Substituir açúcar por adoçante não é uma boa opção para a
saúde. O alerta é tema da seção ‘Mundo de Ciência’ da CH de agosto.
Por: Cássio Leite Vieira
Publicado em 22/08/2013
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Atualizado em 22/08/2013
Estudos sugerem que pessoas que consomem adoçantes com
frequência acabam abusando mais de doces e carboidratos do que aquelas
que não usam o produto. (foto: Flickr/ Hugo Wetterberg – CC BY-NC 2.0)
O consumo de bebidas com alto teor de açúcar está ligado ao
surgimento de obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares. Agora,
troque o ‘com alto teor de açúcar’ da frase anterior por ‘dietéticas’, e
o que vem depois continua sendo verdade. Mas desconhecido do público.
Esse alerta está em artigo de opinião de Susan Swithers, da Universidade Purdue (EUA), na revista Trends in Endrocrinology & Metabolism, escrito com base em uma ampla revisão da literatura científica.
As pessoas, por desconhecerem o conteúdo da segunda frase do parágrafo acima, trocam bebidas açucaradas por aquelas com adoçantes, achando que irão perder peso e prevenir doenças. E muitos profissionais de saúde prescrevem a troca de açúcar por adoçante.
A explicação para esse fato pode ser a mesma vista em humanos que consomem com frequência adoçantes: esse produto parece não satisfazer o desejo por açúcar. Ou seja, parece não agir nos centros de prazer do cérebro onde normalmente age o açúcar. E, por isso, como um tipo de compensação, pessoas que consomem muito adoçante acabam abusando de doces e carboidratos, consumindo-os em maior quantidade do que uma pessoa que não usa adoçantes.
“A recomendação de saúde pública para limitar o consumo de açúcares precisa ser expandida para limitar a ingestão de todos os adoçantes, não só açúcar”, alerta Swithers. Em tempo: ela se refere a todos os tipos de adoçantes.
Cássio Leite VieiraCiência Hoje/ RJ
Texto originalmente publicado na CH 306 (agosto de 2013).
http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2013/306/o-lado-amargo-dos-adocantes
Esse alerta está em artigo de opinião de Susan Swithers, da Universidade Purdue (EUA), na revista Trends in Endrocrinology & Metabolism, escrito com base em uma ampla revisão da literatura científica.
As pessoas, por desconhecerem o conteúdo da segunda frase do parágrafo acima, trocam bebidas açucaradas por aquelas com adoçantes, achando que irão perder peso e prevenir doenças. E muitos profissionais de saúde prescrevem a troca de açúcar por adoçante.
Swithers: “A recomendação de saúde pública para limitar o consumo de açúcares
precisa ser expandida para limitar a ingestão de todos os adoçantes, não
só açúcar”
Para argumentar contra essa crença, Swithers cita exemplos. Um deles
são experimentos feitos com camundongos e ratos alimentados com comidas
nas quais foram adicionados adoçantes. Esses roedores, quando
apresentados a comidas calóricas e açucaradas, acabam comendo muito mais
do que deviam e, consequentemente, engordando.A explicação para esse fato pode ser a mesma vista em humanos que consomem com frequência adoçantes: esse produto parece não satisfazer o desejo por açúcar. Ou seja, parece não agir nos centros de prazer do cérebro onde normalmente age o açúcar. E, por isso, como um tipo de compensação, pessoas que consomem muito adoçante acabam abusando de doces e carboidratos, consumindo-os em maior quantidade do que uma pessoa que não usa adoçantes.
“A recomendação de saúde pública para limitar o consumo de açúcares precisa ser expandida para limitar a ingestão de todos os adoçantes, não só açúcar”, alerta Swithers. Em tempo: ela se refere a todos os tipos de adoçantes.
Cássio Leite VieiraCiência Hoje/ RJ
Texto originalmente publicado na CH 306 (agosto de 2013).
http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2013/306/o-lado-amargo-dos-adocantes