitalismo; licitações combinadas e superfaturadas;
tráfico de influência; transporte público caótico, maltratando os usuários;
institucionalização da corrupção nos altos escalões, em todos os níveis do
Estado e em todos os poderes.
Horário eleitoral obrigatório; padres
pedófilos; insegurança pública; ministro do STF, empresário no ramo do ensino;
violência nas escolas; Demóstenes Torres, senador cassado, promotor vitalício
no MP de Goiás; trabalho escravo no campo; tráfico de influência nos
empréstimos consignados; passaportes diplomáticos fornecidos a pastores
evangélicos; banalização do erro; chamar crime, de falha administrativa;
manutenção de gratificações por funções não mais exercidas.
Estatuto da Igualdade Racial, que, com suas
ações afirmativas, torna desigual o tratamento às raças e contribui para o
racismo; pagamento de horas extras não trabalhadas a funcionários do
Congresso; vice-presidente da República sem funções administrativas;
congressistas ganhando 15 salários anuais e adicionais; atrasar prazos para
depois comprar com urgência, sem licitação; cotas raciais nas universidades;
uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político; a degradação
generalizada do patrimônio público; nepotismo direto e cruzado; descaso com as
Forças Armadas, embora com ambição de ser membro do Conselho de Segurança da
ONU.
As tendências autoritárias do PT; o
mensalão do PT e do DEM; os sanguessugas, os aloprados e o valerioduto do PT; o
Bancoop e o tesoureiro do PT; generosidades com países vizinhos em detrimento
das necessidades internas; presidentes que não separam o Estado do seu partido
político; ministros do STM que se atribuem auxílio-aposentadoria; perdão de
dívidas de países diversos; atos administrativos secretos no Senado, criando
cargos e aumentos de salários para apaniguados; congressistas usando verbas de
representação em despesas pessoais; férias excessivas de políticos e juízes;
juízes recebendo auxílio-moradia em suas comarcas; irresponsabilidade fiscal.
Uso da máquina oficial em favor de uma
candidatura; Poder Legislativo submisso aos interesses do Poder Executivo;
desmerecimento de presidentes anteriores; liberdade assistida de menores
criminosos; encanto com as ditaduras de esquerda, como em Cuba, e revanchismo
contra as de direita; o custo exagerado da Copa, muito além do previsto, e com
dinheiro público, quando se anunciava que o grosso seria privado; o trem-bala,
anunciado com apesar de pauta extensa de PEC e MP, só trabalha meia semana.
Simpatia e apoio a grupos revolucionários
de esquerda, como as FARC; simpatia e apoio a governos bolivarianos, como da
Venezuela, Equador e Bolívia; ônibus escolares municipais reprovados pelo
Detran; Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos
dos LGBT; o Plano Nacional de Direitos Humanos e a Política Nacional de
Cultura, contrários aos princípios democráticos; ameaças de “controle social”
da mídia; eufemismos caridosos, chamando menores criminosos não de presos, mas
“apreendidos”, e presidiários, de “reeducandos”, etc, etc, etc.
E mais, mais, mas muito mais!!!
Afinal, que país é este?
Respondo: a melhor
definição do Brasil colhi, recentemente, de um artigo de Maria Helena R. R. de
Souza, em seu blog, “Pintando o 7”:
“Já fomos o País do
Futuro. Hoje somos o B dos BRICS. Não sei se B maiúsculo ou minúsculo. Para
mim, somos é a Viúva Porcina, a que foi sem nunca ter sido”.
Irretocável!!
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Luiz Sérgio Silveira Costa