O cristianismo moderno fala muito  pouco do conceito de esvaziar-se. Fala-se muito sobre como ter sucesso, como ser  rico, como conquistar a vitória, como ser cheio disto e daquilo, mas pouco se  ouve falar sobre como esvaziar-se ou como se tornar um nada ou como se tornar um  zé-ninguém. Para sermos úteis para Deus precisamos estar vazios de nós mesmos. É  preciso reconhecer que somos impotentes por nós mesmos. O problema de muitos  líderes é que não querem ser “lixo e escória”, por isso adoram aplausos. Em  Lucas 6:26, o Senhor Jesus disse: “Ai de vós, quando todos vos louvarem!”. Isso  significa que quando somos aceitos por todos estamos mascarando o cristianismo.  Se não experimentamos qualquer perseguição em nossa vida há alguma coisa  seriamente errada e precisamos rever nossa declaração de que somos cristãos. Um  cristão dos tempos primitivos, Aristides, cognominado de o Justo, não recebeu  aplausos do povo. Pelo contrário, Aristides foi expulso da cidade de Atenas. Os  cidadãos votaram sua expulsão. Um deles disse que votou contra esse bom homem  “porque estava cansado de ouvi-lo sempre ser chamado de “o Justo”. Quanta  diferença dos super-pregadores de hoje!
Precisamos de profetas que  denunciem o pecado coletivo da adoração ao homem. Creio que se os pregadores de  nossa cultura fossem mais confrontadores sobre suas convicções e vivessem de  maneira santa e irrepreensível não receberiam tanto aplausos. O problema é que  muitos pastores têm transformado a igreja do Senhor Jesus num playground onde se  exercita o “dom” de rodopiar, o “dom” de bailar, o “dom” de rugir, o “dom” de  engatinhar e, pasmem, o “dom” de enganar. Neste contexto, tome aplausos!


