Há poucos dias, fui ao funeral de um familiar. Confirmei aquilo que já tinha reparado há muito tempo. Sabe qual é a frase mais utilizada nos funerais?
É esta: “É a vida!”
E é. É o definitivo nascer para a Vida, é o último parto do coração humano, é o abrir-se
as portas da plenitude. Mas a maior parte das pessoas tem muito medo da morte...
Já reparou nisso? Já reparou que a maior parte das pessoas tem medo da morte?
O medo da morte entende-se pelo mesmo motivo pelo qual as pessoas têm medo dos ladrões: porque ninguém gosta de ser roubado, e a morte é a maior ladra da nossa história.
O coração é o que somos. A morte nos rouba tudo o que temos, mas o que somos passa-lhe por entre os dedos ...
Ser é viver a partir do coração, ser é viver com coração.
Sabe, é que há pessoas que parecem passar a vida inteira se enchendo de coisas artificiais. Gastam os dias, as forças e as paixões no que não pode ser eternizado, no que não tem lugar no coração.
Neste tempo do parecer, há pessoas que se querem construir a partir da imagem.
Neste tempo do ter, há pessoas que se querem construir a partir dos bolsos;
Temos que ser os anunciadores, isso sim, de que a vida deve investir-se naquilo que vale a pena.
E só vale a pena o que puder ser eternizado, ou seja, só vale a pena o que brotar do Amor e tiver rosto de verdade, justiça e bem-querer. Porque seremos eternamente o que hoje fizermos do nosso coração.
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