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Minutos após
publicar numa rede social uma foto dentro de um jatinho na manhã desta
quinta-feira (15), o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos
(PSB-PE) passou a ser bombardeado por alguns de seus seguidores por
causa da greve dos policiais militares em Pernambuco.
A foto, com o
título "São Paulo, lá vamos nós!", foi apagada em seguida. Na imagem
feita em Brasília, Campos aparece ao lado da mulher, Renata, e do filho
Miguel, de quatro meses.
"Pernambuco
pegando fogo e o sr nem aí...", "o Recife sendo destruído, e o governo
diz que não pode aumentar o salário da polícia" e "Eduardo acaba com
essa greve é melhor para sua candidatura" foram alguns dos comentários
postados logo em seguida na página do pré-candidato no Facebook.
"Enquanto isso
PE está um caos, PM em greve, arrastão a todo momento, onde vamos
parar?", escreveu outro seguidor de Campos, que governou o Estado de
2007 ao início de abril passado, quando deixou o cargo para disputar a
Presidência.
Procurada pela
reportagem e questionada sobre os motivos da exclusão da foto, a
assessoria de imprensa do PSB divulgou a seguinte nota: "A referida foto
foi postada hoje pela manhã pela assessoria da pré-campanha.
Imediatamente foi retirada, por decisão da própria assessoria e do
comando da campanha".
Os PMs de
Pernambuco estão em greve desde a última terça-feira (13), e ontem
ocorreram saques em diferentes pontos da região metropolitana do Recife.
Entre as reivindicações, os PMs pedem aumento salarial de 50% para
praças (cabos e soldados) e de 30% para os oficiais. Atualmente, um
soldado da PM recebe salário de R$ 2.409, enquanto um coronel, R$ 13,6
mil.
O governo de PE
diz que, neste momento, não pode negociar reajuste salarial, já que a
legislação impede esse tipo de promoção dentro do período de 180 dias
antes das eleições.
Daniel Carvalho
Folha de S. Paulo
Editado por Folha Política