A
tungíase é uma doença infecciosa da pele, causada pela fêmea
ectoparasita do bicho-de-pé (Tunga penetrans). É mais comum em países
subdesenvolvidos, tais como as regiões tropicais da África, oeste da
Índia, Caribe e as Américas Central e do Sul, sendo rara na Europa e
América do Norte.
Transmissão:
O
bicho-de-pé é frequentemente encontrado em solos quentes, secos e
arenosos, além de chiqueiros e currais. A transmissão se dá pelo contato
direto com solo contaminado. A fêmea grávida do parasita penetra na
epiderme do hospedeiro e começa a sugar o sangue. Os principais
hospedeiros são suínos e o homem.
Em seguida, começa a produzir ovos, que se desenvolvem e são posteriormente eliminados no solo.
A
tungíase dura entre quatro a seis semanas, porém frequentemente ocorre
reinfestação nas áreas endêmicas. Um mesmo indivíduo infectado pode
apresentar vários parasitas em diferentes estágios de desenvolvimento.
Sintomas:
A
lesão causada consiste em uma elevação circular e amarelada da pele com
um ponto negro central, que é o último segmento abdominal do
bicho-de-pé, o qual contém os ovos.
As
áreas mais afetadas do hospedeiro são os pés, geralmente na planta, ao
redor das unhas e nos calcanhares. A irritação no local infectado
provoca coceira, dor e secreção purulenta.
Também
pode ocorrer infecção secundária, já que os ferimentos servem de porta
de entrada para bactérias e fungos. Outras complicações incluem a perda
das unhas dos dedos dos pés, deformidades dos dígitos e gangrena.
Profilaxia e tratamento:
A
utilização de calçados em locais frequentados por animais é o principal
método de se evitar a tungíase. O tratamento da doença consiste na
remoção do bicho-de-pé com agulha estéril ou bisturi, seguido de
desinfecção.
É
possível destruí-lo com eletrocautério ou eletrocirurgia após anestesia
tópica. Em caso de infecção secundária, pode ser necessário o uso de
antibióticos locais. O uso da ivermectina mostrou-se eficiente em alguns
pacientes.
A
Tungíase é endêmica em comunidades brasileiras de baixo poder
aquisitivo. Índios e pessoas que vivem à margem da pobreza nas favelas
brasileiras, são as mais afetadas. É bastante comum encontrar pessoas
acometidas por esta doença na nossa rede pública de saúde
. (Postado por O Controle da Mente – Fonte: curiosoebizarro.blogspot.com.br)
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