foto: leonardoconcon
Muito já se disse a respeito das manifestações de rua e, a julgar pelos continuados registros nos diversos meios de comunicação, as verdadeiras causas e motivações desse indecifrável fenômeno social ainda desafiam especialistas, pesquisadores, formadores de opinião. Aqui e alhures. O estrago, nem o velho do Restelo seria capaz de pressentir.
Inimaginável foi constatar que,
por míseros R$ 0,20, apenas um Quinto do Real, a população viesse para as ruas
protestar e exigir o fim da atual Derrama praticada por diferentes governos,
mas, alçada a níveis insuportáveis, após a chegada do PT ao poder. Impensável
porque o mesmo povo permanecia mudo, cordato e resignado diante de rombos astronômicos
no INSS, Deltas, DNIT, Mensalão, 7 ministros depostos por corrupção (no
primeiro ano de governo), obras bilionárias para uso eventual como Copa e PAN e
tantos outros malfeitos.
O susto inicial foi tão
surpreendente que, da noite para o dia, sumiram todos os políticos. Nenhum deles
foi encontrado para entrevista. O histerismo tomou conta do partido do governo
e a “gestora” Dilma, que não fala nem com ministro, após reunião com os sábios e
o marqueteiro da corte, resolveu soltar o verbo e, no vácuo, verbas. Do nada, liberou
50 bilhões para um PACTO. Não explicou o que significa TO, mas, pelo nome, supõe-se
ser parente dos PAC I e II.
As manifestações tornaram-se
epidêmicas. Fala-se que os governantes não entenderam a voz das ruas. É
possível. No entanto, muito mais grave e preocupante nos parece ser o inverso.
A nação não estar entendendo o PT.
Corrupção desenfreada, expansão
da máquina governamental, 39 ministérios, nomeações à granel, colapso completo
dos serviços de saúde, deterioração das rodovias, portos e aeroportos, dos
transportes, falência da educação, carência de segurança, desmoralização das
instituições, perdão de dívidas e empréstimos para países comandados por
ditadores corruptos e inadimplentes, gastos faraônicos e secretos nos cartões
corporativos, comprometimento do BNDES, CEF e BB, debilidade da Petrobras, e
muitos outros absurdos, só podem ter sido possíveis ao arrepio das leis, de
maneira sorrateira e ocultadas mediante maquiagens contábeis que, vez por outra
vazam na imprensa, e certamente poderão trazer prejuízos irremediáveis ao partido.
Quanto não ficou-se sabendo no julgamento do Mensalão!
O risco de se submeter a uma auditoria
transformou o chamado Plano de Poder em necessidade de sobrevivência. A
revelação da extensão do butim continuado à Nação, comenta-se à boca pequena
que um “Mega Mensalão”, sem a máquina na mão, pode levar muita gente ao
desespero.
O Planalto não entendeu o grito
das ruas e o Brasil não está entendendo o desespero do PT. É
aí que mora o perigo!
http://movimento31dejulho.blogspot.com.br/2013/07/ninguem-esta-entendendo-nada.html