País dá sinais de que já vive o desabastecimento de água nos reservatórios das hidrelétricas. Autoridades negam
Parece que foi ontem – e foi mesmo – que alertamos nesse espaço para o risco de apagões durante a Copa do Mundo. Não foi preciso que passassem algumas poucas horas para que onze estados brasileiros ficassem sem luz. Não que tenhamos uma bola de cristal, mas o fato é que estamos de olhos bem abertos.
O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, não diz a verdade - até porque deve estar proibido de dizê-la. Energia é fator de segurança nacional. Não importa que seis milhões de pessoas tenham ficado sem luz – na opinião dele, claro. Ele se limitou a dizer que o sistema, aparentemente, funcionou como deveria diante de uma interrupção no fornecimento de energia. Convenhamos, é muito pouca satisfação para manter o próprio emprego. A alegada falha é – ao contrário do que afirmou Zimmermann – provocada pela falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas. É o início do desabastecimento. O sistema está em estresse embora o secretário negue isso categoricamente. Assim, ele repete o discurso de seu chefe, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para quem o risco de faltar energia no país é zero.
Fato é que a quantidade de água que chegou em janeiro aos reservatórios das hidrelétricas - e que pode ser transformada em energia – foi a menor desde 1954 nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia do país.
Como um jogador ousado numa mesa de pôquer, o Governo aposta suas fichas num blefe. Fica a torcida para que nenhum problema afete o bom andamento da Copa do Mundo. Mas que alguém seja responsabilizado por seu eventual fracasso.
fonte:http://www.jornalterceiravia.com.br/noticias/editorial/41701/apagao_ameaca_a_copa_do_mundo_mas_autoridades_negam
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