A mulher a cada dia mais cede a
tentação de ser mais bonita, mais bela dentre outras e este desejo
(irrefreável) leva-a a perda da consciência, do discernimento do que pode ser
benéfico, providencial para melhorar sua aparência daquilo que vai além do saudável
e aceitável. É significativo o número de mulheres que se deixam tragar por esse
pensamento leviano, infrutífero e muitas vezes mortal de se tornar um objeto de
desejo, de sedução, de referência de beleza.
Com o avanço da
medicina associada à tecnologia cada vez mais vem surgindo opções de tratamento
estético que possibilitam a mulher corrigir (reais e supostos) defeitos em seu
corpo, podendo chegar ao nível de embelezamento considerado escultural. Observando
por esta vertente podemos afirmar que é justo e saudável a mulher procurar
melhorar seu corpo no sentido de tornar-se mais bonita e mais bela, visando fortalecer
sua autoestima e melhorar seu poder de sedução. Entretanto, se voltarmos nossa
atenção para outra direção que seria a busca constante e incontrolável da
beleza suprema, irretocável, estaremos diante de uma mulher que perdeu grande parte
de sua autoestima, de seu discernimento e de sua percepção visual. Este gênero
de mulher que se autoconsidera “supervaidosa” acaba enveredando por um caminho
mórbido, submetendo-se a procedimentos estéticos e cirúrgicos nem sempre
seguros, que a conduzem a internação hospitalar, seguida de translado para
unidade de tratamento intensivo e, às vezes, infelizmente ao óbito.
Temos –
e não são poucos – casos de mulheres que já possuíam um corpo bem modelado,
escultural e continuaram a buscar a “perfeição estética” na crença para elas real
que ainda lhes faltava “alguma coisa” em seu corpo, que ele ainda apresentava
defeitos que não a tornavam totalmente desejável, totalmente competitiva no
campo da sedução, bem como nas oportunidades de serviço ou emprego. Esse
pensamento tem sido muito comum no universo artístico que exige para a grande
maioria das mulheres um corpo escultural (leia-se magro, tendendo ao
curvilíneo) para que elas sejam visualmente atraentes e conquistadoras da psique
masculina. Essa premissa leva-as a fazer todo tipo de tratamento estético, porque
um corpo escultural é condição sine qua
non para boas e ótimas oportunidades de emprego (programas, novelas, ensaios
fotográficos, comerciais, etc.), para auferir melhores ganhos financeiros e manter-se
em destaque no meio onde deseja ter fama, prestígio, glamour.
Essa descrição
do parágrafo anterior retrata a tão conhecida e propalada ditadura da beleza. E
muitas mulheres, jovens e nas demais fases de suas vidas, são subjugadas por
ela e seus derradeiros tentáculos. Infelizmente, a apresentadora Andressa Urach
submeteu-se a um procedimento estético visando “aperfeiçoar” suas curvas, ato que
redundou em complicações físicas e orgânicas que a obrigaram a internar-se e
agora está na UTI em estado muito delicado. Ela é mais uma refém, mais uma vítima
da ditadura da beleza. Nas redes sociais e na web estão sendo postadas várias manifestações
para seu restabelecimento e que assim seja, que Andressa Urach fique curada e
volte a viver normalmente. Que esse momento difícil passe para essa jovem e sua
família que certamente está muito apreensiva com o seu futuro. Mas para aqueles
que acreditam no Senhor da História, para ele nunca existiu a palavra
impossível, apenas para a série Missão Impossível apresentada nos anos 60.
*imagens
do Google – autor desconhecido
Robert Thomaz
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