Bancada evangélica pretende anular lei que protege mulheres estupradas. Conservadores defendem que vítimas de violência sexual não possam interromper a gravidez
Enquanto estávamos distraídos com a Copa do Mundo na semana passada, a
bancada conservadora do Congresso tentou roubar das mulheres um direito
já garantido por lei: o de não ter o filho de um estuprador. Se
deputados como Eduardo Cunha e Hugo Leal conseguirem anular a lei da
vítima de estupro estaremos permitindo que nossas mulheres sejam
estupradas duas vezes: em seus corpos e em sua liberdade de escolha.
O presidente da Câmara é o único capaz de impedir que esta lei seja
derrubada. Em ano de eleição, é de seu interesse agradar aos eleitores,
já que ele quer se tornar governador. Precisamos mostrar que tirar este
direito das mulheres é contra a vontade do povo brasileiro e vai ficar
muito mal em sua campanha.
Deputados fundamentalistas querem tirar das mulheres o direito a ter
aconselhamento especial nos hospitais após o estupro, com informações
para a prevenção de uma gravidez indesejada, como a pílula do dia
seguinte. Esses senhores argumentam que a pílula é abortiva, informação
com a qual a maioria da comunidade científica não concorda.
Desde 1940, nenhuma mulher brasileira é obrigada a carregar no ventre
o filho de seu estuprador. Se interromper a gravidez for contra seus
princípios, ela pode escolher ter a criança. O importante é que cada
mulher tenha a liberdade de decidir o que fazer após uma violência tão
grande.
Assine esta petição agora e exija que Henrique Eduardo Alves não permita que esta lei seja posta em votação e questionada pela bancada fundamentalista.
Pragmatismo