O mundo se vê cercado de violência, medo, terror. O próprio termo terrorismo é o melhor que descreve o cenário do século XXI. Não basta o ser humano ter passado por experiências caóticas como as grandes guerras, (por sinal ainda sentimos os efeitos da sua forte energia deixada pelo mundo), ainda vemos grupos que propagam, apoiam ou até mesmo divulgam o terror. Pesquisas já foram realizadas e comprovam que a divulgação pela mídia de casos de suicídios, homicídios ou atentados contra a vida aumenta o número de pessoas que se sentem tentadas a praticar o mesmo ato.
O medo deve se extinguir, virar tabu, entrar para um passado negro e escuro dentro da caixa da Pandora. Esse sentimento retarda o desenvolvimento do ser humano, aumenta a demanda por segurança privada, criando ciclos viciosos de concentração de renda e marginalismo pela sobrevivência. O medo de não atender as expectativas dos próximos, medo de não ser alguém com classe social digna, o medo de não se viver com dignidade… isso só existe porque o ser humano criou condições plausíveis para realidades como a que vivemos. Não basta uma reforma da distribuição de renda. Precisamos de uma reforma consciencial. Se o pobre de hoje fica rico, e o rico fica pobre, haverá uma inversão de valores que nos levará ao mesmo ponto em que nos encontramos hoje. De outra forma, se somente melhorarmos a distribuição de renda, ainda haverá o desejo de se concentrar a riquezas novamente. O que devemos fazer, frente esse cenário nebuloso?
A reforma consciencial tem o objetivo de, a longo prazo, nos salvar dessa situação caótica e injusta, onde o mundo é da minoria. Quando nos conscientizarmos que o consumo abusivo de bens que não são necessários à nossa sobrevivência, quando existe alguém, do nosso lado, necessitado, vamos deixar de contribuir para o ciclo e promover uma mudança substancial na essência do indivíduo.
Em um mundo capitalista, é difícil não nos tentarmos por um carro luxuoso, uma casa no campo, uma cota no clube e um bom vinho na sexta-feira à noite. Mas a partir do ponto que entendermos que ajudando o próximo ele pode contribuir para outro, que ajuda mais um, e assim por diante, vamos ficar com mais vontade de criar uma nação de pessoas ricas em consciência do que gastar com algum prazer de curto prazo. Quando enxergarmos o que a consciência pode criar, aí sim conseguiremos criar um futuro onde ter filhos não nos trará medo.
O medo corrompe a real natureza humana. Se não fosse por Hobbes, entenderíamos que, o homem, como filho de Deus, já é perfeito em sua essência. O medo, então, seria vencido pela paz e tranquilidade que somente um mundo dócil e cheio de ternura pelo próximo poderia trazer.
O medo corrompe a real natureza humana. Se não fosse por Hobbes, entenderíamos que, o homem, como filho de Deus, já é perfeito em sua essência. O medo, então, seria vencido pela paz e tranquilidade que somente um mundo dócil e cheio de ternura pelo próximo poderia trazer.
Precisamos medir nossas palavras, pois elas tem força. Já em Gênesis, primeiro capítulo da Bíblia, vemos que Deus criou o mundo com a palavra. …Mas e o verbo?
Do verbo, se fez a carne. Portanto, as palavras boas ou ruins possuem energia, bem como um remédio depende 50% de sua própria eficácia quanto 50% das palavras positivas do médico. Já conhecemos muito bem o efeito placebo. A mente humana é ilimitada e infinita. Com ela, projetamos a realidade que queremos. Mesmo que forças exógenas pareçam nos tentar, quando somos fortes de mente, vencemos toda barreira e desafio. Já dizia Jesus Cristo, que o Reino de Deus não é desse mundo. O paraíso está dentro de nós, e basta a cada um o encontrá-lo e ajudar o próximo a fazer o mesmo. Encontrando o nosso Éden, nos livraremos do medo, do terror, que nos conduzirá a uma comunidade mais justa, igualitária, focada no longo prazo e na comunhão de bens e valores. A preocupação com o próximo prevalecerá e, assim, a preocupação com a nossa Terra, nosso lar. No lugar do medo reinaria o amor consigo, com o próximo; com o meu e com o seu – com o todo. Todos nós conhecemos o potencial humano. Por que então não incentivar esse potencial para o bem?