O pessoal reclama que dinheiro público financie a parada gay. E quando é para patrocinar a micareta de crente, a marcha para Jesus ? Ninguém reclama, não?
Segundo o jornalista Lauro Jardim,
Silas Malafaia que organiza a parada evangélica no Rio, já está se
acertando com o prefeito Eduardo Paes, com quem faz maracutaias
eleitorais, o valor que caberá aos cofres públicos no financiamento da
festa dos crentes.
Grande negócio
gospel, em que tudo mundo paga (artistas, políticos, aspirantes, etc.)
para subir no trio elétrico ungido, Malafaia, Valadão e Hernandes
faturam alto, cada qual em seu arraial.
Ano passado, a
marcha carioca custou 2,5 milhões aos cofres públicos, sendo que
Malafaia devolveu 500 mil de troco, só para mostrar o quanto é
honesto... Oi?
De espiritual,
como sabemos a marcha não tem nada, mas há de se considerar um aspecto
posiitvo: como neopentecostal não bebe, come muito. Cria barriga. E como
a maioria dos crentes acha que academia de ginástica, com aquela
mulherada toda de roupa colada é coisa do diabo, pelo menos, na marcha,
crente sua a camisa...
E antes que
alguém me pergunte se eu sou a favor do financiamento da parada gay e
contra o financiamento da Marcha para Jesus, já respondo: Sou contra aos
dois. Explico: Julgo plenamente justo que cidadãos pleiteiem
financiamento para eventos culturais de todo o tipo, inclusive para a
música gospel. Contudo, os dois eventos citados, embora populares junto
ao seu público não são nem de longe manifestações culturais (ou
religiosas, no caso da Marcha), mas demonstrações de poder político. A
Parada do Orgulho Gay, apesar do caráter festivo é um evento político.
Foi criada com no contexto da causa, da sua luta por direitos civis. A
Marcha para Jesus também. É uma manifestação de poder de lideranças
evangélicas diversas. Não vejo porque o dinheiro de todos tenha de
financiar o projeto político de grupos específicos.