Escolha a Liberdade

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As Palavras do Mestre

Não deve ser indiferente o que fazemos com a nossa vida, muito embora ela esteja diante de possibilidades a escolher. E nós devemos escolher a liberdade. Mas eu não falo só de liberdade, mas também de libertação, de movimento, de progresso. Não falo de liberdade como algo quieto, mas de libertar-se passo a passo, como quem caminha em direcção à luz e ao calor, desfazendo-se das roupas e das coisas que incomodam.

O que se deve fazer não depende de uma moral distante, incompreensível e convencional., mas sim de leis - de vida, de luz, de evolução - e ir contra esta evolução é ir contra si mesmo.

As maiores descargas de energia produzem-se por actos descontrolados. A sexualidade excessiva ou reprimida, o apêgo a bens materiais, a imaginação sem freio e o exagero em comer, beber, falar, etc.

Não nos devemos deixar dominar pelas necessidades físicas, mas sim equilibrá-las e usufruir de tudo aquilo que nos dá alegria e prazer, com liberdade e sem inibição.

Devemos aprender a distinguir aquilo que é dificuldade, problema, inconveniência, daquilo que é contradição.

Quem improvisa a sua vida às cegas, fatalmente começa a degradar-se e a frustrar-se caindo no ressentimento e esquecendo tudo aquilo  que algum dia alcançou perceber.

Devemos compreender como os estados internos estão ligados uns aos outros e que lógica inflexível tem a consciência.

Precisamos aprender a descobrir a verdade por detrás das alegorias, que em certas ocasiões desviam a mente, mas que em outras traduzem  realidades impossíveis de explicar sem representações.

Podemos tomar por real o que vemos em sonhos e no semi-sono. Também é real o que percebemos despertos, se temos verdadeiramente disposição para compreender.

Muitas vezes vêm à mente interrogações sem qualquer pretensão, mas unicamente para satisfazer o desejo, tão natural de quem investiga a verdade e busca a luz e a evolução.

Todos aqueles que se esforçam em desenvolver um trabalho interno e que por meio de questionamentos procuram a ampliação da consciência e a revelação interior, certamente serão auxiliados.

Somos constantemente influenciados pela acção do meio e enquanto quisermos mudar o meio e não o nosso EU, é o meio que nos vai mudar.

A responsabilidade daquele que se compromete com algo, justifica toda uma existência, não implica em sacrifícios, mas em satisfação e vitórias.

Devemos ficar em liberdade interior e caminhar com resolução. Unir a nossa força às da Natureza e então não encontraremos resistência.

Dentro da nossa liberdade nós poderemos permanecer ou recuar, mas nada justifica aquele que vacila e perde a batalha.

Não se pensa como se quer. O pensamento é espontâneo e reflecte no consciente a imagem verdadeira do EU de cada um, então dependendo do meio, do grau cultural e do nível de aceitação da moral da época, este consciente  censura o pensamento e o transforma para o mundo exterior. O que vem para fora são quase sempre as ideias que convém ás circunstâncias. Mas ninguém é o que quer parecer.

É impossível dar ao pensamento um poder de selecção do negativo e do positivo, sem materializá-lo.

Transformar este poder negativo em positivo a nível consciente não resolve o problema. O mal já foi feito.

Quando se diz que o pensamento evoca, afasta, que consciência selecciona, fala-se em sentido figurado. Nós sabemos o que há por trás dessas imagens.

As palavras são metáforas e nós sabemos compreender a realidade que se esconde sob elas.

A única maneira de ampliar a consciência é primeiro existir por si e para si, depois então espontâneamente e
sem censura, existir para os outros.
 
http://marecinza.blogspot.com.br/

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