2010 - Começa no próximo dia 22
de fevereiro o julgamento de mais uma das ações contra os laboratórios
Pfizer, em que se discutem os danos causados pela droga Neurontin. A
farmacêutica é processada em 1,2 mil ações, sob acusação de que o
remédio usado para controlar ataques epiléticos estaria levando
pacientes ao suicídio. As informações são do site The American Lawyer. A
nova batalha engloba três compradores do remédio, em lotes
industriais: os convênios hospitalares Aetna, Guardian Life Insurance e
Kaiser Foundation Health Health Plan. Os três alegaram na inicial que
poderiam ter comprado drogas mais baratas, caso não tivessem “caído no
conto da promoção fraudulenta” do Neurontin.
Cada um desses laboratórios
conseguiu desmembrar a inicial em três partes diferentes. A juíza da
corte federal de Boston, Patti Saris, reverteu a ação contra os planos
Aetna e Guardian Life Insurance, alegando litigância de má-fé. Os
advogados da Pfizer, do escritório Skadden, Arps, Slate, Meagher &
Flom, provaram que apenas o plano de saúde Health Foundation Health Plan
teria condições de continuar tocando o processo, já que dispunham de
provas materiais que os conectavam às comprar de Neurontin.
Para a juíza Patti Saris, “apenas
o litigante Kaiser fez testes de fato para provar a efetividade da ação
da droga Neurontin, o que incluiu comunicação direta com a Pfizer”.
Ameaças
A mesma juíza Patti Saris
comandou, em 2009, as investigações da mais polêmica acusação envolvendo
o Neurontin. O cientista David Franklin, uma das principais testemunhas
da Promotoria contra o uso do Neurontin, diz que sua família foi
ameaçada pelo agente da CIA aposentado. A acusação fez com que a juíza
de Boston emitisse ordem restritiva, em que proíbe a Pfizer ou seus
subcontratados de se aproximarem de testemunhas.
A Pfizer emitiu nota de
desculpas, por meio dos escritórios de advocacia Skadden, Arps, Slate,
Meagher & Flom e Boies, Schiller & Flexner. Os escritórios
sustentam que o cientista acusador inventou os fatos “para atrair a
atenção da mídia”. E que o ex-agente da CIA “seguiu os protocolos padrão
e não foi hostil ao cientista e à sua família”. A farmacêutica ajuizou
recurso em que postula o direito de o ex-agente da CIA poder transitar
livremente junto à família do cientista acusador.
Segundo a acusação, a mulher do
cientista, Ann Laquerre, teria recebido, em 27 de julho de 2009,
ligações de um investigador particular que dizia trabalhar para os
escritórios de advocacia que defendem a Pfizer. Ela diz que se sentiu
ameaçada quando o agente teria dito que “nada acabaria” ali.
O cientista David Franklin ficou
rico e famoso com a ação ajuizada em 1996 contra o laboratório Warner
Lambert, comprado pela Pfizer no ano 2000. Nela acusava a empresa de
marketing ilegal da droga Neurontin. A Pfizer foi condenada por violação
de leis de marketing da saúde pública e pagou por isso a soma de US$
430 milhões, em 2004. O cientista Franklin levou US$ 24,6 milhões nesse
acordo.
Fonte: http://www.conjur.com.br/
Via: http://www.oarquivo.com.br/index.php/polemica/verdades-inconvenientes/1856-laboratorio-pfizer-sera-julgada-por-suicidios-apos-uso-de-remedio
http://dissovocesabia.blogspot.com.br/