A escravidão do salário ou escravidão assalariada é um conceito criado pelos autores anarquistas. Segundo eles, as pessoas não são livres no capitalismo. No
Segundo estes autores, a escravidão do salário só será abolida com o fim da propriedade privada sobre os meios de produção. Após isto, todos poderiam ter acesso aos recursos necessários para ganhar o próprio sustento, sem a necessidade de se submeter à exploração de terceiros.
Contudo, há autores capitalistas que
afirmam que com o fim da propriedade privada apenas se abririam novos
meios de exploração, sendo, assim, a escravidão do salário um sofisma,
pois sem o dinheiro para dar liberdade ao homem, voltar-se-ia ao
chicote, à exploração direta. Alguns autores que advogam o fim da
escravidão assalariada contra-argumentam que se a liberdade dos
indivíduos é dada pelo dinheiro, os indivíduos não têm liberdade
enquanto indivíduos, mas apenas enquanto detentores de dinheiro. Se os
indivíduos são livres não por si, mas por outra coisa (o dinheiro, o
salário), eles não são livres, mas escravos dessa coisa e daqueles que
detém essa coisa (os capitalistas).
Os regimes chamados “socialistas”
As tendências comunistas que colocam a
escravidão assalariada no centro da sua crítica do capitalismo entendem
que todos os regimes chamados “socialistas” são uma forma de
capitalismo, capitalismo de Estado, porque esses
regimes se caracterizam pelo fato de o Estado assumir a forma de uma
empresa colossal (propriedade privada do tamanho de um país) que priva a
população do acesso aos meios de produção e obriga-a a vender sua força
de trabalho ao Estado em troca do salário (dinheiro, bônus de trabalho
ou até mesmo remuneração in natura) para sobreviver e, como isso, o
Estado extrai mais-valia e acumula capital como todos as demais empresas
capitalistas.
Cooperativas, sindicalismo e auto-gestão
Alguns ativistas sociais contestam o
sistema de mercado ou sistema de preços de trabalho assalariado,
historicamente têm considerado sindicalismo, cooperativa de
trabalhadores , auto-gestão dos trabalhadores e controle operário como possíveis alternativas ao atual sistema de salários.