A
Educação Proibida " é um projeto documental, sem fins lucrativos,
realizado por um grupo de jovens estudantes de cinema e preocupados com o
futuro da educação. Os objetivos do projeto são: colocar na agenda
pública os problemas educacionais como um assunto que exige uma
dedicação profunda; o desenvolvimento de uma educação integral da
humanidade incluindo aspectos intelectuais, emocionais, experimentais e
físicos; dar a conhecer os projetos educacionais holísticos encontrados
em desenvolvimento atualmente na América do Sul e Espanha; educar os
pais e professores sobre as consequências da educação que dão a seus
filhos e oferecer uma alternativa de mudança; e finalmente lançar o
filme na Internet para que dele se possa fazer download da rede e
exibição em casas/escolas/Institutos sem impedimentos jurídicos.
Algumas
das propostas e princípios pedagógicos que sustentam “A Educação
Proibida”: Método Montessori; pedagogia Waldorf (Rudolf Steiner);
pedagogia Crítica; pedagogia Liberadora (Paulo Freire); método
Pestalozzi; método Freinet; A Escola Livre; A Escola Ativa; pedagogia
Sistêmica; educação Personalizada; pedagogia Logosófica.
Estes são alguns dos fundamentos gerais pedagógicos do projeto:
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Conteúdo/conhecimento não é a coisa mais importante, a informação não é
correta para sempre, ela pode variar. O ideal é aprender a aprender,
aprender a distinguir, interpretar por si só, tudo é relativo, de acordo
com o contexto.
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O desempenho não é o mais importante, deve haver um objetivo a atingir.
O importante são os objetivos pessoais e apreciar o processo em
harmonia, o crescimento e a aventura de progredir. Em sala de aula não
deve haver nenhuma hierarquia, senão se transforma em uma jaula. O
professor não é superior ou tem o direito de dar ordens, é um
companheiro, um guia que promove a democracia, a autonomia, a
diversidade.
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O professor deve adaptar-se às capacidades e habilidades do aluno e não
vice-versa. Programas educativos devem ser flexíveis e adaptáveis para o
crescimento e o interesse da criança.
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O progresso não deve ter passos fixos, a segregação das crianças deve
ser substituída por um agrupamento consciente de acordo com interesses,
habilidades, experiências, simpatias. Não há nenhum nível maior ou menor
do que outros.
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Conhecimento não deve ser somente teórico. Deve basear-se em
experiências e experimentação dentro e fora da sala de aula. A teoria
deveria ser mínima, a criança pode alcançá-la por suas próprias
conclusões.
- Nem sempre é bom o que é conveniente, eficaz e produtivo. É importante criar um ambiente de autonomia, interação e alegria.
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A escola deve estar aberta para a Comunidade, permitir eventos de
bairro, com a família, vizinhos e organizações parceiras. A criança pode
trazer temáticas da comunidade para a escola. A escola funciona como um
centro comunitário.
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O objetivo da escola já não é domesticar as crianças, nem transmitir
valores e costumes sociais, mas criar o ambiente em que as crianças
podem construir seus próprios valores e costumes. Educação não é um
processo temporário, é um processo de vida que procura desenvolver
capacidades e habilidades, sem um determinado curso marcado.
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O professor não tem todo o conhecimento, também vem para aprender com
os alunos. É um guia que está em um processo de aprendizagem.
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O comportamento é um elemento visível que não indica demasiado. O ideal
é que o professor possa conhecer internamente a cada criança, seus
sonhos, sentimentos, imaginação, desejos. Esta é a melhor maneira de
encontrar a melhor educação para ela.
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Seguir um padrão regular, estruturado de pensamento não é benéfico. O
melhor é promover o pensamento divergente ou lateral. Há tantas soluções
como alunos. Incentivar a criatividade e conjectura.
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Aprender a utilizar ambos os hemisférios cerebrais. Como na vida, as
estratégias devem recorrer também à intuição e não ser tão seqüenciais e
analíticas. Tudo é relativo.
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O sistema de qualificações não funciona. O esquema é de auto-profecias
cumpridas. A pedagogia é uma ciência social que não pode ser medida
numericamente. Avaliação é um processo.
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As lutas de poder e a competitividade causam danos para a criança. Há
que democratizar a sala de aula. Torná-la um lugar participativo, cheio
de paz.
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O interesse do professor deve satisfazer seu aluno para promover o
crescimento do mesmo, não para controlá-lo. O mestre deve confiar que a
criança vai crescer e concorda em não ter de adaptá-lo ao seu conceito
de normal.
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O professor também colabora no crescimento espiritual e emocional da
criança. Sem gerar crenças, deve dar-lhe técnicas para administrar seus
estados de ânimo, seus pensamentos, ações, idéias e projetos.
Incentivá-los à introspecção.
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Os valores não são para ser ensinados, mas para ser vividos. A cognição
de valores e conhecimento é baseada em emoções, a melhor maneira de
educar é pelo exemplo.