Drogas e prostituição injetam bilhões na economia britânica

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Comércio ilegal de drogas e prostituição injetarão 10 bilhões de libras na economia britânica
No final deste ano a economia da Grã-Bretanha receberá um impulso de 10 bilhões de libras (cerca de R$ 37 bilhões). Esse dinheiro, no entanto, não entrará na contabilidade oficial do PIB, já que é fruto do comércio ilegal de drogas e da prostituição. Mas a União Europeia recomenda refazer as contas e considerar essas cifras.
Os cálculos são do Office for National Statistics (ONS), orgão responsável pelas estatísticas da Grã-Bretanha. Segundo a contagem oficial, são 3 bilhões de libras (R$ 11 bilhões) vindas da prostituição e 7 bilhões (R$ 26 bilhões) de drogas ilegais.
Levando em consideração que a alocação do orçamento da União Europeia é baseada no tamanho da economia de um país, medida de acordo com seu produto interno bruto (PIB), a União Europeia quer ter certeza de que todos os países estão calculando o PIB da mesma maneira.
A inclusão de atividades ilegais no PIB é uma das diversas mudanças que serão introduzidas às contas nacionais por toda a Europa a partir de setembro. Só serão incluidas as atividades em que ambas as partes são, pelo menos nominalmente, participantes voluntários.
A princípio, a Grã-Bretanha só irá calcular os rendimentos provenientes da produção de cannabis, do tráfico de drogas e da prostituição, mas espera-se que o trabalho ilegal, apostas, pirataria de software e transporte de bens roubados também sejam, eventualmente, incluídos.

Como medir

A autoridade europeia de estatísticas, a Eurostat, já divulgou amplas orientações sobre como medir atividades ilegais. O órgão considera que o consumo de todas as drogas ilícitas e serviços de prostituição entram na contabilidade de consumo das famílias na formação do PIB.
A Eurostat recomenda, por exemplo, que se meça o lucro da prostituição a partir de dados coletados junto à oferta (prostituta), por considerar essa uma estratégia mais confiável do que a de coletar junto à demanda (clientes). Só devem ser contabilizados os lucros de profissionais do sexo que tenham residido no país por mais de um ano.
Para o órgão europeu, o cálculo das atividades ilegais é importante para determinar, por exemplo, o destino de boa parte do dinheiro ganho de forma legal (e que pode ser gasto em atividades ilícitas, como prostituição e consumo de drogas).
Da mesma forma, há um grande consumo de serviços legais (jurídicos, por exemplo) dos quais não há informações sobre a origem (que pode ser ilegal).
Em outras palavras, União Europeia concluiu que não há razão para ignorar o dinheiro ganho de forma ilegal, uma vez que ele circulará de qualquer modo na economia.
BBC

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