Não voto
Votar pra quê?
Não foi o senhor mesmo que disse
Que a gente tinha poder?
Eu que não quero esperar
A cada quatro anos
Mil sonhos despedaçados
Amordaçados pela minha tevê.
Guarde seu sorriso senhor
Não voto
Guarde no bolso seus
Papeis e promessas
Porque democracia aqui
A gente conquista com pedra
Vendaval e vice-versa.Desça
Do seu palanque
Porque eu não te olho nem por baixo
Desça,
Que diferenças
A gente resolve
É no tanque de guerra.
Não voto
Guarde no bolso seus
Papeis e promessas
Porque democracia aqui
A gente conquista com pedra
Vendaval e vice-versa.Desça
Do seu palanque
Porque eu não te olho nem por baixo
Desça,
Que diferenças
A gente resolve
É no tanque de guerra.
Não voto
Que os fatos são enforcados,
Distorcidos,
Desprovidos de verdade,
E não existe nada nessa cidade
Que livre do mau
Dessa Aristocracia.
Que os fatos são enforcados,
Distorcidos,
Desprovidos de verdade,
E não existe nada nessa cidade
Que livre do mau
Dessa Aristocracia.
Não voto
Porque minha liberdade não está a venda
Não quero que me vende os olhos
Que me venda direitos
Asfaltos, cacos de vidro
Que me faça engolir seus conceitos.
Porque minha liberdade não está a venda
Não quero que me vende os olhos
Que me venda direitos
Asfaltos, cacos de vidro
Que me faça engolir seus conceitos.
A sua reação me reaça…
Não tenho obrigação
Em estragar espaços
Protagonizar fracasso alheio
Não te uso de meio
Eu sou o meu próprio fim.
Não voto.
Em estragar espaços
Protagonizar fracasso alheio
Não te uso de meio
Eu sou o meu próprio fim.
Não voto.
– L. Oliveira