Quando alguém abrir a boca para
falar da excelência da saúde e educação em Cuba, peça-lhe explicações
sobre estes cadáveres mortos a míngua, de fome e de frio.
Há exatamente um mês morria, em decorrência de uma greve de fome de
83 dias, o preso político cubano Orlando Zapata Tamayo. Sua morte
suscitou indignação mundial mas a reação das esquerdas veio mais rápida
do que a atenção os apelos feitos durante meses, para que a ditadura
atendesse suas solicitações. Da calúnia de que Zapata exigia "telefone,
televisão e cozinha" na sua cela, passou-se à difamação daquele que já
não podia se defender.
Dias depois desta morte ter ganhado as manchetes mundiais, o Granma,
jornal oficial da ditadura, utilizou o seu mais subserviente
articulista, Enrique Ubieta, para difamar Zapata, onde dentre outras
coisas ele lança esta pérola: "É difícil morrer em Cuba, não porque as expectativas de vida sejam as do Primeiro Mundo - ninguém morre de fome, em que pese a carência de recursos, nem de enfermidades curáveis -, senão porque impera a lei e a honra". Mas não foi o que disse o folclórico Panfilo,
que diante das câmeras de televisão berrava que o problema de Cuba era a
fome e que acabou lhe rendendo um confinamento no Hospital Mazorra.
E no Estadão de hoje (23.03)
leio que a deputada Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) encampou uma moção
de apoio a Cuba. A enfurecida comunista sentencia: "Na verdade, os
virulentos ataques a Cuba escondem um alvo maior, que são as conquistas
de governos populares comprometidos com a democracia e a justiça social
das grandes maiorias de nossa América". Dona Grazziotin insiste em
bater na mesma tecla parida pelos ditadores Raúl e Fidel, e seu capacho
das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, de que existe "uma insistente campanha promovida por meios de comunicação intransigentemente comprometidos com a desinformação".
Ora, dona Grazziotin "esquece" que desinformação faz parte da práxis
comunista, quer seja no Brasil, em Cuba, na Rússia ou na Venezuela,
então, nada melhor do que lançar nos outros a culpa que lhe cabe, pois
disso ela entende bem. A matéria fecha com chave de ouro essas
declarações da deputada comunista: "A revolução cubana é marcada por
um bem sucedido processo de transformações políticas, econômicas e
sociais caracterizadas nas condições de vida do seu povo, principalmente na saúde e educação. Por obra da mídia mercantil, do seu bloqueio informativo, nada disso chega aos leitores e telespectadores brasileiros".
Como a notícia já havia se espalhado, no dia 16 o governo emitiu uma nota através do "Granma", na qual tenta eximir-se da responsabilidade criminosa imputando a culpa aos próprios defuntos. Leiam o que diz a nota do Ministério da Saúde:
"No Hospital Psiquiátrico de Havana, que dispõe de 2.500 leitos,
produziu-se durante a última semana um incremento da mortalidade dos
pacientes internados. No total, reportam-se 26 falecidos.
Estes fatos estão vinculados com as baixas temperaturas
de caráter prolongado que se apresentaram (de até 3,6 graus centígrados
em Boyeros, onde se localiza o hospital) e a fatores de risco próprios
dos pacientes com enfermidades psiquiátricas, a natural deterioração
biológica devido ao envelhecimento, infecções respiratórias em um ano
onde esta enfermidade mostra um comportamento epidêmico e as
complicações de afecções crônicas presentes em muitos deles,
fundamentalmente cardiovasculares e câncer". Um
paciente psiquiátrico não tem necessariamente que ter problemas de saúde
física, a não ser que ele seja exposto a algum risco, tal como
aconteceu, de dormir num frio de menos de 4º sem um cobertor, e além do
mais com fome!
A questão fica ainda mais grave, uma vez que este fato calamitoso não
ocorreu somente no Mazorra, mas também no hospital psiquiátrico
conhecido como "Quinta Canaria" e num Lar de Anciãos no município
central de Havana. Os médicos que estão sendo acusados de negligência
por essas mortes, Dr. Wilfredo Castillo, Ivo Noa González e Roberto Masa
defendem-se, dizendo que não vão ser os "bodes expiatórios" do desastre
do sistema de saúde cubano. Eles acusam diretamente o ministro José Ramón Balaguer que, segundo informaram, "tinha um informe completo de todas as deficiências e carências do Hospital, desde
os alimentos até material de higiene e limpeza, lençóis, toalhas, etc.,
e o mais importante: dos 325 medicamentos fundamentais que o hospital
consome, 92 encontram-se em falta".
As fotos que vocês vêem neste artigo falam mais do que as mentiras
pregadas pelos comunistas defensores da miséria para os outros, como
esta deputada do PCdoB. Ela sabe que mente, ela sabe que em Cuba se
cometem crimes de toda ordem contra um povo que clama no deserto.
Portanto, quando alguém abrir a boca para falar da excelência da saúde e
educação em Cuba, peça-lhe explicações sobre estes cadáveres mortos a
míngua, de fome e de frio, e que a imprensa brasileira não quer que o
povo tome conhecimento.
Fotos: www.penultimosdias.com______________________________________________________________________
Via : http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/noticiasfaltantes/comunismo/10937-hospital-mazzorra-cuba-26-assassinados.html
http://www.gazetadobrasil.com.br

