Autor: Adrian Salbuchi
As pessoas lúcidas e conscientes que observam o desdobrar dos acontecimentos mundiais durante a última década (ou desde 11 de setembro de 2001), com certeza já se perguntaram o que está acontecendo com o mundo em que vivemos. Vemos o aumento da violência, guerras, mentiras descaradas, operações de bandeira falsa, levantes sociais, pobreza, falências e morte de milhares de pessoas… O mundo tornou-se um lugar perigoso e lamentável de se viver, e piora a cada dia.
As pessoas lúcidas e conscientes que observam o desdobrar dos acontecimentos mundiais durante a última década (ou desde 11 de setembro de 2001), com certeza já se perguntaram o que está acontecendo com o mundo em que vivemos. Vemos o aumento da violência, guerras, mentiras descaradas, operações de bandeira falsa, levantes sociais, pobreza, falências e morte de milhares de pessoas… O mundo tornou-se um lugar perigoso e lamentável de se viver, e piora a cada dia.
Isto tudo nos leva a fazer uma pergunta
óbvia: Por quê? Por que tudo isto está acontecendo? Poderíamos atribuir a
causa disto à natureza maligna do ser humano? Ou à sua insensatez e
ignorância? Será que tudo é apenas uma série de equívocos e erros em
questões cruciais?
Quase todos terão uma resposta pronta à esta indagação, caracterizada obviamente pelo seu ponto de vista filosófico particular. Os mais racionais dirão que a causa é a tomada de decisões errôneas que as pessoas normais fazem em um ambiente cada vez mais complexo. Os otimistas encolherão os ombros, subestimando a questão com a estranha declaração de que sempre houve guerras, perseguições, pobreza e corrupção… Os pessimistas, como sempre, irão se queixar de que estamos todos condenados, especialmente aqueles que proclamam: “Arrependam-se antes que o mundo acabe em 2012″. Então, o que devemos pensar?
Quase todos terão uma resposta pronta à esta indagação, caracterizada obviamente pelo seu ponto de vista filosófico particular. Os mais racionais dirão que a causa é a tomada de decisões errôneas que as pessoas normais fazem em um ambiente cada vez mais complexo. Os otimistas encolherão os ombros, subestimando a questão com a estranha declaração de que sempre houve guerras, perseguições, pobreza e corrupção… Os pessimistas, como sempre, irão se queixar de que estamos todos condenados, especialmente aqueles que proclamam: “Arrependam-se antes que o mundo acabe em 2012″. Então, o que devemos pensar?
Primeiro, uma Palavra a Respeito de “Conspirações”
Se você não crê em nenhuma das
explicações acima e sente que as calamidades atuais estão sendo
deliberadamente planejadas (por um grupo de pessoas em algum lugar, que
controla o curso dos eventos mundiais), tenha cuidado, pois corre o
risco de ser rotulado como mais um paranóico, alucinado, um excêntrico
que acredita em teorias conspiratórias.
Não se preocupe demais com isto, pois
aqueles que classificam como “teoria conspiratória” toda tentativa de
reunir um modelo alternativo de atuação real dos poderes globais, na
verdade são: a) Pessoas alegremente ignorantes que crêem em um “mundo de
acordo com a CNN e a FoxNews”; b) Míopes em relação aos processos
geopolíticos cruciais de longo prazo; ou c) Enganadores deliberadamente
propensos a proteger a Elite Global e que, por isso, reagem
inquietamente toda vez que alguém lança luz sobre a questão. Neste
artigo abordarei esta terceira opção.
Desmascarar as acusações de “teoria
conspiratória” na realidade não é algo difícil de fazer, pois aquilo que
é rotulado como tal, é apenas o comportamento humano normal. Ou será
que deveríamos gritar “conspiração!” todas as vezes que duas ou três
pessoas com interesses e metas em comum unirem-se a fim de coordenar e
articular suas ações, unindo forças para promover esses objetivos mais
facilmente e com um maior grau de precisão? Vemos isto acontecer em
nossas comunidades, escolas e até em nossas próprias famílias. Este
comportamento humano normal é tão onipresente que ninguém se preocupa em
mencioná-lo. Até que você aponte para o fato de que os mais altos
escalões do poder mundial também fazem exatamente o mesmo.
Toda vez que alguém diz que indivíduos e
entidades extremamente poderosos também se envolvem de forma
relativamente previsível em ações comuns, planejando e fazendo acordos a
fim de alcançar metas comuns, aquela palavra que começa com “C” é usada
veementemente para destruir essa linha de pensamento ou investigação de
uma vez por todas.
Como você se atreve a dizer que
banqueiros globais maquinam e manipulam o dinheiro e as finanças de modo
a controlar as economias, mercados, governos e a mídia? Como você se
atreve a insinuar que os ricos e poderosos criam organizações como o
Conselho das Relações Internacionais (CFR) ou a Comissão Trilateral a
fim de concretizar seus planos geopolíticos de apoiar os interesses de
longo prazo da Elite Global empenhada em impôr um único Governo Mundial
sobre toda a humanidade? Como você pode ser tão paranóico a ponto de
sugerir que o dinheiro é usado para influenciar e colocar “pessoas de
confiança” na Casa Branca, no Parlamento e no Governo Britânico, na Casa
Rosada Argentina e nas mesas dos editores de todas as principais
empresas de mídia?
Esta é a reação dominante que temos toda
vez que falamos sobre os banqueiros, magnatas do petróleo, empreiteiros,
políticos, jornalistas e suas respectivas corporações, organizações,
bancos, lóbis, lojas maçônicas, forças armadas — todos os quais
claramente têm interesses e objetivos em comum — unindo-se e usando suas
vastas movimentações financeiras para exercer controle com punhos de
ferro sobre a sociedade. Isto é tão óbvio que somente os ingênuos (ou os
“analistas” descaradamente na folha de pagamento da Elite) chegam à
conclusão oposta. O que é realmente ingenuidade é acreditar que George
Soros nunca pega o telefone para discutir planos comuns com Henry
Kissinger ou com Christine Lagarde (do FMI). Ou que David Rockefeller
nunca sai para jantar com seus colegas Rothschild, Morgan e Warburg.
Não fique desconsertado quando alguém
usar a palavra “conspiração” contra você. Todos aqueles que usam essa
técnica para silenciar as pessoas lúcidas e atentas fazem isto porque
sabem que nada é mais perigoso para eles do que… pessoas lúcidas e
atentas!
Agora, vamos dar uma olhada e ver como o mundo realmente funciona, chamem isto de “conspiração”, ou não.
O Governo Mundial
O sonho de erigir um Governo Mundial
único e controlado por uma pequena minoria extremamente poderosa e
ardilosa remonta a vários séculos. Suas raízes não se estendem apenas
sob o cenário político, mas também nas esferas sociais, culturais e
religiosas, frequentemente com nuances simbólicas e “ocultas”.
Em nossos dias, o governo mundial tem
sido descrito de variadas formas, como “Nova Ordem Mundial”, “Um Mundo
Unificado” e, mais recentemente “Globalização”. Não importa como você o
chame, o fato é que a soberania nacional (que é a capacidade do povo se
organizar em torno dos Estados-nações, a fim de decidir seus próprios
assuntos), de um conceito original nitidamente definido vem se
esfacelando e dispersando de tal forma que, hoje em dia, ninguém sabe
definir prontamente o significado de soberania.
Talvez isto fosse aceitável se a
soberania nacional dos países fosse reduzida em prol da luta contra os
problemas globais que afetam a humanidade como um todo (por um bem
comum), no entanto, o aumento da fome, doenças, poluição e guerras nos
mostra um cenário muito diferente. Por quê? O motivo é que, basicamente o
Governo Mundial não se desenvolveu firmado em instituições públicas
globais robustas que tenham (ou que deveriam ter) em primeiro plano o
bem público de “Nós, o Povo”, mas em vez disso, se desenvolveu com base
em organizações privadas que têm o lucro e seus próprios interesses em
primeiro plano. De fato, o Governo Mundial que está surgindo diante de
nossos olhos possui uma característica-chave, que é raramente
mencionada: ele é privado.
O Poder Privado
Vamos começar pelo básico: o que dirige o
mundo nos dias de hoje não é a justiça, nem a busca pelo bem comum, nem
as leis internacionais, os valores éticos ou a democracia. O que
governa o mundo é o poder e hoje o poder tem sido ilegitimamente
acumulado nas mãos de uma pequena minoria usurpadora. O que queremos
dizer com “poder”?
Primeiro, poder é a capacidade concreta
de planejar, promover, organizar e executar ações cujos resultados
invariavelmente levarão a objetivos específicos e desejados a curto,
médio e longo prazos. Poder é a capacidade e habilidade de fazer certas
coisas acontecerem sem nenhuma resistência e, ao mesmo tempo, impedir
que outras coisas venham a acontecer, independente de sua força. Se for
necessário, usando até a guerra…
Esta definição abrange etapas políticas,
econômicas, industriais, financeiras, comerciais, tecnológicas,
culturais, psicológicas e (normalmente, em última instância) militares. O
exercício do poder requer o uso coordenado e inteligente de todos os
recursos disponíveis (sejam estes abundantes ou escassos, físicos ou
virtuais) com a visão de alcançar objetivos e metas concretos.
Em segundo lugar, temos de diferenciar
poder formal e poder real. O que a mídia nos mostra são os muitos
chamativos resultados visíveis de ações executadas por estruturas do
poder formal, isto é, os governos nacionais, mercados financeiros e
mídia. Entretanto, as alavancas do poder real que fazem as coisas
acontecerem são muitos menos visíveis. Eles planejam o que acontece no
mundo, quando, onde e quem faz as coisas acontecerem. Simetrias entre o
poder real e o poder formal ajudam a explicar como o sistema global
funciona. Vamos recapitular:
O poder real está centrado em estruturas e
organizações discretas e proativas que comandam processos concretos e
efetivos nas esferas política, econômica e social de uma nação, região,
classe econômica, instituições públicas ou privadas, ou uma combinação
destas. Sua efetividade origina-se de sua continuidade no tempo, o que
lhe permite aumentar e alavancar sua capacidade de dominação mundial. O
poder real estrutura as forças motoras que, apesar de invisíveis, não
obstante geram resultados altamente visíveis.
Já o poder formal está centrado em
estruturas que são em sua maior parte executoras reativas das
estratégias e decisões que emanam das estruturas de poder real. Estas
incluem as estruturas eminentes, como grandes companhias multinacionais,
bancos transnacionais, monopólios de multimídia, importantes
universidades e altos escalões governamentais de todos os países
(presidentes, membros do gabinete, congressistas, juízes). As estruturas
de poder formal são as responsáveis pelos resultados visíveis
enraizados em causas não tão visíveis que emanam das estruturas do poder
real.
A conquista e o uso do poder tem muito em
comum com o surfe: manter o equilíbrio em meio ao perigo, o risco de
cair da prancha, o controle flexível de velocidade, da direção e do
nível. Os bons surfistas sabem “cavalgar a onda”, do mesmo modo que o
filósofo italiano Julius Evola recomendava que aprendêssemos a “cavalgar
o tigre”… Podemos imaginar que o poder tem um estilo felino de caçar e
rapinar, o qual temos de adestrar.
Isto nos leva à necessidade de entender
claramente o que é a fundamental e cruel “Lei do Poder”: aqueles que têm
o poder, o utilizam para promover e conduzir seus objetivos e
interesses; aqueles que NÃO têm poder, precisam arcar com as
consequências das ações daqueles que têm o poder de promover e conduzir
seus objetivos e interesses.
Aqui temos as raízes da situação
dramática que a maioria dos países sofre atualmente, pois o poder não
está mais nas mãos de pessoas e organizações que trabalhem pelo bem
comum da nação.
A Pirâmide
É útil abordar o poder a partir de um
ponto de vista corporativo, ou empresarial. Afinal, as companhias
modernas prosperaram e sobreviveram durante séculos, transformando-se na
força-motriz da mudança contínua que “privatizou” o poder, transferindo
as rédeas do controle das instituições políticas públicas para
eminentes estruturas econômicas privadas e articuladas em três níveis
hierárquicos verticais:
Os Acionistas, que são os verdadeiros
proprietários e controladores de uma companhia, mesmo que raramente ou
nunca estejam envolvidos com os processos operacionais e
administrativos. Os acionistas concentram-se nas finanças e não na
produção econômica.
Os Diretores, que representam os
acionistas e supervisionam o correto, eficiente e apropriado
funcionamento da empresa, de acordo com os interesses dos acionistas. A
diretoria é responsável por garantir o crescimento máximo dos resultados
(a rentabilidade atual e futura das ações da companhia) com redução de
custos, tornando assim a corporação capitalista um agente
intrinsecamente antissocial.
Os Gerentes, formados por funcionários
bem-remunerados e responsáveis pela administração diária da empresa.
Normalmente, eles são especialistas treinados e diligentes que agregam
valor à empresa com seu talento, habilidades organizacionais e
disciplina.
Nos dias atuais, a superestrutura de um
genuíno Governo Mundial já existe, porém em sua maior parte, nós não o
reconhecemos como tal, pois os paradigmas normalmente associados com o
conceito de “governo” ainda não estão prontamente visíveis. Ao
contrário, uma vez que o poder foi “privatizado”, o Governo Mundial
atual tem muito mais semelhanças com as estruturas de poder privado
descritas acima. Ele se baseia nos fundamentos da “Globalização”, onde o
poder é privado e a “democracia” é o sistema politíco preferencial por
meio do qual as estruturas de poder privado controlam o governo público,
isto é, por meio do dinheiro.
Portanto, o poder público — o “governo” —
em quase todos os países pode ocupar apenas o nível inferior das
tomadas de decisões (presidente, primeiro-ministro, Congresso,
Parlamento, etc). Os níveis médio e superior estão acima, ou fora do
âmbito dos governos nacionais e seus países, de modo que “Nós, o Povo”,
não temos acesso ou controle sobre eles, embora atinjam profundamente a
todos nós. Vamos olhar mais de perto como essa hierarquia de poder
global atua na prática:
Decisões de Alto Nível (Isto É os “Donos” Deste Mundo) – A Abrangência Geopolítica
Decisões de Alto Nível (Isto É os “Donos” Deste Mundo) – A Abrangência Geopolítica
No mundo corporativo privado, as decisões
de nível superior são tomadas pelos acionistas. No governo público
mundial isso é feito pela Elite do Poder Global. Salvo os países
maiores, como os EUA, Grã-Bretanha, Rússia, China e França, os governos
nacionais têm pouco ou nenhum acesso às decisões de nível superior nas
quais os “Mestres do Mundo” exercem o poder real. Isto tudo é coordenado
e combinado em torno dos seguintes principais eixos que tratam com a
geopolítica:
Centros de Estudos e Debates – Uma
compacta, hierárquica, uniforme e muito poderosa rede global de centros
de planejamento geoestratégico (os chamados “centros de estudos e
debates”), dos quais os mais notáveis são o Conselho das Relações
Internacionais (CFR), a Comissão Trilateral, o Fórum Econômico Mundial, o
Projeto para um Novo Século Americano (PNAC), entre outros. O trabalho
deles é planejar o desenvolvimento a longo prazo dos complexos processos
políticos, econômicos, financeiros, tecnológicos, militares e
culturais, integrando-os em modelos geopolíticos consistentes,
sustentáveis e complexos, adaptados de forma a atingir a longo prazo o
domínio nacional, regional e global.
Famílias Dinásticas e Financeiras que
exercem imenso poder econômico, financeiro e social, possuidoras de
fortunas há muitas gerações, ou até séculos. Exemplos: as famílias
Rothschild, Rockefeller, Morgan, Mellon, Bin-Laden, Bush, Buffet, e
outras.
Dinastias Reais e Linhagens da Nobreza
que detêm imenso poder econômico, financeiro e social há séculos (isto
é, as nobrezas reinantes da Grã-Bretanha, Holanda, Espanha e Bélgica,
bem como as “nobrezas não coroadas” da França, Alemanha, Áustria, Itália
e Portugal). Elas estão intimamente relacionados às suas
correspondentes nas realezas islâmicas e às “nobrezas” e aristocracias
financeiras dos EUA e do extremo oriente.
Organizações Religiosas – Estruturas
políticas das principais vertentes religiosas, notavelmente o Vaticano, a
Igreja Anglicana, igrejas luteranas e calvinistas, o Sinédrio Judaico,
organizações evangélicas e pentecostais, muitas delas ferrenhamente
pró-sionistas.
Estruturas Políticas Supranacionais –
Maçonaria, Sionismo, Social Democracia Internacional, Democracia Cristã
Internacional, várias ONGs e grupos de lóbi. Neste grupo encontram-se os
mais altos escalões do poder global unidos no topo da pirâmide. Sem
dúvida, tudo que há por trás da tradição “Illuminati” reside aqui: uma
compacta Mesa Redonda de “Anciãos” representando o poder financeiro, as
dinastias familiares, reis, rainhas e xeques, sacerdotes católicos,
rabinos, pastores luteranos e anglicanos, além das linhagens sanguíneas a
partir das quais o “Rei do Mundo” surgirá. Eles não delegam sua
responsabilidade a ninguém.
Crime Organizado – Não é de surpreender
que o crime organizado influencie as estruturas de poder e até mesmo
seja criado por elas mesmas por meio de vários “acordos operacionais”.
Nesta categorias temos as várias Máfias, traficantes de armas, cartéis
do narcotráfico, grupos de lavagem de dinheiro, além de seus respectivos
gerentes financeiros. Não há limites claros entre um e outro, uma vez
que os grupos do crime organizado parecem ter se infiltrado de forma
bem-sucedida em organizações “legítimas”, incluindo a CIA, MI6, Mossad,
DEA, FBI, SEC, instituições financeiras, Bolsas de Valores, forças
armadas e de segurança. A estrutura de poder da Nova Ordem Mundial
contém pactos e acordos firmados com as principais organizações
criminosas dispostas a respeitarem e seguirem diretrizes e regras de
comprometimento informais.
Decisões de Nível Médio (Aqueles Que “Decidem”) – Abrangência Estratégica
Decisões de Nível Médio (Aqueles Que “Decidem”) – Abrangência Estratégica
No mundo corporativo privado, este nível
decisório está nas mãos dos diretores. No governo mundial, este nível é
composto por um grupo de atores principais: grandes empresas
multinacionais, instituições financeiras transnacionais, monopólios de
mídia, as principais universidades e setores específicos em todos os
governos, notavelmente nas áreas de política exterior, economia e
defesa.
Estes dirigem e canalizam imensos
recursos para financiar campanhas políticas que promovam partidos
políticos e candidatos previamente sondados e aprovados, mantendo o
equilíbrio e imagem confiáveis, de forma a garantir que o eleitorado
sempre tenha a falsa impressão de que “o povo elege seus governantes”.
Vamos chamar isto de “jogo democrático”.
As organizações que detêm o monopólio da
mídia, por sua vez, executam a curto prazo intensas campanhas
psicológicas (por exemplo, antes das eleições), enquanto que o sistema
educacional executa a médio e longo prazos a pressão psicológica que
garanta que toda a população acredite, aceite, adote e faça parte do
“jogo democrático”, sem questionar muito sobre isto.
Decisões de Nível Inferior (“Operadores” Cotidianos”) – Abrangência Operacional
Decisões de Nível Inferior (“Operadores” Cotidianos”) – Abrangência Operacional
No mundo corporativo privado, este nível
decisório está nas mãos dos gerentes. No governo mundial, este nível é
composto pelas “autoridades”, isto é, os governos, órgãos de imposição
da lei (polícias), forças armadas e de segurança, entidades
controladoras e supervisoras, e semelhantes. Isto inclui o “presidente”
ou “primeiro-ministro” como chefe do Poder Executivo, os congressistas e
parlamentares no Poder Legislativo e os juízes no Poder Judiciário do
governo.
Portanto, o presidente ou
primeiro-ministro de um país está limitado a meramente tomar decisões de
nível administrativo de curto prazo durante seu breve mandato
(geralmente de três a quatro anos, com o possível direito à reeleição;
obviamente um tempo curto demais para consolidar a continuidade do
poder). Podemos considerá-los como sendo os executivos-chefes de seus
países, porém com suas “asas aparadas” e sendo constantemente desafiados
por um grupo também controlado de candidatos da “oposição”
pré-selecionados, examinados, sondados e aprovados pelos “diretores” e
“acionistas” da Elite Global, que controla todo o jogo democrático,
financiando as caríssimas campanhas eleitorais e as operações
psicológicas (PsyOps) perpetradas pela mídia.
Dinâmicas
Outra causa principal da violência e do
conflito nos dias de hoje é que os processos financeiros, econômicos e
sociais têm dinâmicas muito diferentes entre si e seu próprio fator
“tempo”, os quais são:
Finanças (Mudanças em Alta Velocidade) – A
tecnologia moderna permite que as finanças movam de forma instantânea, à
medida que os operadores e atores em todo o mundo especulam, investem,
vendem, migram de um mercado para outro, de uma moeda para outra, usando
computadores, programas e redes de telecomunicações, 24 horas por dia, 7
dias por semana.
Dinâmica: O “tempo” no mundo das finanças
corre na base dos segundos e minutos e o mercado financeiro tornou-se
altamente automatizado. Esta imensa vantagem ajuda a explicar o motivo
pelo qual as finanças reinam supremas sobre todos nós.
Economia (Mudanças de Velocidade
Moderada) – Os processos econômicos acontecem em um ritmo muito mais
lento, pois construir carros, aeronaves e televisores, fabricar
biscoitos e roupas, prestar serviços, construir novas plantas
industriais, treinar e recrutar funcionários requer planejamento,
conhecimento e empenho.
Dinâmica: O “tempo” no mundo da economia
corre na base de dias, meses e até anos. A economia real, portanto,
opera em velocidade mais lenta que a das finanças virtuais, à qual está
subordinada de forma anormal.
Sociais (Mudanças Lentas) – Os processos
coletivos que governam as mudanças de paradigmas mentais, valores
éticos, costumes sociais, hábitos e estilos, entre outros, ocorrem em
ritmo mais lento ainda. Atualmente, estamos vivenciando uma
“reengenharia” social e cultural inédita em escala mundial. Os dois
principais instrumentos que dirigem as mudanças sociais são:
O Sistema Educacional – A educação nas
áreas sociais, culturais, econômicas e políticas tornou-se distorcida,
contaminada, desconstruída, desgastada, esvaziada de conteúdo e virada
de cabeça para baixo, de toda maneira possível, a fim de acomodar-se e
alinhar-se de forma a apoiar e promover o perfil mental desejado pelos
planejadores da Elite Global.
Mídia – Além de distorcer nossa visão de
mundo por meio da imprensa, a mídia também utiliza a indústria do
entretenimento e a indústria de espetáculos para promover conteúdo
imoral, destrutivo e muitas vezes pervertido, inspirada na antiga
prática da idiotização coletiva, o método predominante nos dias finais
do Império Romano: Panem et circensis. O “Pão e Circo” de outrora agora
vem com “valor adicionado” possibilitado pela tecnologia atual.
Dinâmica: As mudanças sociais e culturais
ocorrem de forma muito lenta. O “tempo”, neste caso, pode levar
décadas, gerações, até mesmo séculos.
A “Roda” do Poder Mundial
Nos dias atuais, a arquitetura de poder geopolítico tem o seguinte aspecto:
Principais Companhias Multinacionais
Industriais – As 500 empresas da lista da revista Fortune nas áreas de
indústria, serviços, varejo, petróleo, energia, mineração, pesquisa e
desenvolvimento, defesa, aeroespacial, alimentos, agricultura, química,
construção, distribuição, consultoria, etc.
Instituições Financeiras Privadas –
Bancos inter e transnacionais, consultores financeiros, agências de
avaliação de risco, Bolsas de Valores, administradoras de fundos,
companhias de seguro e resseguro, fundos de pensão e de investimentos,
etc.
Entidades Multilaterais Nacionais e
Supranacionais – Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial,
Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco de Compensações
Internacionais, todos os bancos centrais nacionais, especialmente o
Banco da Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, as Nações
Unidas, entre outras.
Universidades e Alta Academia – Nas áreas
de ciências políticas, relações internacionais e governamentais, e
economia (isto é, Harvard, MIT, Columbia, Princeton, Yale, John Hopkins,
Chicago, Stanford, Georgetown, Oxford, Cambridge, Escola de Economia de
Londres).
Monopólios de Multimídia – The New York
Times, Washington Post, Newsweek, CNN-Time Warner, CBS, MSNBC, Fox, BBC,
The Economist, Der Spiegel, Foreign Affairs, Reuters.
Governos – Principais políticas internas e externas, cargos econômicos, financeiros e monetários.
De modo a servir às metas e interesses da
Nova Ordem Mundial, esta “Roda do Poder” precisa girar em uma direção
específica, dirigida a partir de seu centro, o qual é controlado por uma
discreta (apesar de não secreta) rede de centros de estudos e debates e
centros de planejamento geopolítico, agindo de forma flexível,
sequencial e consistente. Isto dá a cada um dos principais eixos de
poder seu “libreto” específico, para que cada um atue no tempo certo e
faça o que for necessário dentro de um plano muito maior que engloba o
mundo décadas à frente.
Este é um esquema altamente
hierarquizado, disciplinado e na forma de uma pirâmide e, ao observarmos
seus operadores e atores nas partes mais baixas, eles se tornam cada
vez mais numerosos e menos cientes do “quadro geral”. Assim como na
comunidade da Inteligência, cada agente opera de acordo com o que é
necessário que ele saiba, sendo que apenas aqueles que estão no topo, ou
próximo do ápice, conseguem ter uma visão geral do que acontece e como
tudo se encaixa perfeitamente no longo prazo no plano-mestre. Para
aqueles que apreciam os simbolismos, este é o significado do
olho-que-tudo-vê estampado na nota de um dólar…
O Poder do Dinheiro
O poder baseado nas grandes riquezas é
profundamente antidemocrático. Sempre fico surpreso ao ver o modo como
os políticos, a mídia, os “intelectuais”, acadêmicos e formadores de
opinião enchem a boca para falar sobre “democracia”, insistindo que ela
seja imposta sobre todos, em todos os lugares e, no entanto, nunca
ouvimos alguém falar sobre a urgente necessidade de democratizar as
finanças e a economia. Existe um tabu em relação à esta idéia, mesmo
quando é absolutamente claro para todos que as finanças e a economia são
governadas por um rígido autoritarismo da variedade mais
antidemocrática possível. Entretanto, nenhuma das pessoas que deveriam
apontar este fato para a opinião pública mundial se atreve a fazê-lo.
Poderoso Señor es Don Dinero, escreveu o
poeta espanhol Don Francisco de Quevedo y Villegas quatro séculos atrás.
Certamente somos levados a meditar em como esse poderoso cavalheiro, o
“Senhor Dinheiro”, marcha mais forte do que nunca neste terrível século
21.
O governo mundial já está sobre nós.
Durante muitas décadas ele funcionou como uma espécie de “governo das
sombras”, preparando-se para dar um salto maior e se tornar um
formalizado e juridicamente vinculante Governo Mundial. Ele confronta o
mundo com um sistema de pensamento onde “democracia” e capitalismo
contêm seus próprios valores, o que significa que para fazer parte
destes, temos de aceitar seus valores – mesmo valores transcendentais em
questões como justiça, felicidade e semelhantes. Portanto, os cidadãos
têm de entregar suas mentes ao sistema, o qual não é político, nem
econômico, mas sim um sistema de percepção (consciência).
A democracia e o capitalismo são sistemas
de percepção (consciência). As pessoas não se dão conta disto, mas suas
mentes são determinadas por esses sistemas. Este é o motivo pelo qual
democracia e capitalismo representam um regime totalitário. O
totalitarismo significa o total controle da sociedade… nunca houve um
regime totalitário tão forte como o que temos hoje. O totalitarismo dos
sistemas democrático e capitalista é tão sofisticado que mesmo nossos
próprios desejos são determinados pelo sistema. Desejamos aquilo que a
sociedade quer que desejemos.
Isto não pode ser declarado de forma mais
ruidosa possível. Se a verdadeira democracia é um governo criado pelo
povo, para o povo, com o propósito de proteger e promover o bem comum, e
o “jogo democrático” que somos forçados a jogar hoje é totalmente
subserviente e subordinado a um poder não-democrático baseado na posse
de riquezas, então chegamos à conclusão de que NÃO existe democracia em
lugar nenhum.
Deixar de compreender isto é deixar de
compreender como o sistema de poder global realmente funciona, o que por
sua vez leva à incapacidade de se chegar a um diagnóstico correto que
nos leve a entender o motivo pelo qual as coisas andam tão mal neste
mundo. Se não chegarmos a um diagnóstico correto, jamais encontraremos a
cura para esta doentia situação. É hora de abrirmos nossas mentes e
olhos para esta questão!
Sobre o autor: Adrian Salbuchi é um
analista político, escritor, conferencista e apresentador de um programa
de rádio na Argentina. Ele já publicou diversos livros sobre
geopolítica e economia em espanhol e, recentemente, publicou seu
primeiro livro eletrônico em inglês: The Coming World Government:
Tragedy & Hope?, que pode ser adquirido em seu site pessoal, em http://www.asalbuchi.com.ar.
Salbuchi tem 58 anos de idade, é casado, pai de quatro filhos adultos e
trabalha como consultor estratégico para empresas nacionais e
internacionais. Ele também é o fundador do Projeto Segunda República na
Argentina, que está se expandindo internacionalmente. (visite http://secondrepublicproject.com).
Tradução: F. A. W.
Data da publicação: 2/3/2012
Transferido para a área pública em 15/12/2013
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/vindouro.asp
Data da publicação: 2/3/2012
Transferido para a área pública em 15/12/2013
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/vindouro.asp