A
indicação de Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados trouxe
holofotes para os posicionamentos ministeriais do deputado enquanto
pastor.
Assim que os protestos começaram a tomar conta das redes sociais, um
vídeo de uma ministração de Feliciano, em que ele pede ofertas e doações
de bens materiais, tornou-se um viral, e ganhou destaque no site do
jornal O Globo e na coluna Radar Online, de Lauro Jardim, na revista
Veja.
No vídeo, entre diversas cenas polêmicas e no mínimo, controversas em
termos de práticas evangélicas, Marco Feliciano estipula valores de
ofertas e recolhe cheques, chaves de moto, dinheiro e até cartões
bancários. A gravação ocorreu durante um culto da Assembleia de Deus
Catedral do Avivamento, igreja que é liderada pelo próprio Feliciano.
Num trecho do vídeo, o pastor exibe um cartão bancário e se queixa da
falta de senha para que a oferta seja sacada: “É a última vez que eu
falo. Samuel de Souza doou o cartão, mas não doou a senha. Aí não vale.
Depois vai pedir o milagre pra Deus e Deus não vai dar e vai falar que
Deus é ruim”, diz o pastor Marco Feliciano.
Num momento seguinte a esse, um rapaz numa cadeira de rodas se
aproxima de Feliciano e diz que doará mil reais, e o pastor comenta a
atitude: “Ele veio como murmurador. Vai voltar como o homem mais
abençoado da festa”, e resume, dirigindo-se ao jovem: “Eu ainda vou
pregar com você por aí, garoto”.
Aparentemente, as ofertas haviam sido estipuladas em mil reais por
pessoa, mas o pastor Marco Feliciano diz que quem não tem condições de
doar essa quantia, pode ofertar a metade: “Tem mais [dinheiro] aqui na
frente? Glória a Jesus! Deixa eu ver o sobrenome dele? Feliz de Souza
[risos]. Mais um [cheque]. Amém, amém. Tem gente que diz: ‘Pastor,
pastor, R$ 1.000 eu não aguento’. Traga R$ 500. Você só não pode é
perder a benção. Quem crê dá um jeito”, resume Feliciano.
O vídeo polêmico e que denota a pregação da teologia da prosperidade,
tem sido usado como crítica indireta a Marco Feliciano, acusado por
ativistas gays de racismo e homofobia, e alvo de protestos dos que
entendem que o deputado não é a indicação mais correta do PSC para o
cargo de presidente da CDHM.
Confira o polêmico vídeo abaixo:
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