O Equilibrista mantem o seu equilíbrio se equilibrando

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O Equilibrista mantém o seu Equilíbrio se Equilibrando
As religiões são o quê? Fontes de poder e disputas ou fontes de sabedoria misericordiosa? Qual delas é a melhor, a mais correta, a verdadeira?
Ou será que cada uma pode corresponder às necessidades dos diferentes seres humanos, com suas diversas capacidades de compreensão, cultura, linguagem, sistema, época? …
Como diferenciar entre a voz de Deus (o nosso Eu Superior) e as nossas (e a dos outros) pequenas vozes, egoístas, limitadas?
… Que força elas possuem, capazes de movimentar multidões para o que seus lideres dizem ser a vontade divina? Será que queremos todos seguir essa vontade divina e nem sabemos mais qual vontade é esta? 
Os mártires vão para o Paraíso… Muitos já se foram, desde a Roma antiga… Onde estão eles, elas agora, no mesmo paraíso? E quais mártires? Seriam aqueles que matam, destroem, odeiam, discriminam em nome do inominável? Ou aqueles que silenciosamente vagam vivos-mortos e mortos-vivos pelos escombros das nossas loucuras pensadas e impensadas? O que é o Paraíso, onde fica? Além do além? Além da vida? Ou poderemos juntos abrir essa porta secreta, invisível, aqui ao nosso alcance, mais próxima do que o ar na Terra?
Nós podemos viver em Paz, na paz, pela paz, com paz… Nós podemos, nós temos capacidade de compreender, temos capacidade de ir além das diferenças de linguagem, cultura, cor, conceitos… Podemos juntos penetrar na verdade daquilo que somos, que esta em cada ser vivo, em cada árvore e pequena folha, em cada pedregulho, em cada grande montanha, em cada gota de orvalho, em cada lágrima e nos oceanos… 
Shhhhhhh. É preciso aquietar a mente, o coração, os lábios… É preciso silenciar. Transformar em amor e carinho os revoltados turbilhões de confusão que todos nós criamos. Somos todos igualmente responsáveis. Presidente Obama, Osama Bin Laden, eu e você. 
Todos nós igualmente temos a mesma capacidade de sabedoria, de discernimento, de escolha, a mesma responsabilidade pelo que nos acontece, pelo que acontece no mundo. O que nos impede de escolher a Verdade? O que nos faz ouvir uma voz menor e segui-la como se fosse a maior? 
Quando iniciaremos nossa caminhada harmoniosa para o bem de todos os seres? Já é hora. Vamos dar as mãos, cantar a ciranda de cuidar da Terra. Abandonar as armas, os canhões e os gritos de batalha. Abandonar o medo da mudança verdadeira e profunda de toda humanidade. Vamos transformar a raiva em compaixão, a ganância em doação, a ignorância em sabedoria e dançarmos juntos no circulo da Paz e da Harmonia. 
Alguém comentou que os Estados Unidos exportam semanalmente muitos vídeos pornográficos para os paises islâmicos… Quem os importa, quem os compra? Quem se importa com as vendas de armamentos bélicos? Será que são comprados para serem queimados, destruídos, a fim de que ninguém se corrompa? Que ninguém se fira? Como pode uma cultura julgar a outra a partir de seus valores? E quais são os valores comuns a todos nós, qual é a Ética que transcende culturas, religiões, povos, tempo e espaço?
Anahata, o quarto Chakra, o do coração, do amor incondicional pela vida. 
O mundo é globalizado… Não está se globalizando. É. Independentemente das tecnologias, das Internets, das televisões, dos rádios… O mundo é UM. Uma esfera se transformando a cada instante com todo este universo. Dinâmico. Nada estático… Nossos valores, nossas religiões, mesmo as mais antigas, são apenas modernidades. 
Por que nos fecharmos em grupos? E subgrupos e subsubgrupos que se digladiam entre si, cada um se dizendo o justo, o correto, o filho de Deus? 
Teremos medo da Paz e da Reconciliação? 
Temos medo de ceder, de conciliar, de encontrar meios pacíficos, respeitosos, cuidadosos de resolver conflitos? Por quê? Será que, falando incessantemente ainda não conseguimos ouvir a Voz, O que diz a Voz, a verdadeira voz de amor, compreensão e transformação do bem pelo bem com o bem para o maior numero de seres? 
Quem escondeu o coração de Paz? Qual o preço do seu resgate? Não são vidas nem de soldados nem de civis, nem de velhos nem de jovens, nem de mulheres nem de homens, nem de crianças nem de animais. O valor de seu resgate não está em ouro, prata, petróleo, tijolos nem casas. 
Aonde se esconderam os verdadeiros valores da vida? Ainda é tempo de encontrá-los. Rápido. Vamos procurá-los no mais íntimo de nós mesmos para recebermos de volta o bem e a Paz. 
Para onde foram, aonde se esconderam? Não estamos procurando por Osama Bin Laden e os terroristas, nem culpando a política externa dos Estados Unidos – todos sintomas de um mal maior, que nos contaminou. Que vírus terrível. Quem o teria infiltrado entre nós humanos?
Precisamos encontrar as causas e transformá-las em outras causas para com novas condições termos outros efeitos. Aonde foi que se perdeu a capacidade de compreender, de amar, de nos respeitarmos mutuamente, mesmo nas diferenças? Compaixão aonde você se esconde? Revele-nos sua face.
Talvez uma lágrima longa e contínua – de um Ser bondoso e carinhoso, que vendo nossa triste condição, caia como néctar sobre todos nós. Talvez possamos despertar. Talvez possamos nos respeitar e nos cuidar. Como o bom pai cuida da esposa, dos filhos, da casa, dos vizinhos, dos amigos. Como a boa mãe cuida de todos.  
Como o bom filho, a boa filha cuidam dos pais, dos irmãos, da casa… Nossa casa (o planeta inteiro), nossos irmãos, nossos pais estão em toda nossa volta. São todos os que encontramos. 
Se chamarmos a Paz ela virá. Através da própria Paz.
Se chamarmos a Compaixão ela virá. Através da própria Compaixão.
Se chamarmos a Verdade ela se manifestará. Através da própria Verdade.
Monja Coen Shingetsu
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