No
primeiro texto desta série didática e intumescida, eu contei pra vocês
quem inventou o vibrador (clique aqui, caso não tenha lido ainda). No
segundo, falei sobre o sujeito que descobriu do polêmico ponto G, que
alguns alegam que nem existe (mas que uma moça se apressou a dizer que
existe sim, “experiência própria” – veja nos comentários, clica).
Agora, eu vou ainda mais longe e mais fundo nos anais da História (sem trocadilho bobo, OK? Além disso, já fiz essa piadinha tosca no primeiro texto da série). Vou misturar prostituição com religião, vou quebrar todos os tabus e ainda por cima dar muita risada! Duvida? Então me dá tua mão, gata… vem!
1. Ser chamado de “filha da puta” já foi elogio
Bom, talvez tenha sido. Estou especulando. Mas é que puta já foi atividade de respeito. E mais: a prostituição para alguns povos da antiguidade era sagrada. Segundo o historiador grego Heródoto (484 a.C – 425 a.C), isso rolava na Babilônia de sua época. Havia a obrigatoriedade de as mulheres irem para o templo de Afrodite pra transar com algum desconhecido pelo menos uma vez na vida. E eram proibidas de voltar pra casa até que um cara qualquer jogasse uma moedas na mão dela e a chamasse pra consumar o ato sagrado dizendo “Eu te convido em nome de Mylitta (Afrodite, deusa do amor, em assírio).” É brincadeira, meus amigos? Detalhe: a soma em dinheiro não importava, era meramente simbólica, não precisava ser alta (acho poético e bonito isso, sexo ser mais importante que dinheiro. E tudo com as bênçãos da Deusa, olha que beleza).
Mas é claro que havia um inconveniente nessa história edificante de sacanagem sagrada. Eu nem sei qual era o padrão de beleza da época, mas, como era de se esperar, as mulheres mais gatas eram chamadas primeiro e as mais feias ficavam no banco de reserva (não podiam voltar pra casa até terem consumado o ato, lembra?). E quanto tempo essas moças menos favorecidas esperavam? Segundo o historiador, às vezes até 4 anos!
2. Essa doença era f*da. A cura também
Quem nunca se sentiu mal por passar muito tempo sem transar, não é mesmo? (Eu nunca, mas um amigo meu já) Mas doente mesmo, fisicamente, a ponto de ter que chamar um médico, será possível? Bom, hoje em dia, não sei. Mas em 1554, era. Foi nessa época que o médico alemão Johannes Lange descobriu uma enfermidade que chamou de “doença das virgens”. As senhoritas acometidas por esse mal apresentavam palidez extrema, falta de energia, falta de fôlego e outros sintomas desagradáveis. O tratamento? Viver com homens e copular.
Calma, você que tá meio pálida! Não saia correndo em direção à farmácia mais próxima em busca do remédio. Deixe o farmacêutico em paz! Acontece que os avanços da medicina acabaram provando que (infelizmente para as virgens adoentadas) a tal doença, na época chamada de “clorose”, era na verdade um tipo de anemia e a palidez não era falta de p*ca, mas de ferro (Epa! “E não é a mesma coisa?”, indagará você, gata, sempre astuta e assanhada. Não, claro que não é! É ferro pros glóbulos vermelhos, saca? Então). Assim sendo, o tratamento não era mais transar, mas um monte de coisa chata, de médico normal mesmo (sei lá o quê, procura no Google; acho que é tomar vitamina B, essas paradas). E esse foi o fim de um tratamento que podia não adiantar nada, mas que pelo menos ajudava a passar o tempo super bem nos dias de chuva, tenho certeza.
E o que essa história prova? Que nem todo progresso é bom, obviamente. E que nem todo remédio é amargo, é claro.
3. “Curtindo” e “compartilhando” quase 2 mil anos antes do Facebook
Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus, mais conhecido como Calígula (12 d.C. – 41 d.C), foi um imperador romano dedicado basicamente a duas atividades: ser filho da puta e praticar toda espécie de ato sexual depravado. A primeira atividade não nos interessa. Já a segunda, bem, essa incluía orgias e até incesto (cruzes). É uma pena que eu não tenha espaço aqui para relatar toda putaria que rolou na vida do cara (o limite por post é de apenas um bilhão de caracteres). Mas tem um episódio que acho particularmente interessante quando comparado à nossa vida online de hoje.
Seguinte: de acordo com o historiador romano Suetônio, Calígula xavecava tudo quanto é mulher de Roma, não importando se era solteira ou casada, nobre ou plebeia, whatever, ele chegava junto. Certa vez esse imperador convidou um monte delas para jantar com marido e tudo e examinou todas uma a uma, como se fossem escravas à venda. Então, aproveitando do seu tirânico poder imperial, o devasso escolhia uma das mulheres e a tirava do banquete pra “curtir” (ou seja, comer). Depois vinha o lado “compartilhar” da coisa: Calígula voltava ao salão e expunha abertamente o que tinha achado de sua parceria fisicamente, pontos fortes e fracos e comentava a performance dela na f*da. Uma verdadeira “resenha”. Com um detalhe (aí está, a meu ver, a crueldade maior, mas tem gente que gosta): o marido da mina estava presente ouvindo tudo, lembra? Agora imagina com Facebook o que não ia rolar de informação particular de sacanagem no inbox desse cara…
4. O sadomasoquismo já existia antes de Sade
É isso mesmo que você leu aí, gata. Como todo mundo sabe (menos você aí, de bermuda xadrez), o Marquês de Sade (1740-1814) foi um escritor, aristocrata e libertino francês cujo nome deu origem ao termo sadismo. Já o escritor austríaco Leopold Ritter von Sacher-Masoch (1836 —1895) originou o masoquismo. Junta uma coisa com a outra e você tem o sadomasoquismo, um elaborado jogo sexual no qual um faz papel de dominante e outro de dominado. Um gosta de bater, o outro de apanhar. Ou de ser humilhado.
O curioso é que tal prática já existia antes de ter um nome, algo que só foi possível unindo os sobrenomes dos dois malukos aí de cima (na vida mesmo, observe as datas de nascimento e morte, eles nunca se encontraram). Os etruscos já registravam a prática de dois caras transando simultaneamente com uma mina e descendo-lhe o chicote cerca de 470 anos antes de Cristo. Tá lá nas paredes de uma tumba em Tarquínia, Itália. Pra que decorar uma tumba com putaria? A resposta perdeu-se nas cavidades meladas do tempo… Mas já pensou ser enterrado num caixão cheio de foto de mulher pelada? (eu já, penso muito).
Outra curiosidade é que o “taca-le o pau” também já existia, né? Só não virou meme porque não havia internet.
http://www.publikador.com
Agora, eu vou ainda mais longe e mais fundo nos anais da História (sem trocadilho bobo, OK? Além disso, já fiz essa piadinha tosca no primeiro texto da série). Vou misturar prostituição com religião, vou quebrar todos os tabus e ainda por cima dar muita risada! Duvida? Então me dá tua mão, gata… vem!
1. Ser chamado de “filha da puta” já foi elogio
Bom, talvez tenha sido. Estou especulando. Mas é que puta já foi atividade de respeito. E mais: a prostituição para alguns povos da antiguidade era sagrada. Segundo o historiador grego Heródoto (484 a.C – 425 a.C), isso rolava na Babilônia de sua época. Havia a obrigatoriedade de as mulheres irem para o templo de Afrodite pra transar com algum desconhecido pelo menos uma vez na vida. E eram proibidas de voltar pra casa até que um cara qualquer jogasse uma moedas na mão dela e a chamasse pra consumar o ato sagrado dizendo “Eu te convido em nome de Mylitta (Afrodite, deusa do amor, em assírio).” É brincadeira, meus amigos? Detalhe: a soma em dinheiro não importava, era meramente simbólica, não precisava ser alta (acho poético e bonito isso, sexo ser mais importante que dinheiro. E tudo com as bênçãos da Deusa, olha que beleza).
Mas é claro que havia um inconveniente nessa história edificante de sacanagem sagrada. Eu nem sei qual era o padrão de beleza da época, mas, como era de se esperar, as mulheres mais gatas eram chamadas primeiro e as mais feias ficavam no banco de reserva (não podiam voltar pra casa até terem consumado o ato, lembra?). E quanto tempo essas moças menos favorecidas esperavam? Segundo o historiador, às vezes até 4 anos!
2. Essa doença era f*da. A cura também
Quem nunca se sentiu mal por passar muito tempo sem transar, não é mesmo? (Eu nunca, mas um amigo meu já) Mas doente mesmo, fisicamente, a ponto de ter que chamar um médico, será possível? Bom, hoje em dia, não sei. Mas em 1554, era. Foi nessa época que o médico alemão Johannes Lange descobriu uma enfermidade que chamou de “doença das virgens”. As senhoritas acometidas por esse mal apresentavam palidez extrema, falta de energia, falta de fôlego e outros sintomas desagradáveis. O tratamento? Viver com homens e copular.
Calma, você que tá meio pálida! Não saia correndo em direção à farmácia mais próxima em busca do remédio. Deixe o farmacêutico em paz! Acontece que os avanços da medicina acabaram provando que (infelizmente para as virgens adoentadas) a tal doença, na época chamada de “clorose”, era na verdade um tipo de anemia e a palidez não era falta de p*ca, mas de ferro (Epa! “E não é a mesma coisa?”, indagará você, gata, sempre astuta e assanhada. Não, claro que não é! É ferro pros glóbulos vermelhos, saca? Então). Assim sendo, o tratamento não era mais transar, mas um monte de coisa chata, de médico normal mesmo (sei lá o quê, procura no Google; acho que é tomar vitamina B, essas paradas). E esse foi o fim de um tratamento que podia não adiantar nada, mas que pelo menos ajudava a passar o tempo super bem nos dias de chuva, tenho certeza.
E o que essa história prova? Que nem todo progresso é bom, obviamente. E que nem todo remédio é amargo, é claro.
3. “Curtindo” e “compartilhando” quase 2 mil anos antes do Facebook
Gaius Julius Caesar Augustus Germanicus, mais conhecido como Calígula (12 d.C. – 41 d.C), foi um imperador romano dedicado basicamente a duas atividades: ser filho da puta e praticar toda espécie de ato sexual depravado. A primeira atividade não nos interessa. Já a segunda, bem, essa incluía orgias e até incesto (cruzes). É uma pena que eu não tenha espaço aqui para relatar toda putaria que rolou na vida do cara (o limite por post é de apenas um bilhão de caracteres). Mas tem um episódio que acho particularmente interessante quando comparado à nossa vida online de hoje.
Seguinte: de acordo com o historiador romano Suetônio, Calígula xavecava tudo quanto é mulher de Roma, não importando se era solteira ou casada, nobre ou plebeia, whatever, ele chegava junto. Certa vez esse imperador convidou um monte delas para jantar com marido e tudo e examinou todas uma a uma, como se fossem escravas à venda. Então, aproveitando do seu tirânico poder imperial, o devasso escolhia uma das mulheres e a tirava do banquete pra “curtir” (ou seja, comer). Depois vinha o lado “compartilhar” da coisa: Calígula voltava ao salão e expunha abertamente o que tinha achado de sua parceria fisicamente, pontos fortes e fracos e comentava a performance dela na f*da. Uma verdadeira “resenha”. Com um detalhe (aí está, a meu ver, a crueldade maior, mas tem gente que gosta): o marido da mina estava presente ouvindo tudo, lembra? Agora imagina com Facebook o que não ia rolar de informação particular de sacanagem no inbox desse cara…
4. O sadomasoquismo já existia antes de Sade
É isso mesmo que você leu aí, gata. Como todo mundo sabe (menos você aí, de bermuda xadrez), o Marquês de Sade (1740-1814) foi um escritor, aristocrata e libertino francês cujo nome deu origem ao termo sadismo. Já o escritor austríaco Leopold Ritter von Sacher-Masoch (1836 —1895) originou o masoquismo. Junta uma coisa com a outra e você tem o sadomasoquismo, um elaborado jogo sexual no qual um faz papel de dominante e outro de dominado. Um gosta de bater, o outro de apanhar. Ou de ser humilhado.
O curioso é que tal prática já existia antes de ter um nome, algo que só foi possível unindo os sobrenomes dos dois malukos aí de cima (na vida mesmo, observe as datas de nascimento e morte, eles nunca se encontraram). Os etruscos já registravam a prática de dois caras transando simultaneamente com uma mina e descendo-lhe o chicote cerca de 470 anos antes de Cristo. Tá lá nas paredes de uma tumba em Tarquínia, Itália. Pra que decorar uma tumba com putaria? A resposta perdeu-se nas cavidades meladas do tempo… Mas já pensou ser enterrado num caixão cheio de foto de mulher pelada? (eu já, penso muito).
Outra curiosidade é que o “taca-le o pau” também já existia, né? Só não virou meme porque não havia internet.
http://www.publikador.com