Normalidade superestimada, um absurdistão chamado Brasil como exemplo

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A partir do momento em que me interessei por psicologia, também adentrei ao mundo da ”normalidade” e da ”anormalidade”, que basicamente esta ciência produz e participa. Para entender a alma humana, os profissionais da saúde mental se auto-doutrinam a aceitar que exista uma linha de normalidade tal como existe uma linha do Equador e que a partir disso eles deverão se tornar os juízes da sanidade, capacidade e funcionalidade dos seus pacientes.
Pensem na famosa metáfora da ”fila de pessoas que estão esperando para ir para o céu” e precisam ser analisadas, na porta do paraíso, por juízes que expiam os seus pecados. Se os pecados pesarem muito, a alma analisada irá para o purgatório ou para o inferno.
No mundo social, ser diagnosticado por outros como ”normal” é muito semelhante a esta famosa metáfora cristã. E ser diagnosticado como ”socializável”, é quase tão bom quanto ver a luz no fim do túnel, ainda que esta se encontre distante.
No entanto, desde que comecei a acoplar este conhecimento com outras matérias, como a psicologia evolutiva, a biologia, a sociologia, a filosofia, dentre outras cuja denominação ou é desconhecida por mim, ou não é oficialmente conceituada, passei a observar que a tal ”normalidade” é superestimada, a níveis astronômicos. E não é apenas ou fundamentalmente pelo fato de que a desnormatização da sociedade me interesse pessoalmente. Mas é porque esta é a coisa certa a se fazer, especialmente no país absurdo em que vivo.
O que é ser normal??
No Brasil, a normalidade comportamental é bastante clássica, típica de uma sociedade patriarcal, fortemente hierárquica e tradicional. Como eu já expus sobre o comportamento coletivo, as normas culturais dos conservadores, no Brasil, todos devem priorizar pelo acato das normais sociais coletivas, que em outras palavras, irá resultar na supressão da expressão individual da personalidade.
A maioria dos seres humanos são naturalmente propensos a rejeitar o pouco de individualidade que tem pela coletividade e isto tem bases genéticas. Em sociedades onde os padrões de acasalamento são endogâmicos, ou seja, se baseiam no casamento de parentes ou de pessoas geneticamente próximas, apresentarão tendências para produzir uma cultura homogênea, não apenas por causa da imposição das regras sociais mas também porque existe uma predisposição genética acentuada para esta situação. Gêmeos univitelinos tendem a apresentar comportamentos parecidos. As populações geneticamente semelhantes também tenderão a produzir maior similaridade comportamental e portanto cultural, do que populações geneticamente distintas. Mas nem sempre será assim. Em nações mestiças como o Brasil, existem outros fatores biológicos além da similaridade genética ou genotípica, que explica a tendência cultural coletiva conformista. É a expressão fenotípica semelhante.
Portanto, você pode ter uma população endogâmica, cuja semelhança será genotípica, ou seja, genes parecidos, que resultarão em predisposições comportamentais e culturais semelhantes. E pode ter uma população geneticamente distinta, genotipicamente diferente, mas com aglomeração territorial ou situacional de fenótipos semelhantes.

Roqueiros são uma tribo urbana que representa muito bem a ideia de manifestação fenotípica semelhante e o desdobramento da normalidade. Ser normal é ser igual.
Se você for a um show de rock, irá encontrar uma diversidade racial de roqueiros. Apesar de existir uma tendência para os roqueiros serem brancos (assim como existe uma tendência para os rappers serem negros), o que une esta população é a expressão dos seus genes comportamentais, ou seja, o fenótipo. Poderíamos encontrar uma diversidade genotípica tão grande em um show de rock na cidade de Nova Iorque quanto a toda diversidade genética da espécie humana.
Existem variações de estilos dentro do rock e consequentemente existirão variações de comportamento para cada tipo de rock. As pessoas se interessam por expressões culturais que se relacionem com seu tipo de personalidade, sua biologia comportamental. Portanto, um roqueiro não é apenas alguém que decidiu assim ser, mas é porque este estilo musical expressa o seu fenótipo comportamental pessoal, melhor do que a maioria dos outros estilos de música poderiam fazer.
A música tem um papel muito importante na evolução humana, visto que agrega pessoas com similaridades genéticas, fenotípicas ou genotípicas e produz pressões culturais seletivas de acasalamento.
Por que eu comecei a falar de genética para explicar a ”normalidade”???
Porque ambas se relacionam intrinsecamente. A genética produz a nossa cultura. De maneira direta ou indireta, a cultura se baseia na expressão coletiva das predisposições genéticas comportamentais da maioria da população ou de sua elite, por coerção, chantagem ou aceitação natural. Atualmente a elite esquerdista estás a impor os seus hábitos culturais, sua moralidade e seu modo de pensar como ”normais”, suprimindo a manifestação coletiva habitual que é neurologicamente tradicional ou conservadora. Qual deles está mais errado?? ;)
Por que o Brasil????
Todas as nações humanas se destacam pelos seus próprios absurdos, mas algumas conseguem prover uma cultura dominante menos alucinógena e estúpida do que a brasileira. Portanto, usar Japão ou Finlândia como exemplos da superestima da normalidade não será tão producente quanto usar o Brasil.
No Brasil, assim como em quase todos os lugares, existem regras sociais, tipicamente tradicionais, mas que são realmente amorais em sua raiz. Por exemplo, a maioria da população é religiosa, mas o ímpeto coletivo para a busca por Deus é mesquinho e subjetivo. As pessoas rezam pela melhoria da humanidade, mas em seus respectivos cotidianos, pouco fazem para melhorar os ambientes que ocupam. No Brasil, mais do que em qualquer outra nação, o discurso público nega completamente a realidade, quanto às diferenças raciais coletivas de capacidade intelectual e ao papel equivocado da educação como ”melhoradora lamarckiana” da inteligência por esforço repetitivo. E as tendências para os próximos anos é a de que este fosso entre realidade e alucinação coletiva histérica irá se acentuar consideravelmente.
A normalidade não é a realidade.
A normalidade é a construção de uma linha transcendental coletiva de cultura e comportamento onde ocorre a seleção enviesada de algumas perspectivas, ao invés de considerar o todo, ou seja, todas as perspectivas.
A normalidade é superestimada, especialmente pelas pessoas estúpidas, porque estas valorizam incondicionalmente este mundo em que vivem. A normalidade é gravidade destas pessoas.
Tótens da objetividade
Inteligência, criatividade, autoconhecimento, empatia e verdade objetivas
Ao invés de principiarmos nossas interações e nossos constantes julgamentos por meio de valores subjetivos como ”agir normalmente”, seja lá o que isto realmente signifique, devemos objetificar nossas transcendências individuais, da aparência para a essência, do vinho para a água.
Portanto, nossas observações sobre a moralidade devem ser enfatizadas em cima de tótens da objetividade, como eu conceituei superficialmente.
A integração de traços objetivos que expressem a essência do indivíduo e não por traços subjetivos, que expressem a sua aparência, devem ser o novo leme daqueles que realmente visam produzir no futuro a eugenia, ou seja, o melhoramento seletivo da espécie humana, visto que, esta maneira de observar e decantar se baseará pela busca da nobreza de alma e não pela tecnicidade dela, tal como buscam aqueles que enfatizam os testes de qi, acima da harmonia objetiva de personalidade e inteligência. Não apenas buscaremos pela utilidade do ser, mas especialmente, por sua perfeição enquanto entidade integrada. Não é apenas o intelecto que importa, mas o seu caráter assim como também a sua sabedoria. E eu poderia sugerir que a sabedoria se baseie justamente na unção de grande intelecto com grande empatia. Não há como dar errado a partir do momento que transformarmos radicalmente a humanidade por meio deste viés holístico enquanto visualização e abrangente enquanto ação a ser realizada.
A normalidade está inteiramente construída com base na expressão da aparência e não da essência, visando à transcendência subjetiva, desigual e mesquinha.
É por isso que muitos dizem, e é uma verdade translúcida, que as sociedades humanas não sobreviveriam sem o castelo de mentiras que estão baseadas e constantemente retroalimentadas.
O Brasil é o país onde diferentes realidades absurdamente distintas coexistem tal como a extrema desigualdade social, esta que não é apenas amoral em sua raiz, mas que se faz completamente amoral por meio dos métodos anti-meritocráticos com que as pessoas galgam posições sociais. Não há a necessidade de morrer para ”ir para o inferno”, quando se está no Brasil. Apesar de existir limpeza em todo este cenário, esta se faz atomizada e em pequenas doses, tal quando vemos manchas de branco em uma blusa coberta por lama.
O Brasil é o país que mais rejeita os tótens da objetividade porque foi construído para si, para sua população, uma matrix cultural baseada na subjetividade. Aquele que confunde subjetividade com objetividade, é um grande e clássico estúpido e este país está povoado por uma grande população de estúpidos deste tipo.
Ao invés de se preocupar se o fulano está usando os sapatos de mesma cor, se preocupe com
sua inteligência,
sua capacidade criativa,
sua capacidade de ser objetivamente empático, ou seja, de ser honesto
e sua capacidade de buscar e de encontrar a verdade,
Não é importante ser normal, é importante ser real.

http://santoculto.wordpress.com/

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