Em 2010, após 14 cometerem suicídio em outra fábrica que produzia iPhones, a Apple prometeu proteger os trabalhadores.
A BBC foi investigar se a situação mudou. Sem se identificar, repórteres foram contratados para trabalhar na fábrica por meio de agências de emprego.
O programa constatou longas jornadas, documentos de identidade sendo confiscados de funcionários e operários exaustos dormindo nas linhas de produção da empresa Pegatrom, onde são montados iPhones e iPads.
A Pegatron, que administra a fábrica, diz que está investigando cuidadosamente as alegações da BBC e tomará todas as medidas necessárias.
A Apple diz que trabalha em conjunto com fornecedores para prevenir horas extras em excesso e alega que faz mais do que qualquer outra empresa para garantir condições de trabalho justas e seguras.
Após a exibição do programa Panorama pela BBC, no Reino Unido, o vice-presidente-sênior de operações da Apple, Jeff Williams, disse por e-mail que a reportagem dava a entender que a empresa não está melhorando as condições de trabalho em sua cadeia produtiva. "Nada está mais longe da verdade", afirmou.
Williams afirmou ainda que ele e o executivo-chefe da empresa, Tim Cook, ficaram "profundamente ofendidos com a ideia de que Apple estaria quebrando uma promessa com os trabalhadores em nossos
fornecedores ou enganar os clientes de alguma maneira".
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/12/141219_apple_fabrica_china_pai