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Garotas menores de 18 anos são
vistas com frequência em pontos de prostituição do Recife, uma das 12
cidades-sede da Copa do Mundo.
Calcula-se que de cada quatro mulheres que se prostituem em Pernambuco, uma seja criança ou adolescente.
A maioria delas preferem se relacionar com
estrangeiros. Por isso, há o temor de que a chegada de turistas de todo o
mundo para a Copa aumente o número de crianças e adolescentes
assediados.
Campanhas têm alertado contra a prática, mas
organizações temem um aumento na prostituição infantil durante a Copa,
quando centenas de milhares de turistas estrangeiros deverão desembarcar
no país.
Em áreas de prostituição de Recife, a reportagem da BBC viu meninas adolescentes vestidas como "mulherões" para atrair clientes.
Turismo sexual
"No Nordeste (do Brasil), há turistas que vêm
especificamente para isso (turismo sexual), e vai piorar durante a
Copa", argumenta Aginaide Lynch, coordenadora da associação Criança
Feliz.
"Quando os homens chegam, taxistas e
recepcionistas de hotel os ajudam a encontrar garotas. A polícia costuma
estar ausente ou ser conivente com o abuso de menores, então temos de
cuidar desse assunto nós mesmos e tirar essas meninas das ruas."
Muitas das garotas têm problemas com drogas ou
vêm de famílias desestruturadas, o que colabora para que entrem no mundo
da prostituição.
Grávida aos 16 anos, Ana conta que sua vida
sexual começou aos 12 anos. Ela diz que não se prostitui, mas suas
amigas vão atrás de clientes estrangeiros porque eles são mais "ricos e
generosos".
"Tenho muitas amigas que vão com os gringos. Eles vêm aqui em busca de garotas - você sabe, garotas de programa."
O Governo Federal promete barrar a entrada no
Brasil de pessoas suspeitas de abusar sexualmente de menores e deportar
pessoas denunciadas pelo crime.
Além disso, uma lei foi sancionada estabelecendo como crime hediondo a exploração sexual de menores
BBC