Todas
as manhãs, pelo menos 500 pessoas chegam a um terminal de embarque
restrito na ala norte do Aeroporto McCarran, em Las Vegas, Nevada. Lá,
embarcam num Boeing 737-200 sem qualquer tipo de identificação. Após 30
minutos de vôo, chegam ao seu destino final: Base Aérea de Groom Lake,
cerca de 170 km ao norte da capital mundial dos cassinos. O local também
é conhecido como Área 51, Dreamland [Terra da fantasia] ou simplesmente
The Ranch [A fazenda]. É uma área tão secreta que o governo
norte-americano só admitiu sua existência oficial em 1994, e ainda assim
com muitas restrições. Mas que segredos tão importantes poderiam estar
escondidos neste local?
Parte dessa resposta foi
dada através do site TerraServer, na Internet. A empresa, sediada na
cidade de Raleigh, também nos Estados Unidos, é especializada na
obtenção e comercialização de imagens digitais via satélite, que
disponibiliza para compra através do endereço www. terraserver.com. Quem
visitou o site a partir daquela data pôde ver em detalhes inéditos,
dúzias de fotografias da Área 51, embora com poucas explicações. As
imagens foram obtidas no dia 17 de março de 1998 num trabalho em
conjunto das empresas Aerial Images, Inc., Microsoft, Compaq e Kodak. O
satélite usado para fazer as fotos digitais é de uma empresa soviética
ligada à Agência Russa de Aviação e Espaço, a Sovinformsputnik.“Conheça
os segredos da área militar mais bem guardada do mundo”, dizia o site da
TerraServer.
De
fato, as detalhadas imagens mostram o real tamanho dessa que é uma das
maiores e mais secretas bases militares de todo o planeta. A Base Aérea
de Groom Lake ocupa apenas uma fração da área total onde está Dreamland.
Durante muito tempo, o mundo apenas suspeitava que uma base como a Área
51 existisse – apesar de alguns ufólogos falarem abertamente sobre o
assunto desde os anos 70.
A unidade é gigantesca,
e tão secreta que não aparece em qualquer mapa civil ou militar que não
seja destinado ao uso por autoridades de altíssimo escalão. E tem
décadas de existência: desde a Segunda Guerra se testam armamentos
secretos em suas instalações, o que justificaria a segurança e
confidencialidade máximas. Entretanto, depois do explosivo aumento no
número de ocorrências ufológicas em todo o mundo, principalmente nos
Estados Unidos, a Área 51 e outras instalações militares com os mesmos
recursos passaram também a comportar experiências secretas com UFOs
acidentados e resgatados em todo o planeta.
O complexo principal de Dreamland tem sua estrutura básica quase toda alojada abaixo da terra, em prédios subterrâneos que,
segundo especialistas, teriam mais de 20 andares. Nas fotos reveladas
pela TerraServer podem ser vistas entradas misteriosas para esse
universo subterrâneo. Agora, após sua exposição, os ufólogos do mundo
inteiro se perguntam – dessa vez somados à população, que já conhece a
verdade sobre o local – duas coisas. Primeiro, se o governo vai de uma
vez admitir sua existência. Segundo, se o número 51 é indicativo de que
outras 50 unidades iguais tenham sido construídas antes dela. Quantas
foram depois só o tempo dirá.
Numa das fotos mais
nítidas é mostrada uma pista de pouso e decolagem de 9 km de extensão, o
que equivale a quase 50 campos de futebol colocados lado a lado. O
satélite da Sovinformsputnik revelou que a pista é maior do que algumas
das mais gigantescas do mundo, alojadas em aeroportos como Los Angeles,
Atlanta e Frankfurt. Mas, para que se necessita de uma pista com essa
enormidade? Talvez a resposta esteja na construção de aviões invisíveis
ao radar, como o Stealth e Aurora, desenvolvidos e testados no local.
Entretanto, as imagens da TerraServer são bem complexas. Algumas mostram
como a área cresceu, inclusive detalhando a reconstrução e expansão do
conjunto de prédios e alojamentos militares que lá existem. Numa das
imagens vêem-se instalações recém construídas e até um descomunal paiol
de munições.
A questão da segurança nacional
envolvendo Dreamland é tão complexa que Hollywood satirizou o fato no
filme Independence Day, quando fez alusão ao fato de que o próprio
presidente norte-americano desconhecia sua existência. “Clinton pode
saber que ela existe, mas tem apenas vaga idéia do que se faz lá”,
declarou recentemente o físico e ex-funcionário da área Bob Lazar.
Hangares
Gigantescos Noutra fotografia da TerraServer podem ser vistos o que se
parece com quatro gigantescos hangares para aviões, ao lado da referida
pista. Ampliando-se a imagem, se observa também alguns ônibus, torres de
tráfego aéreo e até carros – muita atividade para um lugar que sequer
consta dos mapas oficiais. “Se você perguntar a qualquer morador daquela
região sobre a base, vão lhe dizer até onde ela fica e a que horas
podem ser vistas luzes estranhas”, disse o estudioso David Darlington.
“Mas se você fizer a mesma pergunta a uma autoridade ou até mesmo a um
guarda de trânsito, eles jamais admitirão a existência do local”.
Alguns
estudiosos já afirmaram que um dos hangares da foto seria o famoso
Hangar 18, tema de livros e até de um filme sobre a queda de uma nave
extraterrestre. Mas a confusão foi desfeita rapidamente, pois o referido
hangar, hoje desativado, ficava na Base Aérea de Wright-Patterson, em
Ohio. Era para lá que corpos de alienígenas e naves extraterrestres
acidentadas eram enviados, antes da Área 51 ser usada para o mesmo fim.
A
reação da comunidade científica norte-americana à revelação das fotos
foi imediata e dividiu celebridades. “Eu quero ver discos voadores como
qualquer outra pessoa”, disse John Pike, da Federação Americana de
Cientistas. “Nas fotos pode ser vista intensa atividade acontecendo
naquele lugar. Parece que muita verba é aplicada na Área 51, mas
pouquíssima informação sobre seu uso sai de lá”. Ufólogos também se
agitaram em todos os cantos da Terra. Pela primeira vez, algo
verdadeiramente importante estava acontecendo e tinha chances de forçar o
governo a admitir a existência de Dreamland definitivamente.
A
TerraServer, portanto, está fazendo um grande favor à comunidade
ufológica internacional. A tecnologia que empregou na obtenção das fotos
só era utilizada, até então, pelas agências de inteligência mais
preparadas do mundo, com seus satélites espiões de alta especialização.
Com tais instrumentos em mãos, imagina-se que até 2003 mais de 10
empresas de cinco países se beneficiem diretamente da obtenção de fotos
de alta resolução em qualquer parte do globo. Isso está deixando o
governo dos EUA preocupado, pois se acredita que imagens como essas
possam encorajar a indústria internacional da espionagem e,
conseqüentemente, ataques contra a sociedade por grupos extremistas.
Ao
longo dos anos, a Área 51 tem sido exemplarmente bem guardada por
militares em jipes, helicópteros Pave Hawk e aviões diversos. Um
sofisticado sistema de detecção de presença capta tudo o que se mexe em
seu perímetro, ativando os guardas que vão ao local da intrusão e
removem os que se aventurarem pelos morros em volta da base. Esses
sensores são tão modernos que seriam capazes de “sentir” literalmente o
cheiro de estranhos e poderiam distinguí-los de animais. Somente de cima
de alguns deles, aliás, e em condições absolutamente favoráveis, é que
se consegue ver algo da área. Isso, se os militares não prenderem o
curioso. Há placas espalhadas por todos os cantos, informando que
intrusos podem ser detidos. Na verdade, pela extensão da lei de
segurança nacional dos EUA, um curioso capturado nos arredores de
Dreamland pode ficar detido sem qualquer explicação a dar ou receber por
até 72 horas. Em determinadas circunstâncias, os guardas podem atirar
para matar – sem qualquer pergunta ou titubeio.
O
perímetro de segurança da área cresceu muito nos últimos anos, como
mostram as fotos. Até 1984 era fácil observá-la da montanha Bald e de
outros lugares mais altos, que ficam ao norte das instalações militares.
Mas, devido às hordas de curiosos que para lá acorriam, a Força Aérea
Norte-Americana (USAF) estendeu a área da vizinha Base Aérea de Nellis,
cerca de 100 km de Dreamland, de forma a reforçar a segurança do local
contra invasões. Entretanto, dois morros ao sul de Groom Lake ainda
ofereciam uma visão razoável da base até 1995, quando as autoridades
também suprimiram este acesso. As localidades de White Sides Peaks e
Freedom Ridge foram então anexadas ao complexo militar que, insistem as
autoridades, não existe...Felizmente, agora temos as fotos de satélite
para apreciar. E isso é bom para a saúde dos ufólogos, que corriam
sérios riscos adentrando os arredores de Groom Lake.
A
duas horas de carro de Las Vegas, pela rodovia NV-93, em pleno deserto
de Nevada, estima-se que o complexo militar de Dreamland tenha 9 mil
hectares, inserido numa área equivalente ao tamanho da Suíça. Seu espaço
aéreo é o mais inviolável dos EUA: nenhuma aeronave tem permissão para
sobrevoá-lo, nem mesmo de companhias aéreas regulares que atendem ao sul
do Nevada e da Califórnia. Em seus primórdios, a Área 51 já serviu como
base secreta de operações para a Lockheed Aircraft Corporation
desenvolver aviões de espionagem para a CIA. Mas foi usada também pela
Comissão de Energia Atômica dos EUA para testes de bombas – inclusive
nucleares. Segundo especialistas, a área continua sendo a sede de alguns
dos projetos mais revolucionários dos EUA – não porque a tecnologia lá
utilizada seja de segurança nacional no país, e sim porque teria origem
extraterrestre.
TECNOLOGIA ALIENÍGENA
Desde
o estabelecimento da Área 51, várias pessoas declararam ter visto
estranhos objetos sobrevoando seu espaço aéreo e arredores, mas as
autoridades sempre negaram os fatos. Contudo, um de seus próprios
funcionários declarou que na base, além de projetos militares avançados
que usam tecnologia alienígena ativamente, discos voadores genuinamente
extraterrestres também seriam objetos de estudo. As naves, resgatadas
intactas ou não em acidentes, eram consertadas ou reconstruídas em
Dreamland e depois submetidas à prova por pilotos de testes.
Foi o próprio físico Robert “Bob” Lazar quem fez tal afirmação, sendo seguido por vários outros ex-funcionários das instalações de Groom Lake. “Quase todos os dias eu pegava o avião em McCarran e ia à ‘Fazenda’, onde trabalhava em tecnologia revolucionária”, declarou Lazar, que trabalhou cinco meses na base, a partir de dezembro de 1988. O piloto de testes e herói de guerra John Lear, filho do então proprietário da fábrica de aviões a jato Learjet, foi um dos que colocou os UFOs à prova. Lazar recentemente estendeu suas declarações e informou que o governo norte-americano estava pesquisando nada menos que nove discos voadores na Área 51, e tentava adaptar sua tecnologia em projetos terrestres, com o uso da chamada engenharia reversa. Por suas declarações, ele e sua mulher receberam várias ameaças de morte. Assim, evitando correr riscos, em novembro de 1989 decidiu aparecer em público e confirmou suas alegações.
Foi o próprio físico Robert “Bob” Lazar quem fez tal afirmação, sendo seguido por vários outros ex-funcionários das instalações de Groom Lake. “Quase todos os dias eu pegava o avião em McCarran e ia à ‘Fazenda’, onde trabalhava em tecnologia revolucionária”, declarou Lazar, que trabalhou cinco meses na base, a partir de dezembro de 1988. O piloto de testes e herói de guerra John Lear, filho do então proprietário da fábrica de aviões a jato Learjet, foi um dos que colocou os UFOs à prova. Lazar recentemente estendeu suas declarações e informou que o governo norte-americano estava pesquisando nada menos que nove discos voadores na Área 51, e tentava adaptar sua tecnologia em projetos terrestres, com o uso da chamada engenharia reversa. Por suas declarações, ele e sua mulher receberam várias ameaças de morte. Assim, evitando correr riscos, em novembro de 1989 decidiu aparecer em público e confirmou suas alegações.
Disse
que há um lugar secreto no interior da Área 51, conhecido como S-4,
próximo ao lago seco Papoose, onde as naves alienígenas eram guardadas.
Explicou que seu trabalho se dava justamente naquelas instalações, junto
a uma equipe de 22 engenheiros contratados para estudar os sistemas de
propulsão dos discos voadores. Agora, as novas imagens da TerraServer
confirmam as declarações de Lazar, mostrando detalhes de tais
instalações. Ainda segundo Lazar, o S-4 era um enorme complexo
subterrâneo que ocupava toda a área de uma cordilheira de montanhas. No
início, o físico pensou que estivesse trabalhando com uma tecnologia
altamente sofisticada criada pelo homem. Mas quando entrou em um dos
discos voadores lá alojados, convenceu-se de que se tratava de algo de
outro mundo, porque tanto sua forma quanto suas dimensões confirmam sua
origem não humana.
“As naves que examinei não
possuíam juntas aparentes, nenhuma solda, parafusos ou rebites”, disse
Lazar. “As bordas de todos os elementos da espaçonave eram arredondadas e
suaves, como se tivessem sido feitas com cera quente submetida a um
rápido processo de resfriamento”.
De acordo com
seu relato, havia arcos e delicadas cadeiras de somente 30 cm de altura
no interior dos veículos espaciais. Sua unidade de propulsão era o que
mais lhe intrigava: tinha o tamanho de uma bola de beisebol e irradiava
um campo antigravitacional através de uma coluna oca, situada
verticalmente no centro da nave. Lazar teve sua curiosidade científica
aguçada e passou a procurar informações sobre tudo o que acontecia em
S-4. Foi quando teve acesso a um memorando que confirmou suas suspeitas.
Nele havia uma quantidade impressionante de informações sobre os UFOs,
“inclusive fotografias de autópsias de pequenos seres cinzas com grandes
cabeças calvas”, declarou à Revista UFO. “O governo estava escondendo
da população fatos da maior gravidade, e tudo aquilo estava sendo feito
em Groom Lake, mais precisamente em S-4”, desabafou [Veja edição UFO
Especial 09].
ETS MANTIDOS CATIVOS
Dentro da rotina de trabalho desenvolvida em Dreamland, era tido como estabelecido que os alienígenas mortos e autopsiados, anteriormente proprietários das naves então alojadas na base, fossem provenientes da estrela Zeta Reticuli. “Mas nem todos tinham morrido nas quedas”, garantia Lazar. De fato, de acordo com ele e outras fontes, algumas naves extraterrestres ficaram apenas levemente avariadas em impactos com o solo, e seus tripulantes não foram mortos. Nestes casos, tanto os veículos quanto os seres precisavam ser isolados e bem cuidados.
Não
se poderia permitir que tais criaturas ficassem soltas pois sua
sobrevivência deveria ser garantida pelo maior período de tempo
possível. Foi por isso que se construiu instalações especificas na Área
51 que pudessem receber tais seres, onde viveriam sob eterna supervisão.
Nutricionistas, médicos, fisioterapeutas, comunicólogos, estudiosos e
uma infinidade de profissionais de alto padrão foram empregados na
manutenção da vida dos extraterrestres, 24 horas por dia, 7 dias por
semana.Contam algumas fontes que, com o passar do tempo, alguns dos
aliens mantidos nesta espécie de cativeiro passaram a comunicar-se com
seus, digamos, algozes. “Tais comunicações eram tudo o que o governo
queria, pois se tentava extrair o máximo possível de informações dos
seres, para fins tecnológicos”, garante Lazar.
Assim,
aos poucos, alguns aliens passaram a transmitir tecnologia para os
cientistas que trabalhavam na Área 51, às vezes até com elevado nível de
colaboração entre ambos, especialmente no desenvolvimento de programas
específicos. No entanto, num incidente em 1979, a confiança mútua foi
desfeita e alguns dos seres teriam se rebelado contra os cientistas e
militares com quem trabalhavam, assassinando alguns deles. “Não vi isso
acontecer, pois foi antes de trabalhar lá. Mas li isso no memorando a
que tive acesso e recomendava que tivéssemos muito cuidado com tudo o
que tocássemos lá”, disse Lazar. O cientista, no entanto, confirmou que
um dia viu por uma porta entreaberta dois homens com batas brancas
olhando para baixo e falando com um pequeno ser que possuía braços
compridos...É certo que todas estas afirmações são difíceis de
acreditar. E muita gente atribui aos relatos de Lazar apenas uma
fertilíssima imaginação e uma desmedida volúpia por fama e dinheiro.
O
físico teve muito do primeiro, mas quase nada do segundo, e hoje tem
sua reputação e credibilidade colocadas em cheque por muitos ufólogos
que não acreditam em sua história. Ainda assim, Lazar está longe de ser
descartado – especialmente agora que as fotos da TerraServer confirmam
alguns detalhes da localização de prédios, pistas de pouso e outros
itens a que ele se referiu desde que decidiu expor publicamente o que
alega ter visto na Área 51.
Segundo o jornalista
de Las Vegas George Knapp, muitos estudiosos examinaram a vida de Lazar e
confirmaram suas afirmações. Knapp tem em seu poder uma gravação em
vídeo do depoimento de uma testemunha que participava de importantes
planos militares, em que afirma que as autoridades não só conhecem e
empregam tecnologia alienígena em Dreamland, como mantêm alienígenas em
seu poder desde a década de 50.
AMEAÇAS A TESTEMUNHAS
“Não
é fácil tentar descobrir alguma coisa sobre o que acontece na Área 51”,
desabafa o experiente Knapp. “Todas as investigações que realizamos são
acompanhadas por militares da base, e nossas tentativas de entrevistar
testemunhas que lá trabalharam são completamente frustradas”. Outro
jornalista que investigava a área abandonou seu trabalho por ter
recebido represálias. Um engenheiro eletrônico que observou um disco
voador nos arredores da base e diz-se disposto a fazer uma declaração
num programa de tevê desistiu da tentativa assim que percebeu estar
sendo seguido por militares.
Muitas outras
testemunhas dispostas a vir a público foram ameaçadas de forma direta ou
indireta. O ufólogo Norio Hayakawa filmou a rápida aparição de um
objeto que surgia próximo à Área 51 – “definitivamente não convencional e
em hipótese alguma um avião” – mas quando tentou fazer declarações a
respeito, foi intimidado por agentes federais. Ainda assim, filmagens de
UFOs nos arredores de Las Vegas e ao norte, próximo a Dreamland, estão
longe de serem incomuns. A Revista UFO chegou a lançar, nos anos 80, um
vídeo com mais de 120 minutos de filmes de estranhos objetos voadores
não identificados registrados nestas condições.
Atualmente,
o vídeo "Segredos que o Governo Oculta" é o documentário mais completo
já produzido sobre a Área 51. No vídeo há gravações que mostram objetos
brilhantes se deslocando pelo céu em velocidades surpreendentes,
executando manobras impossíveis. Um desses objetos se aproximou de uma
equipe de reportagem da rede norte-americana NBC e seus membros ficaram
com queimaduras produzidas por algum tipo de radioatividade
desconhecida.
No
filme ainda pode ser vista a imagem de dois supostos discos voadores:
um deles parecendo-se com um reator voando a baixa altitude e, o outro,
com uma réplica mal feita de um cesto de lixo. Os objetos seriam
máquinas aéreas criadas e manipuladas dentro de programas que fogem à
vigilância do Congresso dos Estados Unidos, chamados de black programs
ou black operations.
“Existem pelo menos oito
black programs voando pela Área 51”, afirma o escritor especializado em
aeronáutica Jim Goodall. “Como o caça Stealth, eles são projetos
secretos do governo e realizam manobras a impressionantes velocidades e
condições, levando muitas pessoas a acreditar que se trata de discos
voadores”.
Apesar de todo o alvoroço que foi
criado em torno das imagens divulgadas pela TerraServer e as milhares de
histórias a respeito de Groom Lake, o Pentágono negou no mês passado
que existam projetos secretos ou mesmo discos voadores na área, admitida
em comunicado oficial apenas como “uma instalação militar como qualquer
outra”. É evidente que, se existem realmente extraterrestres
participando de programas militares secretos em Dreamland – ou em
qualquer outro lugar dos EUA –, o governo jamais admitiria... Perguntado
por repórteres se havia ou não naves ou qualquer outra coisa alienígena
no local, o porta-voz Ken Bacon chegou a insinuar um sorriso e afirmou
que tudo não passava de imaginação. Mas foi imediatamente desmentido por
um outro ex-funcionário da área, segundo o qual os oficiais saberiam
muito bem esconder o que quisessem dos olhos de curiosos.
Até
mesmo o presidente Bill Clinton, que já foi favorável à liberação de
informações sobre UFOs, declarou ao Congresso que vai continuar mantendo
em sigilo as atividades da força aérea na base secreta de Groom Lake,
por tempo indeterminado. Instalações Subterrâneas“A liberação de
informações sobre as atividades exercidas em Groom Lake seria
extremamente prejudicial à segurança nacional”, declarou Clinton. Mas
isso foi antes da TerraServer vir a público com as fotografias que
expõem a realidade existente atrás das montanhas do Deserto do Nevada,
entre as quais se aloja a maior e mais complexa unidade militar do
mundo.
Todos
os anos o presidente Clinton assina um novo documento em que dá
continuidade ao sigilo sobre a Área 51. Isso só ajuda a fomentar a
curiosidade e a indignação popular. Ainda assim, mesmo que muitos
ufólogos acreditem que o governo norte-americano tenha acesso à
tecnologia extraterrestre, suas opiniões sobre o que ocorre em Dreamland
podem ser divergentes. O físico canadense Stanton Friedman,
correspondente de UFO no Canadá e um dos maiores especialistas no
assunto, garante que a área está sendo usada para o desenvolvimento de
uma grande variedade de veículos secretos, “como o U-2, o SR-71, o
próprio Stealth e provavelmente o Projeto Aurora”.
Friedman
já esteve no local durante o programa Larry King Live, em outubro de
1994, e disse que “...muitas das instalações da Área 51 são subterrâneas
e estão dentro de montanhas. Por isso que os satélites espiões que
passam sobre a região nada detectam de significante”. Até este momento.
Para Friedman, por serem subterrâneas, as instalações militares de
Dreamland estão bem protegidas contra as armas nucleares inimigas, além
da curiosidade dos ufólogos.
Ele não acredita nas
histórias de Bob Lazar: “Lazar mentiu sobre seu passado e até sobre seu
currículo profissional e escolar. Por isso é difícil crer que esteja
falando a verdade sobre qualquer coisa. Ainda assim, acredito ser
possível que veículos alienígenas estejam sendo guardados no subsolo”.
Já o ufólogo Kevin Randle, autor de The Truth About the UFO Crash at
Roswell, acha que não há grandes mistérios na Área 51. “Penso que a
Força Aérea esteja realmente fazendo seus testes de aviões secretos, mas
não há nada de extraterrestre nisso”.
Randle
também afirma que as novas imagens da TerraServer não trazem nada
inédito. “Não sei o porquê desse alvoroço todo”. Opiniões à parte, o
importante é que os ufólogos conseguiram depois de anos de insistência
provar a existência de uma base tão secreta, através das novas imagens
que surgiram na Internet de forma nunca esperada. É claro, não havia
expectativa em ver UFOs estacionados nas pistas de decolagem, ou fazendo
manobras sobre a torre de controle da Área 51. Mas as imagens mostram
que o governo norte-americano tem informações ultra-secretas que deseja
manter longe do alcance do público.Não seria de se surpreender se agora,
após o acontecido, Dreamland fosse aberta para alguma rede de televisão
norte-americana ou mesmo para o público.
Tudo
isso faz parte do jogo de desinformação que se exercita para esconder a
verdade. Enquanto isso acontecesse, quem sabe o governo dos EUA já não
estaria reestruturando a manutenção do sigilo em torno de uma eventual
Área 52?