Há
alguns dias foi publicada uma pesquisa realizada na Faculdade de
Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP alertando sobre a
presença de arsênio no arroz, um alimento que faz base da nossa
alimentação, tão presente nos domicílios brasileiros.
O
arsênio é elemento natural encontrado na natureza, em muitos tipos de
rocha, principalmente nos minérios que contêm cobre, chumbo, prata e
ouro. Quando acontece a trituração desses minérios a maior parte do
arsênio é coletada e destinada a produção de pesticidas. Este
metaloide é altamente tóxico quando inalados, ingeridos ou absorvidos e
a exposição crônica ele está relacionada com doenças como diabetes,
insuficiência renal, lesões de pele e câncer.
As
concentrações encontradas no arroz são expressivas em diversas
variedades do alimento, incluindo o branco polido, integral e
parboilizado integral e branco. As concentrações encontradas eram
semelhantes às encontradas na China, Índia, Bangladesh e Estados Unidos,
em regiões em que o solo naturalmente tem arsênio. Foram encontrados
níveis moderadamente elevados, cerda de 222 nanogramas por grama de
arroz e o arroz integral era o mais contaminado, pois o arsênio pode se
acumular no farelo.
É importante ressaltar que em
nosso organismo, o arsênio tem afinidade por tecidos com maior presença
de queratina, ou seja, cabelo, peles e unhas e que é capaz de
ultrapassar a barreira placentária, podendo contaminar o feto.