O Professor Olavo de Carvalho fala com frequência no Dr. Reuven Feuerstein. Encontrei essa postagem muito interessante no blog educacaodialogica.blogspot.com, assinada por João Maria Andarilho.
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As deficiências resultantes da falta de aprendizagem mediada são antes
periféricas do que centrais, e refletem atitude e motivação deficientes,
falta de hábitos de trabalho e esquemas de aprendizagem ao invés de
incapacidades estruturais e de elaboração. Evidências da reversibilidade
do fenômeno tem sido encontrado em trabalhos clínicos e experimentais -
especialmente através da avaliação dinâmica - (Dispositivo de Avaliação
do Potencial de aprendizagem - "Learning Potential Assessment Device" -
LPAD). O LPAD também nos capacitou a estabelecer um inventório de
funções cognitivas subdesenvolvidas, pobremente desenvolvidas, ou
debilitadas. Estas nós categorizamos como níveis de Input, Elaboração e
Output.
Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Input incluem
debilidades quantitativas e qualitativas dos dados recolhidos pelo
indivíduo, quando confrontado por um problema, objeto ou experiência.
Incluem:
1. Percepção confusa.
2. Comportamento investigativo não-sistemático, impulsivo e equivocado.
3. Falta de, ou debilidade, de ferramentas verbais capazes de
discriminar (ex. objetos, eventos, relações, etc. não possuem nomes
apropriados).
4. Falta de, ou debilidade, de orientação espacial; a falta de sistemas
estáveis de referencia debilitam o estabelecimento de uma organização
topológica e Euclidiana do espaço.
5. Falta de, ou debilidade, de conceitos de tempo.
6. Falta de, ou debilidade, de conservação de constantes (tamanho,
forma, quantidade, orientação) através da variação dos fatores.
7. Falta de, ou deficiência, de precisão e acuidade dos dados recolhidos.
8. Falta de capacidade de considerar duas ou mais fontes de informação
(ou hipóteses) de uma vez; isto reflete que os dados são tratados de
forma isolada, ao invés de fatos organizados em um todo.
A severidade da debilidade no nível de Input também pode afetar o
funcionamento dos níveis de Elaboração e Output, mas não
necessariamente.
Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Elaboração incluem
aqueles fatores que impedem uma avalição eficiente da informação e das
dicas ou sugestões.
1. Percepção inadequada ao definir um problema existente.
2. Incapacidade de selecionar aspectos relevantes e não relevantes não definição de um problema.
3. Falta de um comportamento comparativo espontâneo, ou limitação na sua aplicação.
4. Campo psíquico tacanho, mediocre.
5. Compreensão parcial da realidade.
6. Falta de, ou debilidade, na necessidade de perseguir evidências lógicas.
7. Falta de, ou debilidade, de interiorização.
8. Falta de, ou debilidade, no pensamento hipotético-inferitivo, pensamento "E se...?".
9. Falta de, ou debilidade, nas estratégias de testar hipóteses.
10. Falta de, ou debilidade, na habilidade de estruturar um comportamento adequado para solucionar um problema.
11. Falta de, ou debilidade, no planejamento.
12. Não-elaboração de certas categorias cognitivas porque os conceitos
verbais necessários não fazem parte do indivíduo, ou não são mobilizados
em um nível expressivo.
Pensar normalmente se refere a elaborar sugestões. Estas sugestões podem
ser originais, criativas, e ainda que corretamente elaboradas podem
gerar respostas erradas, porque foram baseadas em informações
inadequadas e inapropriadas no nível de Input.
Funções cognitivas debilitadas afetando o nível de Output incluem
aqueles fatores que levam a uma inadequada comunicação das soluções
encontradas. Note que informações corretamente percebidas e elaborações
apropriadas podem ser expressadas incorretamente.
Deve-se notar que, mesmo dados e elaborações corretas podem ter sua
solução expressa incorretamente, se existirem dificuldades nesse nível.
1. modalidades egocêntricas de comunicação.
2. Dificuldades na projeção de relações virtuais.
3. Bloqueios.
4. Tentativas inadequadas de responder.
5. Falta de, ou debilidade, de ferramentas para comunicar adequadamente as respostas elaboradas.
6. Falta de, ou debilidade, na necessidade de precisão e acuidade na comunicação das respostas.
7. Deficiência na transposição visual.
8. Comportamento impulsivo.
Os três distintos níveis foram concebidos de forma a trazer alguma ordem
à matriz de funções cognitivas deficientes em situações de carência
cultural. No entanto, há a interação que ocorre entre os níveis, que é
de importância vital para compreender a extensão e a penetração da
disfunção cognitiva.
Fonte: http://educacaodialogica.blogspot.com.br/2013/07/as-28-deficiencias-da-inteligencia.html
Fonte: http://educacaodialogica.blogspot.com.br/2013/07/as-28-deficiencias-da-inteligencia.html
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Observação de Olavo de Carvalho sobre Reuven Feuerstein:
"Numa de suas apostilas, o célebre pedagogo judeu-romeno Reuven
Feuerstein assinala as deficiências básicas de inteligência humana
responsáveis pelo fracasso nos estudos. Algumas delas são a falta de
precisão ao captar os dados, a inabilidade de distinguir entre o
essencial e o acessório, a apreensão episódica ou fortuita da realidade,
a incompetência para conceber hipóteses, a incapacidade de lidar
simultaneamente com várias fontes de informação, e, como resultado, os
julgamentos impulsivos, deslocados da situação. Corrigindo esses
defeitos, o dr. Feuerstein vem obtendo resultados formidáveis até mesmo
com crianças antes consideradas deficientes mentais incuráveis."
http://ordem-natural.blogspot.com.br/