Ainda
fico impressionado com a quantidade de coisas que acontecem nas ruas e
ninguém vê. Ou se veem, já não se espantam mais. Os “loucos”, que
antigamente ficavam famosos por seus comportamentos peculiares, já não
têm mais destaque algum, tal é a concorrência que enfrentam, de
semelhantes de todas as espécies e correntes migratórias.
A “loucura” perdeu o glamour; os desajustados ficaram confusos. Pensando, inclusive, que talvez sejam “normais”. E os “normais”, por sua vez, parecem não lembrar totalmente do que o conceito sugere como comportamento aceitável.
Parece estar havendo uma espécie de involução humana, disfarçada com perfume comprado no Uruguai e avatares felizes de Facebook. (Se por acaso você ainda não souber do que se trata – o que eu duvido -, o Facebook é um lugar onde é possível tornar-se a pessoa perfeita, sem fazer qualquer esforço). Diferente da vida real, onde nossa capacidade de aturar estupidez é posta à prova diariamente, no Facebook simplesmente exclui-se a pessoa do convívio. Muito mais fácil! É lógico que algo assim iria fazer sucesso…
Lá o avatar ama os bichos, a natureza, tem saudade dos amigos e demonstra sua fé, amor e gratidão pelo sol que brilha. Mas, infelizmente, ali do outro lado da parede, as coisas não são bem assim. Seu comportamento é competitivo, mesquinho, rancoroso. Pela convenção da fé, professam seu Euvangelho, com leis próprias e total falta de consideração ao próximo.
É o que quer “levar uma vantagenzinha”, o que está atento à falha do outro pra poder se beneficiar dela de alguma forma. O que rouba o tempo dos outros em troca de um salário e por isso acha que respeito é desnecessário.
É o que joga seu lixo na rua, sabendo que não é dia (ou horário) de coleta. Ciente de que os cachorros de rua (que também não são seu problema) vão rasgar as sacolas e espalhar pelas ruas seus papéis higiênicos usados e outras maravilhas da sua vida idiota. Mas o que lhe importa? Ele tira o lixo de dentro de casa. E esperar mais do que isso seria piada…
É uma espécie de gente que habita o mundo como se lhe fosse um direito adquirido. E aos outros, lhes bastassem aceitá-lo. Podem ter qualquer idade, sexo, religião. Provavelmente tem um deles aí perto de você… talvez seja você mesmo. Ou eu.
Outro dia, falando com o Murruga (ele recolhia a roupa, enquanto a fumaça do churrasco do vizinho tomava conta do seu pátio), perguntei qual a opinião dele sobre isso, sobre essas pessoas, enfim…
Me disse: “bicho, pois é… é o umbigo! O São Umbigo”…
http://www.publikador.com
A “loucura” perdeu o glamour; os desajustados ficaram confusos. Pensando, inclusive, que talvez sejam “normais”. E os “normais”, por sua vez, parecem não lembrar totalmente do que o conceito sugere como comportamento aceitável.
Parece estar havendo uma espécie de involução humana, disfarçada com perfume comprado no Uruguai e avatares felizes de Facebook. (Se por acaso você ainda não souber do que se trata – o que eu duvido -, o Facebook é um lugar onde é possível tornar-se a pessoa perfeita, sem fazer qualquer esforço). Diferente da vida real, onde nossa capacidade de aturar estupidez é posta à prova diariamente, no Facebook simplesmente exclui-se a pessoa do convívio. Muito mais fácil! É lógico que algo assim iria fazer sucesso…
Lá o avatar ama os bichos, a natureza, tem saudade dos amigos e demonstra sua fé, amor e gratidão pelo sol que brilha. Mas, infelizmente, ali do outro lado da parede, as coisas não são bem assim. Seu comportamento é competitivo, mesquinho, rancoroso. Pela convenção da fé, professam seu Euvangelho, com leis próprias e total falta de consideração ao próximo.
É o que quer “levar uma vantagenzinha”, o que está atento à falha do outro pra poder se beneficiar dela de alguma forma. O que rouba o tempo dos outros em troca de um salário e por isso acha que respeito é desnecessário.
É o que joga seu lixo na rua, sabendo que não é dia (ou horário) de coleta. Ciente de que os cachorros de rua (que também não são seu problema) vão rasgar as sacolas e espalhar pelas ruas seus papéis higiênicos usados e outras maravilhas da sua vida idiota. Mas o que lhe importa? Ele tira o lixo de dentro de casa. E esperar mais do que isso seria piada…
É uma espécie de gente que habita o mundo como se lhe fosse um direito adquirido. E aos outros, lhes bastassem aceitá-lo. Podem ter qualquer idade, sexo, religião. Provavelmente tem um deles aí perto de você… talvez seja você mesmo. Ou eu.
Outro dia, falando com o Murruga (ele recolhia a roupa, enquanto a fumaça do churrasco do vizinho tomava conta do seu pátio), perguntei qual a opinião dele sobre isso, sobre essas pessoas, enfim…
Me disse: “bicho, pois é… é o umbigo! O São Umbigo”…
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