As águas turvas da Nestlé: Se a grande imprensa brasileira, misteriosa e sistematicamente, vem ignorando o caso, o mesmo não ocorre na Europa, onde o assunto foi publicado em jornais de vários países, além de duas matérias de meia hora na televisão
Há alguns anos, a Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São
Lourenço para fabricar a água marca PureLife. Diversas organizações da
cidade vêm combatendo a prática, por muitas razões. As águas minerais,
de propriedades medicinais e baixo custo, eram um eficiente e barato
tratamento médico para diversas doenças, que entrou em desuso, a partir
dos anos 50, pela maciça campanha dos laboratórios farmacêuticos para
vender suas fórmulas químicas através dos médicos. Mas o poder dessas
águas permanece. Médicos da região, por exemplo, curam a anemia das
crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa.
Para fabricar a PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à
saúde, desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente. A
desmineralização de água é proibida pela Constituição.
Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a
água e acrescenta sais minerais para fechar a reação. Em outras
palavras, a PureLife é uma água química. A Nestlé está faturando em cima
de um bem comum, a água, além de o estar esgotando, por não obedecer às
normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população a
riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamento da Nestlé está acima do
permitido.
Fonte: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/08/crimes-da-nestle-sao-acobertados-por-autoridades-e-imprensa-brasileira.html