Artigo deletado na revista da FIFA criticava os brasileiros
Um artigo publicado em uma revista da FIFA sobre o Brasil foi motivo de
outra discórdia entre o organismo, mÃdia e autoridades brasileiras à s
vésperas do Mundial 2014, que começará em 12 de junho próximo, segundo
informa a imprensa local. O diário Folha de São Paulo(1) sustenta que um artigo, intitulado "Brasil para principiantes",
que foi retirado da revista FIFA Weekly, comentava em sentido crÃtico,
mas ao mesmo tempo com humor, algumas das caracterÃsticas da população
brasileira.
Entre outras coisas, sustentam que a nota da FIFA, dirigida aos turistas
que visitarão o Brasil durante o Mundial, descrevia os brasileiros como
impontuais, impacientes com as filas e até afirmava que costumam deixar
tudo para a "última hora". Pontualmente sobre esta última questão, há
uma classe de deboche em clara alusão aos atrasos nas obras.
Segundo o Estadão(2), as recomendações, que transcrevemos logo
abaixo, foram retirado da revista e a FIFA desculpou-se com as
autoridades brasileiras, dizendo que o artigo tinha um tom leve e que em
nenhum momento teve a intenção de criticar o Brasil.
Cartilha Brasil para principiantes da FIFA:
1. Sim nem sempre significa sim: é a entonação da voz que define se o sim é realmente um sim, ou um talvez. Por isso, "não espere o telefone tocar nos próximos cinco minutos" se um brasileiro dizer "te ligo em seguida".
2. O tempo é flexÃvel: não espere que o brasileiro seja pontual. "Se duas pessoas marcam de se encontrar à s 12h30, elas vão se ver a partir das 12h45".
3. Contato corporal: brasileiros não estão acostumados com o jeito dos europeus de se manter educadamente uma distância entre um e outro. Eles falam usando as mãos e não vão hesitar em tocar na pessoa com quem estão falando.
4. Filas: Esperar pacientemente numa fila não está no DNA dos brasileiros, que preferem cultivar o caos.(A
tradução parece que adocicou o texto. Há alguns erros. Por exemplo, no
item 4, a frase original é "brasileiros preferem cultivar o caos
tentando frequentemente passar os outros pra trás". O teor geral do
texto original é mais ácido do que o traduzido)
5. Sobrevivência dos maiores: nas ruas, os pedestres são ignorados, e mesmo na faixa de pedestres, raramente um motorista vai parar.
6. Controle-se: se você vai a um restaurante de churrasco em que você pode comer à vontade e quer imediatamente pegar o menu de carnes, lembre duas coisas: não comer pelo menos 12 horas antes da refeição e consumir em pequenas doses, pois a melhor carne é servida geralmente por último.
7. Experimente açaÃ: dizem que tem os mesmos efeitos de uma bebida energética.
8. Fazer topless: corpo nu e arte em um corpo feminino podem ser vistos no Carnaval, mas você não vai ver isso todos os dias no Brasil. Os biquÃnis no Brasil possuem menos tecido em relação aos da Europa, mas eles ainda são usados o tempo todo. Curtir a praia sem biquÃni é proibido e pode resultar em multa.
9. Não ao espanhol: o idioma nacional é o português. Se você falar que Buenos Aires é a capital do Brasil você pode ser deportado.
10. Tenha paciência: no Brasil, as coisas são feitas nos últimos
minutos. Isso vale até para os estádios. E se tem uma coisa acima de
todas que um turista deve se lembrar, é não perder a paciência e segurar
os nervos. Uma atitude brasileira para resumir isso é: relaxa e goza.
O artigo, assinado por Flávia Lopes Sant Anna e pelo editor da revista,
Thomas Renggli, como dá para perceber, não faz mais do que recalcar
clichês sobre comportamentos habituais dos brasileiros, não há em
absoluto nenhum exagero nem mentiras em todas essas recomendações
sugeridas pela revista. Nós somos mesmo exageradamente desse jeito. O
problema é que nem toda verdade deve ser dita, ainda mais por uma
organização que está "queimada" entre a maioria dos brasileiros.
De qualquer forma discordo de pelo menos um ponto desta lista de
recomendações, em especÃfico do seu tÃtulo; parafraseando Tom Jobim: "O Brasil não é para principiantes" e pela "primeira vez na história deste paÃs"
-parafraseando um outro bordão-, grande parte da população torcerá
contra sua seleção, um sentimento encarnado na composição de Edu Krieger(3), que lançou a música "Desculpe, Neymar" para anunciar que também torcerá contra o Brasil na Copa do Mundo.
Edu afirmou ser contra a realização da Copa no Brasil diante das
carências do paÃs em setores como educação e saúde. A letra da canção,
que lemra muito Paulinho da Viola, repassa as conquistas de Parreira e
Felipão, que infelizmente não são o bastante para animar a torcer pela
seleção, "...enquanto a FIFA se preocupa com padrões. Somos guiados
por ladrões que jogam sujo pra ganhar. Desculpe Neymar, eu não torço
desta vez...."
Notas:
Todos sabemos desses nossos defeitos, mas não queremos ouvi-los ditos pelos outros. Fato.
O lado bom desta Copa com o seu já famoso slogan "padrão FIFA" foi de revelar o abismo que existe entre o nÃvel de qualidade e de competência mundial com o do brasileiro. Não podemos culpar a FIFA por isso e nem por nada, pois este padrão ela exige de todos os paÃses. O desleixo, o superfaturamento, a lerdeza, o jeito "Jeca Tatu" nas coisas é nosso e em geral, também dos povos ibero-latinos, do qual a maioria dos brasileiros são descendentes.
A Copa também serviu para mostrar a total incompetência de nossos governos em todas as 3 esferas (federal, estadual e municipal) e por que também não a nossa incompetência em eleger nossos representantes ?
PaÃses sérios movimentam a economia através da educação e geração de patentes, de inventos, que rendem dividendos por décadas. PaÃs irresponsável investe em pão e circo (futebol/carnaval/novela), porque é mais fácil e rentável à famÃlias e grupos escusos que se perpeturam por aqui. Investir no circo serve para manter povo na miséria intelectual e perpetuar sua condição bovina. Eis o Brasil "povo marcado povo feliz".
Outra grande problema é que a maior parte da mÃdia brasileira promove a promiscuidade, ataca a famÃlia tradicional e seus valores e o povo ignorante assimila tudo e pior, aplaude ! O certo é muitas vezes mostrado como errado e o errado é passado como certo. Esse é o estádo de miséria, de decadência moral de um povo que tinha tudo para ser Cristão de verdade. Mas o que se percebe é que a maioria do povo quer é putaria(*), zona, bagunça, promiscuidade etc. O carnaval, o funk, os Ãndices sempre maiores de adolescentes grávidas que o digam.
O brasileiro esquece que para termos um paÃs melhor, a mudança começa por si mesmo. Costuma esperar do outro um comportamento que ele mesmo muitas vezes não tem ou não sabe. Assim fica muito difÃcil sermos um paÃs de primeira grandeza. Fato.
(*) Rachel Sheherazade fala sobre imagem do Brasil no exterior :
http://desatracado.blogspot.com.br/