Esta é a frase que escolhi para este mês no blog. Por quê? O que me motivou? Sempre há uma motivação adjacente a cada ato nosso...
O que me motivou foi um antigo desejo (surgido na época da Faculdade) de resgatar a simplicidade.
O ambiente acadêmico foi decisivo na conclusão de meu status cognitivo. Explicando melhor: sempre tive a tendência natural de simplificar as coisas e na Faculdade recebi uma superdose de “como complicar as coisas e lhes outorgar grau de importância”. Aff!!
Na adolescência, quando comecei a ler os clássicos da literatura e alguns textos filosóficos chamou-me a atenção a quantidade de palavras despendidas em explicar coisas altamente subjetivas, portanto, no meu modo de ver, perda de tempo. Sim, porque se são visões ou conceitos subjetivos, cada um vai ter o seu.
Claro que eu, ignorantemente, posso ter uma ótica sobre determinado assunto carente de consistência e lendo ou ouvindo alguém com mais conhecimento aprimorar ou até mudar minha opinião. Afinal é para isso que serve o estudo.
Refiro-me, no entanto, a conceitos subjetivos ou questões para as quais não temos resposta. Por exemplo; definir ou conceituar o amor ou o sentido da vida.
É a maior perda de tempo falar ou escrever sobre isso! É aí que vale o “cada cabeça, uma sentença”.
Quero alertar também para os riscos de encher os miolos com palavras e conceitos de grandes pensadores. Não quero aqui anular sua importância. Eles contribuíram com o grau de desenvolvimento que atingimos, contudo também levaram muita gente à loucura ou ao suicídio, final meio que compulsório de quem pensa demais em assuntos que não tem solução.
Para onde vão as moscas no inverno? Pode ser que os zoólogos saibam, mas o resto da população mundial não sabe, então pra que se encucar com isso? rsrs
Lembro quando li um livro de Humberto Eco e fiquei muito p. da vida. Era uma edição brasileira, no entanto havia “n” parágrafos escritos em Latim. Pombas, Latim é uma língua morta! Afinal um romance é escrito para o grande público ou para uma pequena elite de eruditos?
Num certo trecho da história humana abdicamos do sentir em favor do pensar. Aí começou a complicação.
Vejam bem, quando sentimos, e sensação é um estímulo que vem através dos cinco sentidos, só existem três possibilidades: 1) prazer; 2) desprazer e 3) indiferença ou neutralidade. Simples assim.
Então falar ou escrever de forma difícil ou como “eles” diriam de forma vernacular não é sinal de sabedoria e sim de esnobismo e vaidades do tipo acadêmico.
Neste ponto da leitura alguém deve estar pensando: “ essa criatura é louca. Seu blog é sobre expandir a consciência e aqui fala para não pensar ...?
Nã na ni na não.
Expandir a consciência é fruto de: conhecimento e percepção e não de queimar a mufa!!
Os grandes filósofos e pensadores complicaram demais. Descobriram “chifres em cabeça de vaca”. rsrs Muitas pessoas, também, acreditam que ser “importante” é o que interessa e para isso usam e abusam não só de palavras difíceis, mas de demonstrações (sempre com plateia) de conhecimento sobre assuntos “relevantes” e complicados. Pobreza de espírito!!!
Outra forma de complicar a vida é o consumo de produtos não necessários.
Salvo por necessidade profissional, por que uma pessoa precisa ter dois ou quatro celulares ou um smartphone, um tablet e um notebook ao mesmo tempo?
Por que ter quatrocentos pares de sapato?
Por que um aparelho de TV em cada cômodo da casa?
São maneiras de complicar a vida, pois no caso das tranqueiras acumuladas dentro de casa, surge a necessidade de mais móveis para contê-las e mais espaço disponível.
No caso das parafernálias eletrônicas, vem junto com elas a ocupação do tempo do indivíduo.
Atualmente as pessoas reclamam tanto de falta de tempo e da correria em que vivem. A solução é refletir sobre como está levando a vida, se não a está complicando em vez de simplificar.
A vida é simples, o ser humano é que a complica.
Imagem: galeriaaberta.com
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