Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber...
Ao ler a reportagem abaixo fiquei pensando nessa passagem acima descrita do livro de Mateus no capítulo 25 e me veio a seguinte pergunta: "onde está a igreja para cumprir o que acima está escrito?" Deve está mais preocupa em aparecer nos holofotes, em conchavos políticos para benefícios próprios e sustentando megalomaníacos e suas visões.
Com certeza é inadmissível que um país onde quase metade de sua população se diz evangélica que arrecadam milhões em "sementes" fiquem alheios a situações como essa. Acho que está na hora de nós filhos de Deus realmente por a mão no arado parar de olhar pro próprio umbigo e focar no próximo! Maranata vem Jesus!
Ao ler a reportagem abaixo fiquei pensando nessa passagem acima descrita do livro de Mateus no capítulo 25 e me veio a seguinte pergunta: "onde está a igreja para cumprir o que acima está escrito?" Deve está mais preocupa em aparecer nos holofotes, em conchavos políticos para benefícios próprios e sustentando megalomaníacos e suas visões.
Com certeza é inadmissível que um país onde quase metade de sua população se diz evangélica que arrecadam milhões em "sementes" fiquem alheios a situações como essa. Acho que está na hora de nós filhos de Deus realmente por a mão no arado parar de olhar pro próprio umbigo e focar no próximo! Maranata vem Jesus!
- O rato-rabudo, também conhecido em partes do Nordeste como punaré ou rato-boiadeiro
A comida escassa devido à seca está fazendo piauienses caçarem roedores
para complementarem a alimentação. No distrito de Brejinho, no município
de Assunção do Piauí (273 km de Teresina), todos os dias no fim da
tarde é comum ver moradores saindo para as áreas de grutas para
colocarem armadilhas para pegar o "rato-rabudo".
A caça ao animal é artesanal, e a armadilha é feita com pedra e
gravetos. "Quando o rabudo passa pela armadilha, a pedra cai em cima e
ele morre sufocado. No dia seguinte, a gente vai logo cedo ao local
buscar o animal para já ser consumido no almoço", disse o morador de
Brejinho Genivaldo Bezerra, 35.
A reportagem do UOL tentou
encontrar em alguma residência um rato para consumo, mas os moradores
explicaram que como passam muita fome consomem logo o animal. "Como não
tenho dinheiro para comprar carne, aqui é caçando, tratando e comendo o
rabudo. Ninguém fica com ele na geladeira por muito tempo porque
passamos fome e vamos logo comendo", disse Bezerra.
Apesar de a maioria dos moradores de Brejinho ter acesso ao programa
Bolsa Família, eles afirmam que o dinheiro que recebem não dá para
comprar a "mistura" para o almoço e acabam saindo à caça de ratos para
servir de carne na alimentação. A dona de casa Francisca Ramos da Silva,
41, não se incomoda em contar à equipe de reportagem do UOL que a única carne consumida na casa dela é de rato.
"A gente tem de se virar. Não plantamos nada neste ano por conta da
chuva que não veio. Ninguém aguenta almoçar com a comida pura e, como o
dinheiro que recebemos só dá para comprar arroz, feijão e macarrão,
comemos o rabudo para complementar", disse Francisca, informando que a
carne do rabudo "é saborosa" e é sempre uma festa quando conseguem caçar
alguns ratos.
Maior que a ratazana
Segundo o "Guia dos Roedores do Brasil", o rato-rabudo (Thrichomys apereoides) é
chamado por esse nome porque tem a cauda longa e mais peluda que as
demais pelagens do corpo. O animal é um mamífero roedor encontrado
tipicamente nas regiões Nordeste e Norte do Brasil e habita áreas
pedregosas e de vegetação aberta, como a caatinga e o cerrado, no
Brasil, e o chaco, no Paraguai.
A nutricionista Patrícia Lima disse que apesar de o "rato-rabudo" viver
em áreas inóspitas no sertão nordestino o consumo da carne é perigoso
devido à transmissão de doenças por também estarem próximos a
comunidades sem esgotamento sanitário.
"Apesar de ser um rato que come somente frutas e vive em ambientes
limpos na mata, o rato-rabudo também vive perto de comunidades rurais,
onde o saneamento é precário, por isso eles não diferem dos nossos
conhecidos ratos, ratazanas. Devem ser vetores de inúmeras doenças. Os
moradores, quando caçam, podem se infectar dentro de casa quando
'limpam' e tratam o rato para comer."
A nutricionista explicou que para ter uma alimentação correta, a dieta
deve conter "carboidratos, proteínas e lipídios, além de minerais e
vitaminas". "A proteína vai depender do costume, dos seus hábitos
alimentares das pessoas, que pode ser encontra em carne animal e até em
vegetais como a soja, grão de bico etc. Na carne do rato com certeza tem
proteína de origem animal."
"É triste saber que ainda existem pessoas que, devido as necessidades
que passam, se submetem a se alimentar de rato. Mas, por conta da
pobreza no Nordeste, não é de estranhar que se aventurem numa coisa
dessa, porque a fome, sentir fome por diversos dias, dá desespero. Acho
que só num caso de desespero para encarar isso."