Novo estudo relaciona herbicida à doenças como Alzheimer, Parkinson e autismo

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Uma nova revisão de centenas de estudos científicos sobre o glifosato, o principal componente do herbicida Roundup da Monsanto, lança luz sobre os seus efeitos no organismo humano. O artigo descreve como todos estes efeitos poderiam trabalhar juntos, e com outras variáveis, desencadeando problemas de saúde em seres humanos, incluindo doenças debilitantes, como distúrbios gastrointestinais, diabetes, doenças cardíacas, obesidade, mal de Parkinson e doença de Alzheimer.

O glifosato prejudica a caminho do gene citocromo P450 (CYP), que cria enzimas que ajudam a se formarem e também quebra moléculas em células. Existem inúmeras enzimas CYP importantes, incluindo aromatase (a enzima que converte o androgênio em estrogênio) e a 21-hidroxilase, que cria o cortisol (hormônio do estresse) e aldosterona (regula a pressão sanguínea). Uma função dessas enzimas CYP também é desintoxicar xenobióticos, que são substâncias químicas estranhas, como drogas, substâncias cancerígenas ou pesticidas. O glifosato inibe essas enzimas CYP, que tem efeitos ondulantes sobre todo o nosso corpo.

Como a via do CYP é essencial para o funcionamento normal de vários sistemas corporais, qualquer pequena alteração na sua expressão pode levar a rupturas. Por exemplo, os seres humanos expostos ao glifosato têm níveis diminuídos do aminoácido triptofano, que é necessário para a sinalização ativa do neurotransmissor serotonina. Os níveis de serotonina suprimidos têm sido associados com o ganho de peso, depressão e doença de Alzheimer.

Este trabalho não tem a pretensão de produzir novas descobertas científicas. Em vez disso, ele olha para estudos mais antigos em uma nova luz. Os críticos dizem que as ligações entre glifosato e problemas de saúde feitas neste documento são puramente correlacionais, mas este trabalho é importante porque traz todos os possíveis efeitos so glifosato sobre a saúde e discute o que pode acontecer: algo que o Departamento de Agricultura dos EUA, Agência Ambiental dos EUA e a FDA (Food and Drug Administration) não conseguiram fazer.

Assim como a Monsanto tentou desacreditar estudo do cientista Gilles-Eric Seralini em ratos alimentados com milho geneticamente modificado, a empresa chamou este artigo de revisão de "outro estudo fajuta", devido à sua "má ciência." Porém a Monsanto não menciona que a maioria das pesquisas mostrando a segurança do glifosato tem sido feitas pela própria Monsanto, que poderia ser chamado de má ciência, bem como devido à sua natureza limitada e parcial.

Os autores da nova revisão pedem pesquisas mais independentes para validar suas descobertas, declarando que "o glifosato é provável que seja difundido em nossa alimentação, e ao contrário de ser essencialmente não tóxico, pode ser de fato o produto químico biologicamente mais perturbador em nosso ambiente". Se o corpo de uma investigação independente sobre alimentos transgênicos e os herbicidas utilizados com eles mostra uma coisa, é que há perguntas não respondidas pedindo investigação imparcial. E enquanto essas questões permanecem sem resposta, as pessoas têm o direito de saber como seu alimento foi produzido.

Fonte: Nation of Change
http://noticias-alternativas.blogspot.com.br

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